DARK ROMANCE | HATE TO LOVE | STALKER
Park Jimin é um escritor talentoso em busca de inspiração para seu novo protagonista. Quando descobre sobre o hacker e espião mais procurado do governo, o codinome "Ghost", ele acredita que encontrou o personage...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Me colocar em primeiro lugar é o que você precisa Eu sei que você vai me amar (vou torná-lo meu, meu)
Eu tento dominar a sua mente O meu amor é um crime porque eu quero torná-lo meu?" — All Up In Your Mind (Beyoncé)
— Se você não esfaquear esse esquisitinho eu vou surtar e fazer isso por você! Fala sério, que porra é essa? — Taehyung reclamou, fazendo caretas e andando ao meu redor em círculos.
Eu estava deitado no sofá dele, como se estivesse me deleitando de uma consulta ao psicólogo. O teto branco cobria minha visão, dando uma falsa sensação de tranquilidade. A verdade era que minha mente estava um caos, voltando e buscando compreender em que merda eu havia me metido.
Decidi, após me retirar da biblioteca, aceitar dormir na casa dele. Era um pequeno passo para trás, que demonstrava minha covardia perante ao meu stalker, mas também um pequeno reflexo de consciência que poderia salvar minha sanidade ao menos por uma noite.
Taehyung escutou sobre a invasão, mas não comentei com ele sobre o orgasmo inesquecivelmente insano que tive com Ghost. Somente contei-lhe uma história com furos e situações fictícias que não fugissem tanto da realidade. Apenas por conta do álcool que corria desenfreado em minhas veias, acabei ignorando a voz da razão e soltei a informação de que Ghost aparentemente queria me foder. Não sabia dizer. Me foder, me amar... Era tudo muito questionável. Me foder era um pouco compreensível, quase todos os homens queriam isso. Mas de alguma forma, parecia que ele desejava muito mais do que isso. Como a porra de um dementador buscando por uma alma. Ele deve ser alguma merda do tipo. Tampouco parecia humano.
Eu não comentei sobre o surto momentâneo que vivenciei na biblioteca, optando por afastar qualquer memória sobre a situação. Escolhi me abster sobre a possibilidade das minhas paranoias estarem corretas, evitando procurar ligações onde não haviam.
Era apenas um apelido, no final das contas. Até mesmo Taehyung já me chamara assim às vezes. Não era nada extraordinário demais, tampouco algo exclusivo do meu stalker.
Peguei a garrafa de cerveja e despejei uma dose generosa em minha caneca, sentindo o líquido me aquecer por dentro.
— Você precisa parar de beber tanto. — Cruzou os braços. — Eu não quero que você volte a lidar com as coisas como antes, Jimin...
— A bebida é necessária para mim em momentos como esse. Sinto como se estivesse ficando maluco.
— Não é brincadeira. Você precisa para com isso! Eu posso ser seu melhor amigo, mas não irei ignorar suas recaídas.
— Não faça como meus pais.
— Acha mesmo que eles estavam errados em te internar? — Retrucou, com uma fisionomia séria que raramente era vista em seu rosto.
