Capítulo 7

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"Talvez eu só tenha perdido o controleEssas noites acabam comigo

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"Talvez eu só tenha perdido o controle
Essas noites acabam comigo

Quando eu quero ficar sozinho
Você me contata sem parar
Mantendo o tom sexual"
— On My Own (Darci)

Terminei de arrumar o último livro na minha prateleira quando a campainha começou a tocar. Um suspiro escapou dos meus lábios enquanto me estiquei, tentando aliviar as tensões acumuladas nas costas devido à postura inadequada. A luz do sol, em seu esplendor vespertino, invadia a sala, pintando o ambiente com tons mornos e dourados.

Caminhei em direção à porta ainda sentindo o leve desconforto nas costas. Ao abrir, deparei-me com o entregador, cujo rosto exausto deu lugar a um sorriso afável quando trocamos cumprimentos. Em suas mãos ele segurava uma caixa de tamanho médio, contendo um conteúdo ainda desconhecido para mim. Com um gesto amigável ele entregou-me a encomenda, despedindo-se antes de voltar ao caminhão de correios que o aguardava.

Assim que retornei, eu a abri utilizando uma faca de cozinha. As câmeras novas que eu havia comprados estavam ali, prontas para serem instaladas e me darem alguma sensação de segurança.

Desde o nosso último encontro, meu stalker não havia enviado mais nenhuma mensagem ameaçadora. Nossos contatos reduziram-se a trocas de olhares durante a madrugada. A janela servindo barreira física que separava qualquer tentativa de aproximação — uma barreira fútil, incapaz de deter a sensação de que estávamos destinados a nos encontrar novamente.

Dois dias haviam se passado desde que eu o confrontei e eu me encontrava num estado de incerteza, sem saber se aqueles olhares penetrantes durante a noite eram um prenúncio do que ele planejava fazer ou apenas uma forma de tortura psicológica que ele tentava impor sobre mim. A agonia pairava no ar, como uma sombra inquietante, e minha mente ansiava por respostas que teimavam em não se revelar.

E essa se tornou a merda da nossa rotina.

Eu ao menos pensava que ele seria corajoso o suficiente para me atacar, mas bem, era um alivio que ainda não passavam-se de ameaças.

Ainda analisando as câmeras, eu peguei meu celular do bolso e acionei uma chamada de vídeo com Taehyung. Adorava importuna-lo por qualquer coisa. Era essa a base da nossa amizade.

— Você sabe como instala essas coisas? — indaguei assim que ele atendeu.

Seu rosto apareceu pela metade, do nariz para cima. Não consegui evitar de soltar uma risada.

— Ai sim, hein! Finalmente uma coisa útil — ele respondeu, ainda com a face colada na tela. — Não faço ideia de como instalar isso não...

— Acha que elas são o suficiente para afastar o filho da puta? — questionei, mas minha voz trazia um traço de dúvida.

— Deve ser, mas se for o Ghost... — ele comecou a dizer, mas eu o interrompi abruptamente.

— Não é ele. Pare!

HAUNTED | jjk & pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora