Capítulo 5

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Alerta: Abuso de poder e violência verbal.

"Oh, eu te sinto por pertoDiga que você sempre vai me assombrar

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"Oh, eu te sinto por perto
Diga que você sempre vai me assombrar

Não consigo esquecer as palavras que você disse
Ecoando pela casa vazia
Como você me assombra

Eu continuo aguentando
Então diga que você sempre vai me assombrar"
 GHOST (Wildes)

— Você sabe que deveria estar escrevendo, não sabe? — Taehyung me questionou, como se cobrasse pela minha falta de profissionalismo.

Eu dei de ombros, levando a taça de vinho até os lábios. Meus olhos se desviaram dele por um momento, e eu pude caminha-lo pela extensão da boate. As luzes arroxeadas abrangiam todo o ambiente, entrecortadas por fumaças e lazer's azuis. Acabei parando ali horas mais cedo, depois de constatar que minha mente estava nublada demais para escrever alguma estória e certamente entraria em colapso se eu não desse uma pausa para acalmar meus nervos com alguma transa ou taças de vinhos. Sobre meu sono estar se desregulando aos poucos, eu não me importava mais.

— É impossível depois do que aconteceu ontem a noite... A policia pegou o objeto que ele deixou na minha bancada, mas não tenho certeza se vai dar em algo.

 Seja quem for esse cara, ele é realmente burro em deixar o DNA lá. — Riu. — Eu não acho que ele vá te perturbar de novo depois dessa.

Eu assenti, desnorteado pelas doses de álcool.

— Você precisa descansar, Jiminie.

— Eu preciso é transar — respondi, sem me importar com a falta de pudor.

— Transar? — Ele levantou uma das sobrancelhas — Seu celular tem tantos homens que cheira a testosterona. Não era mais fácil atrair um deles para sua cama?

— Eu me enjoo fácil de contatinhos — resmunguei. — Eles não possuem pegada. Eu poderia categorizar todos como "soca-fofo"

— Você diz isso, mas não duvido que reclame quando encontrar alguém que satisfaça suas fantasias malucas.

Eu soltei um riso contido, balançando a cabeça para os lados.

— Não são malucas. Eu apenas tenho um gosto diferente.

— E medonho. Eu li os livros que você me recomendou. Seu gosto é polêmico demais, eu hein.

— São apenas livros, Tae! — resmunguei, levando a taça até os lábios. — Eu sempre tive um fraco pelo medo.

— Digo e repito: medonho!

Não era a primeira vez que Kim proclamava aquelas palavras perante aos meus gostos. Desde muito novo eu me encontrei encantado pela complexidade sombria que envolvia o terror. O medo, a adrenalina e a constante sensação de perigo sempre me atraíram. Os filmes de terror sempre foram minha fraqueza, e de alguma forma, eu inevitavelmente me sentia atraído pelos vilões. Era como se uma parte de mim reconhecesse a sombra existente dentro deles, um reflexo de meus próprios anseios mais obscuros, que encontravam uma estranha satisfação ao serem explorados na tela do cinema ou nas páginas dos livros peculiares que povoavam minha estante.

HAUNTED | jjk & pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora