Capitulo 27

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SOFIA

Me troco e chamo Dani para irmos à farmácia, estou nervosa com o resultado. Gonzáles quer ir conosco. Chegamos à farmácia.
__ Gonzáles por favor fique no carro, Dani vai comigo. __ Será rápido.
__ Tudo bem senhora.
Dani e eu entramos na farmácia, logo somos atendidas e peço dois exames de gravidez. Dani me olha afoita.
__ O senhor teria um banheiro que eu possa usar? - eu digo e ele aponta para uma porta no fim de um corredor
__ Por que não faz em casa? - Dani pergunta
__ Por que não quero que Juan fique preocupado por nada.
__ Ok! Eu espero aqui. Corro para o corredor, abro a porta entro, abro o primeiro pacote leio as instruções, abro o segundo. Num contexto geral o processo é o mesmo, coloca-los em contato com a urina, aguardar 5 minutos e pronto. Meu coração está na boca.
Sento na privada, pego o primeiro depois o segundo. Olho para o relógio esses serão os 5 minutos mais longos da minha vida. Ouço burburinhos do lado de fora. Provavelmente Gonzáles resolveu entrar. Cinco minutos depois um tracinho, dois tracinhos - positivo
__ Não, não, não ...eu oro sozinha. - Segundo exame - positivo __Merda!
Uma batida na porta, acho que Dani está apressada. Como vou dar a notícia a todos? Ainda estou com os nervos à flor da pele quando abro a porta. Mas não é Dani quem encontro do lado de fora.
Um homem enorme, cabelos loiros, ele não me é estranho. De repente minha ficha cai, Fábio Medeiros. Vou gritar quando ele tampa a minha boca com um pano e de repente eu não vejo mais nada.


DANIELA

Sofia está demorando, será que ela está com medo do resultado. Um homem loiro, grande entra na farmácia com uma criança. Vai até o farmacêutico, eles conversam algo que não entendo, depois os três seguem para uma sala. Acho que vão tomar uma injeção. Logo o homem volta sozinho, para do meu lado. Sinto algo gelado encostado nas minhas costas.
__ Não se mexa - ele diz __ Ou dessa vez você não terá tanta sorte! - minhas pernas tremem, ele agarra o meu braço e me puxa para a sala onde agora estão o farmacêutico e a criança.
Então ele pega o meu celular joga no chão e pisa, faz o mesmo com o do rapaz assustado ao meu lado. Depois nos tranca lá dentro. Meu único pensamento é Sofia.
__ Moço - eu chacoalho o homem ao meu lado, ele está em pânico __ Moço pelo amor de Deus, tem algum jeito de nós saírmos daqui? - olho para a janela a nossa frente mas somos muito grandes para passar pelo vão.
__ Não, não tem - ele diz __ Minha amiga, ele vai matar a minha amiga. Eu bato, esmurro a porta mais ela não cede.
Já faz quase dez minutos que estamos presos, e me pergunto por que ainda Gonzáles não veio atrás de nós, o que deve ter acontecido com Sofy.
Começo a chorar, então menininho ao meu lado pega a minha mão.
__ Eu posso passar pela janela se quiser - ele diz secando as minhas lágrimas
__ Você faria isso? - eu pergunto sorrindo para ele e ele assente com a cabeça __Você é um garotinho muito corajoso.
Então eu explico a ele como encontrar Gonzáles e então o ajudo a passar pela janela. Dois minutos depois com um único golpe, Gonzáles estoura a maçaneta da porta.
__ Senhorita - ele diz olhando para todos os lados __ Onde está a senhora Perez?
__ No banheiro - eu digo já tentando passar por ele
__ Não! - o farmacêutico diz e ambos olhamos para ele __ Ele pegou a chave da porta de trás, ele deve ter levado ela por lá.
Corremos até o fundo da farmácia a porta está aberta mas nem sinal de Sofy ou do bandido. Gonzáles pega o celular logo está com Sérgio ao telefone.


JUAN

Estamos voltando da delegacia, ao que tudo indica Garcia deve ficar um bom tempo atrás das grades, além do suborno de Henry, muitos outros crimes foram encontrados. O celular de Sérgio toca e ele coloca no viva voz pois está dirigindo.
__ O que houve Gonzáles? - ele diz
__ A senhora Perez foi sequestrada - meu sangue some
__ Como sequestrada? Onde?
__ Estamos na farmácia, o cara não parecia suspeito ele estava com uma criança.
__ Plano Resgate agora - ele diz então pelo rádio ele chama Arthur dá a mesma ordem, liga para Brandão que ainda está na delegacia. Tudo vai se passando e não consigo assimilar nada, ele dá um cavalo de pau. Logo estamos voando pela estrada.

Felizes para Sempre - RendiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora