Felizes para Sempre - Rendição

Capitulo 30

JOAQUIM

Desembarcamos em Natal, e estou muito nervoso. Minha filha, aquele desgraçado feriu a minha filha, estamos saindo para buscar um taxi, quando me deparo com ele.
__ Fiquem aqui - eu digo par Beatriz e Davi, que só agora o veem. Ela agarra o meu braço
__ O que vai fazer? - bruscamente me solto, nem ela e nem ninguém poderá me impedir agora
__ Só fiquem aqui! - eu digo e sigo em sua direção como uma locomotiva sem freio, ele anda de um lado para o outro olhando para o celular. Parece estar aguardando uma ligação. Ele nem percebe quando chego ao seu lado, fecho o punho e num golpe certeiro ele está no chão.
Pulo sobre ele que tenta se defender. Acerto-o com outros golpes, mas Henry é forte e anos mais novo que eu, num piscar de olhos ele nos muda de posição. Agora por cima ele começa a acertar-me.
__ Velho desgraçado - ele grita para mim enquanto me defendo e tento golpeá-lo
__ Você nunca mais vai tocar na minha filha - eu grito __ Nem que eu mesmo tenha que mata-lo.
__ Olha só, um velho como você achando que pode com alguém como eu __ Chega a ser engraçado, vou acabar com todos vocês - um murro e logo Davi o agarra pelo pescoço, ele joga-o longe como se meu filho não tivesse peso. Vejo Beatriz correndo ao seu auxilio.
__ Sua casa caiu Henry, seus comparsas estão mortos. As provas que já temos colocarão você na cadeia, você não perde por esperar - Vejo-o fechar o punho, de repente seu braço é detido por uma enorme mão negra.
Sérgio o pega pelo braço e então o contém, logo dois outros homens me ajudam a levantar.
__ Sr. Lopes, o senhor está bem? - Sérgio me pergunta ainda contendo Henry que se debate
__ Me larga seu segurança de merda __ Vou acabar com você. - Henry grita e se debate, mas agora ele está em desvantagem, Sérgio é quase o dobro dele.
Um homem com um uniforme das forças especiais se aproxima.
__ O que faz aqui senhor Tramal? - ele encara Henry que pela primeira vez se detém
__ O que eu faço aqui? __ Até onde eu sei, tenho o direito de ir e vir como qualquer cidadão - ele diz olhando para mim
__ Não por muito tempo - eu digo tentando acerta-lo mas então sou detido por um dos homens de Sérgio __ Esperando uma ligação? - eu cuspo as palavras para ele e Sérgio me olha em desaprova.
__ Por que acha que estou esperando alguma ligação? - Henry nos olha, fiz besteira. Na minha ira eu o alertei. __ Bom! - ele diz tirando as mãos de Sérgio de sobre ele e ajeitando o terno __ A não ser que tenham algo contra mim, estou indo.
Olho para Sérgio e ele balança a cabeça em desaprovação. E Henry já se encaminha para o balcão de embarque.
__ Nós precisamos prendê-lo - eu digo desesperado, então o homem que está fardado, se aproxima e diz:
__ Infelizmente, ainda não temos nada concreto para podermos prendê-lo.
__ Como não? Minha filha está no hospital e vocês sabem que foi ele.
__ Nós até podemos ter certeza de que foi ele, mas a justiça exige provas. - ele diz
__ O que faziam aqui? - eu pergunto
__ Estávamos o monitorando, esperando que ele entrasse em contato com o celular do homem que sequestrou sua filha. Essa era a prova que precisávamos.
__ Eu estraguei tudo? É isso? Eu estraguei a única oportunidade de colocar esse cara na cadeia?
__ Fique calmo - Sérgio diz colocando a mão sobre meu ombro __ Já estávamos aqui a mais de uma hora e ele não havia feito nenhum contato __ Acreditamos que ele já havia desconfiado que algo deu errado. __ Talvez ele esperasse que Medeiros o encontrasse aqui, e como ele não apareceu.
__ Mas e o fato dele estar aqui, hoje. Não é motivo suficiente?
__ É claro que podemos associa-lo a algo, mas nada tão concreto que o faça permanecer na cadeia. __ O Sr. Tramal é um homem de muito poder, será muito fácil se livrar de algo assim tão banal.
__ Preciso ver a minha filha - eu digo
__ Vamos, levaremos vocês até ela.