10. O que você faria?

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Flora

É isso, eu tinha beijado a Jeniffer e tudo o que ganhei em troca foi um mini fragmento da verdade e uma dor de cabeça. Se eu soubesse que ontem a noite não daria em nada, jamais teria subido. Ok, deu em alguma coisa, porque a gente tinha se beijado, e o plano estava andando, mas eu queria tanto saber.

Eu tinha acabado de me afastar quando Jeniffer soltou um suspiro e sorriu. Não era bem o que eu estava planejando, então fiquei meio atordoada antes de me levantar e decidir sair do quarto.

– Eu já sonhei com isso uma vez, sabia? – Ela disse, e eu parei no meio do caminho.

– É mesmo? – Me virei.

– Aham – Jeniffer riu e se sentou, apoiando as costas na cabeceira da cama – Ei, lembra daquela vez que jogamos balões d'água pela janela da Rachel Davis?

– Lembro – Rio um pouco e me sento em sua frente na cama, cruzando as pernas sob o corpo, ajeitando o vestido ao meu redor – Mas me fala mais sobre esse sonho.

– Não tem muito o que dizer – Jeniffer se espreguiça, esticando os braços pra cima.

Consigo ver a curva dos seios dela pressionando contra o algodão leve. Ela se mexe um pouco mais, e a camisola se levanta das coxas. Então Jeniffer desliza pela cama até se deitar com a cabeça em meu colo.

– Você teve aquela ideia depois dela espalhar boatos sobre mim na escola – Ela continua a história dos balões, mas não consigo prestar muita atenção, pois o quadril e as coxas dela formam uma curva perfeita, como um anúncio sexy de revista.

– É, eu sei – Gentilmente puxo a bainha da camisola dela para baixo, escondendo um pouco das pernas expostas – Então por que fez aquilo comigo?

– Eu só quis te proteger.

– Não deu muito certo – Respiro fundo e pouso a mão em seu cabelo extremamente liso.

– Acho que deu certo sim – Jeniffer boceja, e alguns segundos depois, sei que já está dormindo.

Eu demoro horrores para sair de baixo dela e usar um travesseiro para compensar a altura. Saio de lá de fininho e volto para a festa ainda sentindo a pressão do beijo dela na minha boca.

Não estava apenas chovendo quando desembarcamos no aeroporto de Los Angeles, a chuva caía implacavelmente do céu, transformando o mundo em um borrão cinzento

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Não estava apenas chovendo quando desembarcamos no aeroporto de Los Angeles, a chuva caía implacavelmente do céu, transformando o mundo em um borrão cinzento. Gotas pesadas e rápidas atingiam o chão com força, criando poças que se expandiam rapidamente. O som era ensurdecedor, um rugido constante que ecoava por toda parte. As ruas vazias estavam tomadas por uma névoa úmida e uma cortina prateada de chuva, tornando difícil enxergar além de alguns metros. Deixando a cidade irreconhecível.

Quase todo mundo já tinha ido embora, mas minha mãe ainda estava de plantão e disse que tentaria sair o mais cedo possível. Pensei em pegar um uber, mas levando em consideração a quantidade de multas de trânsito que tenho que pagar esse mês, é melhor eu começar a economizar.

Tudo ou nada (Romance Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora