26. Entre no jogo

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Flora

– Sim, o que você fez foi ótimo – Minha mãe disse tirando a lasanha pronta do forno – Mas não acho que vá ser suficiente.

– O que quer dizer?

– Bom, se eu fosse uma das suas amigas e você me ouvisse, eu te daria alguns conselhos, Flora.

– O quê? Eu te escuto – Jogo a cabeça para trás.

Minha mãe inclina a cabeça para o lado e arqueia as sobrancelhas.

– Tá legal, manda.

– Ela não é o tipo de garota que você conhece duas vezes. Você está a perdendo e é doloroso de olhar porque isso quase aconteceu comigo e com a sua mãe uma vez.

– Ah, agora você vai ter que me contar – Abro um sorriso, ansiosa para ouvir mais histórias das duas.

– Outro dia, quem sabe – Ela tocou meu rosto, acariciando minha bochecha ao ver que não estou bem, apesar de ser muito boa em disfarçar isso – Chame Aspen para jantar.

– Preciso de um café antes do treino – Digo para Leah quando ela vem me buscar às dez

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– Preciso de um café antes do treino – Digo para Leah quando ela vem me buscar às dez.

Fomos liberadas da aula essa manhã para um treino teórico sobre as Trojans e depois irmos para o físico, então ficaríamos no ginásio praticamente o dia todo, e como eu não estava conseguindo dormir direito, cafeína era a única coisa que me faria aguentar a semana.

O problema é que ao invés de irmos para a minha cafeteria reserva, eu guio Leah para a antiga. Pelo vidro, vejo Jeniffer sentada sentada em uma mesa perto do balcão. Quero muito falar com ela. Na verdade, quero me aconchegar no peito dela, sentir seu cheiro delicioso, deixar que ela faça carinho nas minhas costas e aí sim falar com ela.

Estou prestes a entrar e tentar contato novamente, quando uma garota se senta na frente dela e as duas sorriem.

– Quem é aquela? – Pergunto para Leah, com as mãos espalmadas no vidro como uma stalker.

– Eu não sei. Não parece ser nada, vem – Leah segura meu braço para me puxar de volta para a rua, mas eu me recuso.

– Não parece ser nada? Isso é um encontro!

– Tem certeza? Porque pra mim parece que elas estão brigando.

– Leah!

– Ei, olha, tem um starbucks bem ali – Ela aponta – Estou com desejo de tomar o frapuccino gelado deles.

– Isso é tudo culpa sua, sabe disso – Cruzo os braços, sem conseguir desviar os olhos da cena. Ela toca o braço de Jeniffer, e eu preciso reunir todo o meu autocontrole para não entrar lá e tirar satisfações do porque ela estar tocando a garota que deveria ser minha.

Tudo ou nada (Romance Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora