Irmãos MARTINELLI Livro I [Meu Recomeço]

Capítulo 06

~Chris ~

—Chis, eu to aqui com você. Calminho. - Sinto os braços da minha irmã me acolherem. Minha respiração está descontrolada, sempre que eu me lembro da Margot eu acabo tendo pesadelos a noite. Me odeio por isso.

Sinto as lágrimas queimarem meu rosto, eu não superei isso ainda, como eu quero esquecer essa mulher de vez. Fazem cinco anos, parece que ela saiu do coração mas da mente não.

— Está melhor? - pergunta depois de um tempo me abraçando.

— Sim. - ela desfaz do abraço para me olhar.

—Eu estava passando no corredor, ia para o meu quarto dormir mas ouvi você gritando .- Giovanna a estava com uma blusa grande e uma calça mole.

— Você já treinou?.

— iih... já faz um tempão, é porque quando cheguei fui arrumar a cozinha, depois fui colocar umas roupas pra lavar na máquina; tomei banho, sequei meu cabelo... E por fim, tava voltando da sala eu  fui apagar as luzes.

— As vezes você se multiplica. - brinco sem ânimo. Mas é verdade essa menina faz mil coisas durante o dia e sempre está sorrindo como se tivesse sempre bem. Era difícil algo a derrubar. — Dorme comigo, por favor. - Peço e ela solta o ar dos pulmões sorrindo fraco.

— Claro mio fratello.

...

— Calma, cara! O que você tem hoje? - Max pergunta assim que o golpeio e lhe derrubou no chão mais uma vez.

— Estou frustrado. - caminho até o saco de pancada e começo a desferir socos.

— E eu ainda pergunto, você só vem aqui quando está frustrado. - diz tirando suas luvas e vindo segurar o saco em minha direção.

— Minha vida é uma merda, você sabe. - paro de socar e caminho até onde está minha garrafinha de água e meu celular. Pego a garrafa e bebo todo o líquido.

— Você já vai? - pergunta olhando seu celular.

— Não, ainda vou treinar. Preciso ocupar minha mente e só há três coisas que eu posso fazer, treinar/lutar, trabalhar ou dormir.

— Cara você precisa de uma trepada, isso sim. - fala e digita algo em seu celular.

— Sim, de fato, porém minha foda casual está viajando, e eu não fico com qualquer uma meu pau é seletivo. - dou de ombros.

— Você tem uma foda casual? Você acredita que isso não pode brotar um certo" carinho".

— Claro que sim, mas eu e a Ju sabemos lidar com isso, ela me usa tanto quanto eu, é sério, acredite se quiser. - Quando termino de falar escuto meu celular apitar indicando uma notificação. Pego  e leio pela barra o nome de Juliana. Desbloqueio meu celular e entro no aplicativo de mensagens.

"Chris, já cheguei "

"Você não vai acreditar no que eu tenho pra falar, vem logo"

Mando um "já estou a caminho"  junto com um emoj de carinha piscando.

— Amigo, vou transar. - dou algumas batidinhas em seu ombro pego a minha bolsa e saio. Passo a alça da bolsa onde carrego luvas, água e peça de roupa, pelo pescoço e jogo minhas luvas lá dentro...

— Nossa demorou em. - Juliana diz abrindo a porta e caminha para a sala se jogando no sofá.

— Tava lutando.- Caminho até à sua cozinha e abro a geladeira procurando por algo de beber, vejo que tem suco. Pego a jarra de suco de laranja e o coloco no copo. — O que vai me falar?

— Estou apaixonada. - quando escuto ela dizer quase engasgo com o suco que estava engolindo na hora. — Calma seu idiota, não é por você, tá. - acho que sinto um alívio ao ouvir isso.

— Mas quem é, e como chegou a essa conclusão? Você tem que me falar tudo sobre esse cara e o sobrenome dele preciso investigar tudo sobre...

— Ei, ei, ei, vai com calma tá, você não vai espantar o meu futuro marido. - uau que rápida. — Eu conheci ele  no meu voo de volta pra cá .

— Pera, você conheceu o cara num voo e já está apaixonada?- me escoro no balcão da sua cozinha.

— Claro, saímos ontem conversamos ele me falou dele e eu de mim. Ele é legal você vai gostar dele. - diz e suspira.

— Você não chegou hoje?

—Não, já fazem dois dias que cheguei.

— O quê? E por que ta me falando só agora. Eu achei que você tinha acabado de chegar.

— Não, precisava sair um pouco com ele e se eu te falasse isso antes aposto que até me seguiria pra saber quem é.

—Você está certa. - concordo com ela. — Mas me diga, qual é o nome dele?

— Joe Smith. Mas por favor não vá fazer nada pra espantar o meu crush. - me lança um olhar sério e volta a olhar a tv.

— Claro que não. Agora que está namorando preciso encontrar outra amiga, fui. -

— Você é um tarado, isso sim. - fala um pouco mais alto enquanto eu chegava até a porta.

Já estava no carro quando recebo uma ligação, olho para o nome e vejo que é minha irmã.

— Oi irmã favorita,não tem nem 24 horas que nos vemos e você já está com saudade

— Não enche, liguei pra te convidar pra jantar. Minha empresária acabou de fechar uma parceria com uma marca que é fornecedora de lá e eu ganhei um jantar posso levar quem eu quiser.

— Por que não chamou um de seu amigos . - Falo zuando ela,eu só consigo ter bom humor com ela, Ju e as vezes só as vezes o Felipe.

—  Ai menino credo, a genta tenta ter uma relação boa entre irmão e irmã e esse garoto vem com idiotice. As vezes prefiro o outro Chris.

—  Tá bom, estou brincando com você. Manda a localização e o horário, até mais tarde.

— Ta bem, você não se importa se eu chamar a Katherine não, né?.  - ouvir o nome da mulher fez meu coração pular um pouco mais e senti só por um momento uma sensação estranha na barriga.

— Não, pode chamá-la.

— Tá bem fratello, beijo.

Encerro a ligação e vou direto para minha casa, ainda são 16:00 da tarde fui cedo pro trabalho e voltei 14:00 horas estava tudo em ordem não tinha tanto trabalho por isso não consegui ficar para ocupar a mente.

Chego no meu apartamento e vou diretamente para o o quarto, não sei por que eu estava mega ancioso para que chegasse logo a noite e não era para estar sentindo isso.

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