Irmãos MARTINELLI Livro I [Meu Recomeço]

Capítulo 08

~Chris~

— Sim, sempre tenho isso. - sua voz sai fraca e cansada.

— Olha para mim, quero que conte de zero a dez, olhando nos meus olhos. - falo e ela começa a me olhar ainda com a respiração descontrolada e seu corpo trêmulo .

— Zero, um, dodois, trêes... - inspira e respira, quatro, cinco, seis, sesete, oito, no... Nove e dez.- suas mãos estão agarradas em meus braços e eu ainda permaneço segurando sua cintura.

— Como se sente?

— Melhor. Obrigada, contar me fez bem.

— Quero que quando  estiver assim novamente faça o que eu te mandei, respire devagar controlando a respiração e depois que ver que consegue, conte até 10,ou mais para focar sua mente em outra coisa.

— Está bem. - suas bochechas ganham uma cor mais avermelhada e eu instantaneamente toco meu polegar ali na sua bochecha, ela é tão linda, e sua pele é tão macia eu poderia me perder alí naquela maciez. Seus olhinhos pela primeira vez me olham sem receio e por mais tempo.

— Kate! Como está? - minha irmã aparece e tira Katherine de meus braços.

— Estou melhor. Obrigada. - ela nitidamente envergonhada.

— Desculpa por tocar naquele assunto chato.

— Giovanna, vem tem gente querendo foto com você. - a empresária da minha irmã grita da porta.

— Já estou indo. Kate você se importaria de esperar alguns minutinhos pra eu te levar pra casa?

— Não se preocupe, eu posso ir de trem ou ônibus...

— Não você não vai andar sozinha por aí... - a enterro pó.

— Se você permitir posso te levar.

—  Ah... Pode ser.

—Ótimo te vejo amanhã, beijo. Te mando mensagem mais tarde. - deixa um beijo singelo em sua bochecha e sai correndo.

— Deseja ir agora, se quiser podemos caminhar um pouco para que você tome mais um pouco de ar.

—Pode ser. - diz timidamente, como pode ser tão linda e tão tímida. Começamos a circular pela pequena praça até sentarmos em um banco.

— Como se sente agora?

— Bem melhor, obrigada.- ficamos um pouco em silêncio mas ela quebra. — Foi tão estranho. - Diz olhando para o céu.

—O quê?

— Ter alguém... Dessa vez.

— É, um pouco. Mas é bem mais rápido quando você é acolhido por alguém.

— Como sabe?

— Sei bem o que é ter essas sensações, acredite, são horríveis.

— A sua irmã, é tão divertida. - Fala mudando de assunto ao perceber um clima meio tenso entre nós.

— Sim ela é. - viro meu rosto para ela e bato minhas costas contra o banco de cimento frio. Posso te falar uma coisa?