Irmãos MARTINELLI Livro I [Meu Recomeço]

Capítulo 10

~Chris~

Bato no volante frustrado e irritado comigo mesmo por está me aproximando tanto daquela garota inocente. Estou apenas procurando outra pro lugar de Juliana e isso não se faz, tenho que colocar na minha mente que nem todas as mulheres pensam da forma que Juliana pensa.

Juliana me usou para sua diversão e inovação na cama, sim inovação. A maluca me usou como experimento de tantas posições e técnicas loucas que as vezes não me sobrava forças para ir embora ou ir trabalhar.

Como agora ela diz estar apaixonada e nossa diversão acabou estou procurando outra para tomar sua posição. Pelo menos espero que seja isso com Katherine, se aquela senhora não tivesse chegando eu teria a beijado.

Eu tenho, não, eu devo ficar longe dela, ela é um perigo para mim.

Respiro fundo e me concentro na estrada, ao lembrar dela me vem a cena de mais cedo no restaurante. Ela estava nos meus braços ela é tão pequena e meu corpo anseia em a proteger, mas o que eu não entendo é que eu que preciso de proteção contra ela, ela é um perigo para mim.

Não posso cair em tamanho buraco novamente, não mesmo. Só Deus sabe o quanto lutei e sofri para voltar a ser quem era, antes de cair no fundo do poço por culpa do sentimento mais forte e destruidor que pude sentir por outra pessoa.

Amor não foi feito para mim, com certeza não estou disposto para compartilhar novamente toda as minhas dores e inseguranças para outra pessoa.

Se fosse pela traição somente dela acho que doeria uns 30% menos, mas não, foi um baque uma dor de traição, não só da parte dela mas do cara que eu chamava de irmão, era o irmão que eu nunca tive.

Eu podia lutar me esforçar para criar barreiras tentando tampar essa ferida mas acho que ela nunca será cicatrizada, essa dor nunca irá cessar. É impossível superar a Margot, eu a amei tanto, nem sei se deixei de amá-la. Talvez eu só me acostumei a não tê-la mais.

Bufo passando a mão em meus cabelos, estaciono meu carro no térreo do prédio e subo para o meu andar. Caminho para o quarto, tomo outro banho e me jogo na cama sem me preocupar com roupas...

— Alô!. - digo deslizando meu dedo na tela do celular sem nem ver quem é.

— Buongiorno, fratello. (bom dia, irmão).

— O que você quer?

— Por que não atende as ligações do seu amigo maluco?

— O quê?...

— É o seu amigo louco, já ligou para a agência mil vezes importunando as secretárias.

— E por que ele não veio aqui? .

— Ai eu não sei, melhor ligar para ele,não sou nenhum pombo correio. Que saco... - desliga a ligação na minha cara.

Respiro fundo e me sento na cama assustando com o número absurdo de chamadas perdidas do meu amigo. Respiro fundo e retorno a ligação.

— Até que em fim, achei que a princesa não lembrava que tinha que trabalhar. - reviro os olhos  e me levanto indo para o meu banheiro, com o celular no ouvido. — Eu te liguei várias vezes, por que não me atendeu? . - força mágoa na voz.

— Cara eu tava dormindo, agora é errado eu dormir? Cazzo. - caminho até a pia e olho meu reflexo no grande espelho. Meus cabelos estão bagunçados e minha cara amaçada e inchada.

— Eu sei cara, mas é que tem um rapaz exigindo ser solto, Tadeu trouxe ele ontem e disse que ele tentou te assaltar.  Disse que se não deixar ele solto vai te processar.

— Folgado. - Chego aí em 1 hora, primeiro vou Treinar. - desligo a chamada e entro dentro do box, deixando meus músculos relaxarem com a água quente.

Depois de treinar tomo um banho na academia mesmo e já sigo para a delegacia, resolvo o "problema" do Junior, sim esse é o nome do garoto de 17 anos que tentou me assaltar ontem.

[...]

Estava mais uma vez há dois dias sem dormir direito, e com a sensação que luto para não sentir. Toco a campainha do apartamento da minha irmã, ontem fiquei conversando por ligação com a minha mãe até conseguir me acalmar. Dormi umas 5 horas seguidas, logo me levantei e fui pra academia treinar e lutar um pouco.

Espero alguns segundos e quando a porta se abre revelando uma mulher a qual não era a minha irmã, Katherine, ela estava com uma toalha enrolada nos cabelos, tinha algo branco no rosto e o que eu mais gostei de ver: seus mamilos enrugados por baixo de uma camiseta de tecido fino.

Passeio por mais um momento meus olhos ali em seu busto, sua pele meio parda parece ser tão suave e macia. Por um instante sinto uma enorme necessidade em tocar meus dedos por toda a sua pele e sentir seus pelos se eriçarem com meu toque.

— Christopher?. - minha irmã me tira de meus devaneios. — O que tá fazendo aqui? - Giovanna pergunta ficando atrás de Katherine e segurando em seu ombro.

— Eu... - cazzo, estou sem voz. — Eu não estava muito bem, vim te ver. - não preciso falar muito e logo minha irmã se aproxima e me afaga em seus braços. Diferente de Katherine ela estava sem o negócio branco na cara e com uma blusa de tecido mais grosso. — Ho bisogno di te, sorella! (Preciso de você, irmã.) - sussurro em seu ouvido.

— Non preoccuparti, sarò sempre qui per te. Sei stato gentile a cercar mi. ( Não se preocupe, estarei sempre aqui com você. Fez bem em me procurar.) - minha mãe e minha irmã as únicas pessoas que eu sei que nunca me abandonariam e me amam de verdade.

Desfazemos o aperto e ela me abre passagem para adentrar sua casa, caminho para o centro da sala encarando Katherine que estava sentada de um jeito receoso e tímido no sofá. Na sala tinha um colchão, e alguns potes de creme ou é produto sei lá, sobre a mesinha de centro.

— Atrapalhei a noite de vocês, não é? Falo jogando minha mochila no chão perto do sofá. Quando escuto Giovanna forçar uma tosse. Olho para ela e vejo uma expressão de que fiz algo errado.

— Chris, as sandálias e a mochila.

— Ah claro, foi mau. - tiro minhas sandálias e coloco sobre o tapete junto com as dela e provavelmente de Katherine. Pego a mochila e coloco no cantinho perto da porta.

— Bom... Estávamos fazendo uma noite de meninas, se você quiser participar. - minha irmã sugere, Arqueio as sobrancelhas e a olho.

— Depende, o que vocês fazem exatamente?. - olho para Katherine e ela mantinha a mesma expressão, aproveito para olhar para suas pernas, e que pernas, caramba ela tinha umas coxas muito grossas. Seu corpo sem aquele tanto de roupa é mais lindo ainda, eu não consigo parar de olha-lá e me odeio por isso.

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