Capítulo 46

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Chris

Chego de frente de sua cela e Margot estava sentada na cama e coberta da cintura para baixo com o lençol.

- Chris, você veio. Eu precisava me...- a interrompo.

- Por que nunca me disse que esteve grávida, e que tirou o bebê sem meu consentimento. - pergunto irritado e bato as mãos na grade.

- Como você descobriu isso?

- Não importa,eu descobri e quero que me fale se esse bebê era meu ou não.

- Sim,era seu. Eu só não me cuidava com você.

- E por que diabos você nunca me disse isso? - falo um pouco alterado.

- Por...porque eu, eu não queria essa criança. - sua fala parecia estar fraca.

- Mais isso era algo que não desrespeitava só você. Se eu era o pai eu tinha que saber. E você privou isso de mim,me tirou o meu filho sem ele ter culpa dos erros do presente e passado seus e da sua mãe.

- Christopher,eu não queria,nunca quis ser mãe. Não nasci pra isso,eu sei que se essa gravidez tivesse ido pra frente esse bebê me odiaria assim como eu odeio a minha mãe. Odeio...- respira pesadamente como se estivesse fraca. - Odeio por ela ter feito tudo que fez comigo. - presto atenção no rosto de Margot e ela estava meio pálida.

- O que você fez foi crime, você sabe disso e as provas estão aqui em minhas mãos.- Margot fechou seus olhos e suspirou levemente, ela está estranha,era como se não estivesse mais aqui comigo.

Pego a chave, abro a cela e entro. Coloco o envelope em cima da cama e quando tiro o lençol de cima de seus braços o colchão estava coberto de sangue.

- Que merda foi essa que você fez, Margot?!

- Eu não nasci pra isso,me perdoa. - sua voz estava mais fraca e suas pálpebras estavam pesadas.

- Não, não,Margot, fica comigo. Margot não fecha os olhos. TADEU,GUTO.- grito e logo eles aparecem.

- Como ela fez isso?

- Não sei, eu vi pra conversar com ela e quando me dei conta ela já havia se cortado. - pego um lençol em cima da outra cama e o rasgo. Enrolo o pano fazendo pressão no corte para tentar amenizar o sangramento.

- Eu... Desejo que..., seja feliz. - sussurra dando seu último suspiro.

- Vou chamar a ambulância.

- Não,Tadeu. Não será mais necessário,liga pra funerária,não tem mais o que fazer. Deito seu corpo corretamente na cama e me levanto dalí. - Façam o que deve ser feito,eu preciso de um pouco de ar.


Saio meio atordoado da cela, não era para ser assim. Eu compro eu que o senti por ela foi apenas um carinho especial,nunca foi amor. Mesmo assim eu não desejava a morte dela, ela se desesperou e acabou cometendo essa loucura com sigo mesma.

- Chris,amor eu... Meu Deus, o que houve por que está com a roupa manchada de sangue.- Katherine se aproxima de mim assim que eu entro na recepção da delegacia onde ela estava me esperando.

- Fica calma, é que...- nem sei como eu direi o que acabara de acontecer para Kate,ela é uma menina muito sensível. - Vem,senta aqui. -a conduzo para se sentar na cadeira de espera.

Irmãos MARTINELLI Livro I [Meu Recomeço] Onde histórias criam vida. Descubra agora