14. A festa

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- Com colar ou sem colar? - perguntei para minha mãe assim que ela apareceu no meu quarto.

- Hmmm - ela inclinou a cabeça e analisou o meu visual - deixe-me ver de novo.

Levantei a gargantilha que havia ganhado mais cedo de Antônio até o pescoço. O vestido que eu usava era todo branco, curto e com mangas, e as sandálias eram pratas e altíssimas.

 O vestido que eu usava era todo branco, curto e com mangas, e as sandálias eram pratas e altíssimas

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- Com o colar, aliás ele é muito bonito.

- Ganhei do Antônio mais cedo. O presente que a Sra. deixou sobre a minha cama, junto às flores.

- E você está bem com isso?, ganhar tantos presentes filha?.

- Mãe... já ficamos tempo demais separados... ele me faz bem, e enquanto ele estiver me fazendo feliz, eu não vejo porque não...

- É isso filha. Fique bem para que eu também esteja bem.

- Eu te amo mamãe - agradeci a abraçando.

O interfone tocou e eu levei um susto, o que me fez perceber como estava nervosa. Olhei pra minha mãe.

- Eu cuido disso enquanto você termina aí.

- Obrigada.

Com um sorriso no rosto, vi minha mãe sair pelo corredor. Demorei mais algum tempo colocando os acessórios e retocando o batom.

- Muito bem, é melhor você se apressar. Ele está prestes a abrir um buraco no chão da sala. Está todo impaciente - ela diz, enquanto passa direto pelk meu quarto, se encaminhando para o dela.

Sai do quarto e caminhei pelo corredor, até chegar à escada, que eu desci lentamente, com o olhar vidrado nas costas de Antônio, que olhava para fora através da janela.

Minha pulsação acelerou. Seu reflexo no vidro revelava uma expressão contemplativa. Ele sentiu a minha presença. Se virou para mim e permaneceu imóvel por alguns segundos, percorrendo todo o meu corpo com os olhos.

- Pequena - ele veio até mim com seu andar gracioso e determinado. Me segurou pela cintura e deixou um pequeno beijo sobre os meus lábios pintados de vermelho.

- Oi.

- Você está linda. Mal posso esperar pra exibir você por aí.

Soltei um suspiro de satisfação ao ouvir aquele elogio.

- Já está pronta para ir? - balancei a cabeça concordando - então vamos - ele me conduziu para fora com a mão na base da minha coluna, um contato que produziu eletricidade, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar.

Um enorme carro sedã nos esperava na esquina, e o motorista abriu a porta assim que nos aproximamos. Deslizei pelo banco para me sentar do outro lado, e ajeitei o meu vestido enquanto Antônio se acomodava no banco.

Ele pegou a minha mão e começou a percorrê-la com os dedos, e esse simples toque, despertou em mim uma luxúria furiosa.

Chegamos no local do evento em poucos minutos. No momento em que adentramos o espaço, suas mãos grudadas em minha cintura e permaneceram ali por um longo tempo.

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