15. Ainda sou o mesmo

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O after dos cria na praia acontece como nos velhos tempos. Estou sentado na areia, com minha pequena entre as pernas e o rosto em seu pescoço, aspirando seu cheiro que eu tanto amo.

- Está com frio? - pergunto, acariciando seus braços, na tentativa de esquentá-la.

- Um pouco, mas ainda vou entrar na água antes de ir embora.

- Eu estava pensando aqui. Você aceita jantar comigo amanhã?.

- Antônio. Você sabe que em algum momento eu irei embora não é? - ela fala com alguma espécie de medo em sua voz.

- Sei. Mas estou disposto a enfrentar o que for pra estar junto de você. Se eu precisar pegar um ou cinco voôs pra Austrália todo mês eu irei. Não me peça pra ficar longe de você pequena. Por favor. Nos dê uma chance. O amor e a química entre nós dois ainda é tão forte quanto antes. Só me fala que você também quer isso...

- Eu... não sei Antônio. Eu ainda te amo, com todo meu coração. Mas a Austrália é do outro lado do mundo. Não são nove horas de voô como daqui pra Miami. São várias escalas, que duram até trinta horas. Você tem ideia como pode ser desgastante?

- Você não está botando fé na gente não é?

- Não é isso... eu só não quero me magoar mais ainda.

- Pequena? - ela se vira de frente pra mim, ficando de joelhos e apoiando as mãos nas minhas pernas - nós já passamos um inferno nesses dez anos. Só de imaginar tudo que perdemos, eu sinto tanta raiva. Não vamos perder isso de novo...

Ela gruda os nossos lábios. Nos beijamos com verdadeiro delírio, e eu a puxo sobre o meu colo, levando a mão sobre o seu vestido, impedindo que alguém tenha uma visão das suas partes íntimas, já que ela está sem calcinha.

Amanda está tão excitante e tão intensa, que sinto que vou derreter de calor.

Mas ela para o beijo e se levanta.

- Vamos um pouco pra água com o pessoal, e depois, você me leva pra casa.

Me levanto em um pulo e a pego no colo.

- Antônio... minha bunda vai ficar de fora assim - ela protesta divertida.

- Culpa sua que teve a ideia de andar por aí sem calcinha.

Corro para a água e afundo com ela em meus braços. Quando emergimos, ela me agarra pelo pescoço e tenta me afundar várias vezes. Rimos divertidos, entre vários beijos e carícias e noto que todos os nossos amigos nos olham, como se estivessem emocionados.

Nos divertimos como o antigo grupo de adolescentes que sempre fomos, e estamos jogando água para cima quando pequenos pingos de chuva começam a cair.

Corremos para fora da água, e noto que o vestido da Amanda está totalmente transparente, denunciando a falta da lingerie.

Resmungo.

- Porra, agora todo mundo está vendo - falo tentando ajeitar seu cabelo sobre os mamilos que estão rígidos sobre o vestido.

Ela me dá um tapinha, me repreendendo.

- Vamos logo, antes que a chuva aumente.

Nos despedimos de todos e a passos rápidos, saímos da faixa de areia e vamos até o meu carro.

- Vamos molhar tudo amor...

Eu paraliso com o "amor" que sai de seus lábios, percebendo o quanto havia sentido saudades daquilo.

- Não... não tem problema pequena. Entre - abro a porta do carro pra que ela se acomode, e vou até o outro lado.

O caminho até meu novo apartamento é rápido e dura apenas alguns minutos. Ela fica impressionada com a majestosidade e tecnologia do espaço.

DocShoe - Todo seuOnde histórias criam vida. Descubra agora