•É melhor ficar sem•

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Era uma casa diferente, havia algumas decorações estranhas e pessoas estranhas também. Billie desceu primeiro do carro e foi falar com seus amigos estranhos.

Eram uma mulher e um homem, Billie abraçou todos e apontou para o carro.

Billie veio até o carro e abriu a porta, puxei sua camisa para ela ficar mais perto de mim.

–Billie eu quero ir embora, não quero descer não.

–O que houve? Eles são legais, eu juro..

Billie apoiou suas mãos nas minhas pernas e se aproximou para sussurrar algo em meu ouvido.

–Prometo que a gente vai embora se você não gostar deles –ela se aproximou para me beijar, mas eu desviei.

Desci do carro sentindo minhas bochechas queimarem.

–E aí gatinha, fica com medo não –um dos homens com a aparência meio hippister disse lentamente, ele parecia estar bem drogado –A gente é do bem.

–S/n, esses são o Daniel e a Milena, meus amigos da escola antiga...essa é a S/n –Billie disse tocando minhas costas.

–Oi –sorri ainda envergonhada com eles.

–Você dá um trago? – a mulher apontou o cigarro em sua mão para mim.

–Não, obrigada.

–Ihh ala, mane obrigada amiga –ela riu, ela também parecia estar drogada –Bora dá um trago Billie?

–Demoro! –Billie segurou firme minha mãe e fomos para dentro da casa, cheirava a cerveja, tinham muitas garrafas vazias pelo chão –Se ajeita por aí que eu vou pegar algo pra você beber.

Billie sumiu entre aquela sujeira, me sentei entre o sofá sujo e fedorento.

–Pega –Billie me entregou a garrafa de vidro.

–Eu não bebo!

–É refrigerante, fica de boa –Billie se sentou ao meu lado com um cigarro na mão –Esqueci de te dizer, cê tá gata hoje.

–Obrigada –sorri envergonhada, Billie acendeu o cigarro soprando a fumaça pela sala, o cheiro forte se espalhou pelo ambiente.

Ela se jogou para trás na sofá se sentindo bem a vontade e relaxada.

–Qual foi gatinha, não gosta do cheiro? –Daniel perguntou se sentando na poltrona a nossa frente enquanto a mulher sentava em seu colo.

–Ela não gosta disso, deixa ela cara –Billie disse para o homem.

–É zueira cara, para de ser tão cética.

Acabei rindo da palavra culta que o homem usou.

–Pelo menos sua amiga sabe o que é uma piada.

Billie me olhou, desviando seus olhos para os meus peitos, mas logo olhando novamente para mim.

–É, ela sabe –ela lambeu os lábios levando seu cigarro para mais uma tragada.

–Mas e aí, vocês tão se comendo ou é só amizade mesmo?

–Não!

–Calma gatinha, não precisa ficar nervozinha.

–Já falei pra deixar ela cara –Billie disse firme –Para de ser chato.

–Tá legal –ele rendeu as mãos.

Tomei o líquido gelado da garrafa sentindo se gosto doce.

O casal se levantou indo para algum lugar da cada.

Amor, eu vejo você na minha janelaOnde histórias criam vida. Descubra agora