Mina entrou pela porta dos fundos da mansão Jeon quando o relógio bateu 03:37 hrs da manhã. Tinha conseguido escapar do ângulo das câmeras de segurança, e confirmado se podia entrar. A sala de estar era iluminada pela luz melancólica da lua, e a dona de tudo aquilo estava parada vendo o quintal pela janela.
- Alguém te viu? - Min Jee indagou, sem tirar os olhos de seu precioso jardim.
- Não - A garota respondeu, se jogando no sofá e acendendo um cigarro - Sabe que é perigoso nos encontrarmos aqui, né?
- Eu sei de tudo - A mais velha murmurou, se virando para encarar a mais nova - Joga essa porcaria fora, antes que eu enfie na sua garganta.
Mina revirou os olhos, indo até a janela e jogando o cigarro lá fora. Que saco, por que todo mundo implicava com seus cigarros? Cada um com seus vícios, eu hein.
- Vem aqui - Min Jee ordenou, apontando pro chão. A garota caminhou despretensiosamente até a mais velha, e parou em sua frente - Acho que você esqueceu a educação que eu te dei.
- Eu não fi-
O tapa foi desferido no rosto da ômega antes que pudesse começar a se explicar. O cabelo castanho longo cobriu sua face, a impedindo de olhar nos olhos da tutora.
- Eu falo, você escuta - A maior sibilou, se inclinando pra ver o rosto da garota - Você pôs tudo a perder, tem noção disso?! Todo o nosso trabalho jogado fora, e tudo por quê?! Porque você não pode ver um pinto maior que o do meu filho que já vai correndo quicar em cima!
Mina passou uma mão pelo cabelo, e finalmente encarou a mais velha à sua frente. Os cabelos longos estavam presos num coque que estava quase se desfazendo, e ela usava um roupão branco de seda que deslizava conforme andava. Típico de dondocas como ela.
- Me diz uma coisa, garota. Você se lembra do trabalho que tivemos pra eliminar o último garoto que pisou nessa casa? - A mulher indagou, cruzando os braços.
- Sim... - A ômega mais nova respondeu, num fio de voz. Min Jee agarrou seu maxilar com força, fincando as unhas na bochecha da mesma.
- Sim o quê?! - Exigiu.
- Sim, senhora... - A garota gemeu de dor, e a outra soltou seu rosto com brutalidade.
- Ah, parece que um pingo de educação você ainda tem, né? Agora me diz alguma coisa útil, e rápido, porquê a peste daquele garoto é sempre o primeiro a acordar.
Min Jee já estava se cansando daquela situação. Se sentia uma imbecil por ter deixado Jimin pôr os pés em sua casa, céus, devia ter imaginado que Jungkook ia acabar se apaixonando. Conhecia o filho, era sensível, vulnerável e facilmente manipulável. Achava que o garoto estava satisfeito e certo de seu relacionamento com aquela inútil, mas infelizmente estava enganada. Pela primeira vez em anos não tinha um plano.
- O Jin e eu - Mina começou baixinho, passando os dedos pela área que as unhas daquela cobra arranharam - Nós conseguimos fazer o Jimin brigar com o melhor amigo dele. Um tal de Taehyung.
- O garoto da delegacia, sei - A mais velha resmungou - Jimin disse que ele tá grávido e que o pai queria bater nele. Essa gravidez pode ser útil pra tirar esse garoto do meu caminho.
- Vai fazer ele perder o bebê?! - A menor exclamou, franzindo as sombrancelhas.
- Se o Park não colaborar, quem sabe. Tenho certeza que ele odiaria ver o amigo perder o bebê por culpa dele - Min Jee deu as costas pra garota - E qual é dessa história com o Jin? Achei que ele fosse só mais um inútil como você.
- Ele me ajudou até certo ponto, sabe como ele é super protetor com o Jungkook - Mina contou, se sentando no braço do sofá - Mas aí ele conheceu o Jimin, e bom... também se apegou.
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Your Eyes Tell - Jikook ( Repostada )
Художественная прозаPark Jimin não tinha muitos motivos pra sorrir. Bom, pelo menos era assim que o ômega pensava. Amargurado pelo término de seu relacionamento de dois anos, e pela mãe ter ido embora quando o mesmo era apenas uma criança, ele se via em um mundo cada v...