CAPÍTULO 18

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MARIANE

Eu me olho do espelho e me sinto linda. Meu cabelo está incrível e não tenho olheiras, isso tudo porque chegou o sábado e a minha primeira semana de trabalho foi muito tranquila e o Bernardo está dormindo como um anjo a noite quase toda, acordando apenas de madrugada para mamar. O Vicente está fazendo muito, e até mesmo trás o bebê de madrugada para nossa cama.

Nossa cama! Às vezes eu queria ser mais discreta nos meus sentimentos, porque não quero pressionar e atrapalhar seu tratamento, porém, vê-lo tão amável e apaixonado, me deixa em êxtase demais pra disfarçar.

Foram meses difíceis e muitas vezes dormi em lágrimas, por não saber o que fazer. Minha avó sempre me ensinou a manter a calma e respeitar o momento de cada um, e foi isso que fiz ao máximo, mesmo que suas distâncias e atitudes me deixasse sem norte. Vicente parecia distante e quieto, e em alguns dias não disse uma sequer palavra, então, do nada estava em um dia de lucidez e voltava a cuidar de nós com cuidado. Tenho medo de que ele retorne a ficar desfocado, mas, tenho que arriscar e também não é como se conseguisse apenas esperar que ele venha até mim.

— Posso entrar? — Vicente perguntou na porta, e sorri me olhando no espelho.

— Claro. — Respondo, sentindo-se ansiosa para que me veja.

Eu olho para o homem bonito, de blusa social e calça jeans, os cabelos penteados e os olhos azuis sedutores. Ele lambeu os lábios olhando meu decote, e movo minha perna deixando ciente da fenda do vestido, e seus olhos brilham presos na pequena parte de pele exposta.

— Você está maravilhosa. — Suspirou passando o olhar por todo o meu corpo mais uma vez. — Caramba! — Deu passos hesitantes, e me segurou pelos quadris. — Estou até um pouco envergonhado, pelo itinerário do nosso encontro.

— Eu conheço a noite em Vilamar. — Ri colocando minhas mãos em seus ombros. — Estou ansiosa, pelo que preparou. — Sou sincera e ele ri baixo. — Você está um homem muito bonito. — Passo as mãos no seu abdômen, suspirando com satisfação ao sentir seus músculos.

— Acho que me prefere sem as roupas. — Indica malicioso e gargalho feliz em ver meu velho Vicente, sendo o safado divertido que me apaixonei.

Pegamos o carrinho do Bernardo, as bolsas e bolsas. Beijo meu bebê seguidas vezes, relutante em se despedir, e logo o William e o Jeferson chegam. Os meninos pediram mais cedo, quando estávamos na catequese, para poder ficar um pouco com o Bernardo, e uni o útil ao agradável, já que meu bebê ama esses dois homens.

— Nada de carrinho, quando tem o braço forte do padrinho. — William retirou o Bernardo e se levantou até está com a barriga dela na boca, e meu nenê balançando os punhos alegres.

— Obrigado por ficarem com ele. — Agradeço sincera, e um pouco envergonhada.

— Ele é nosso bebê, Mari. Antes de qualquer outra coisa. — Jeferson deu de ombros, um sorriso direcionado ao pequeno nos braços do irmão. — Né meu lindão?! — Sorriu para o Bernardo, que devolvi animado.

Eles se despedem, e deixo avisado que me ligue sobre qualquer coisa, mesmo quando a mãe dos meninos acena da varanda, prometendo ficar com os irmãos e o Bernardo. Vicente é ciumento, e jamais usaria os rapazes para provocar seus limites, mas, não nego que a forma que ele me olha possessivo, deixa meu baixo ventre trêmulo.

— O Bernardo vai ficar bem, não é? — Murmuro já quase desistindo de deixá-lo, e levá-lo conosco.

— Os moleques são uns folgados enxeridos, mas, são uns bons padrinhos. — Admitiu custoso e suspirou me apertando em seus braços. — O motivo que mais odeio esses dois, é porque sei que em uma competição justa, eles ganhariam, e minha única sorte é que por algum motivo muito sacana, seu coração me escolheu. — Eu pisco levando minha mão ao seu rosto e acariciando com suavidade.

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