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Capítulo 10 - Voltando pra casa

Depois de mais duas semanas ainda internada naquele hospital estávamos voltando pra casa, Luiza tinha se saído muito bem nos exames feitos depois que ela acordou e recebeu na mesma semana a visita da Drª Meredith que deu a notícia mais uma vez que não existia mais resquícios da leucemia no seu corpo.

O jatinho da empresa dos meus pais já tinha decolado e Luiza estava sentada ao meu lado olhando pela janela as nuvens que passavam rapidamente por ali.

- A Duda está fazendo alguma festa pra minha volta né? - ela perguntou olhando pra mim.

- Sim, mas não diga que eu te falei porque ela queria que fosse uma surpresa. - respondi entrelaçando minha mão na sua.

- Como será de hoje em diante hein? - ela perguntou suspirando logo em seguida.

- Vai ser do jeito que você quiser que seja Lu. - falei dando um beijo em sua mão.

- Eu quero que nossos pais saibam do nosso envolvimento. 

- Sua mãe já sabe. - falei rindo lembrando do dia que Malu me flagrou dando um selinho em Luiza durante os meses que ela estava em coma.

- Como assim? - ela perguntou franzindo o cenho.

- Quando você estava em coma eu estava em mais um dia ali lendo poemas pra ti, naquele dia uma angústia estava apertando em meu peito e comecei a chorar, antes de sair do quarto te dei um selinho e quando me virei estava lá sua mãe me olhando confusa. - respondi e ela caiu em uma gargalhada me fazendo rir também.

- Eu queria ter visto sua cara quando ela entrou. - ela disse ainda rindo da situação.

- Eu queria enfiar minha cara em um buraco, mas aí expliquei a ela que você se declarou pra mim no dia que desmaiou. 

- E ela?

- Minha sogrinha me ama. - falei dando um beijo em meu ombro.

Conversamos por mais alguns minutos sobre algumas coisas que tinham acontecido enquanto ela estava em coma e depois Luiza adormeceu em meu ombro, segurei sua cabeça com cuidado pois ainda estava enfaixada e adormeci também.

- Eu vou precisar ficar andando mesmo de cadeira de rodas? - ela perguntou assim que aterrissamos e ela viu a cadeira ali no final da escada do jatinho.

- Só por esses dias Lu, depois você já pode andar normalmente. - falei dando um beijo em sua testa.

- Vamos logo que estou morrendo de fome. - ela disse assim que dei partida no carro.

- Quando você não está? - perguntei e recebi um tapa no ombro.

Fiz questão de abrir os vidros do carro assim que passamos pela orla, Luiza abriu um sorrido enorme que fez com que eu sorrisse também, afinal era muito bom está de volta e ainda por cima com ela curada.

Estacionei na garagem da casa dela e tudo parecia quieto lá dentro, tirei a cadeira do porta malas e ajudei ela a sentar na mesma, fui empurrando até a porta e abrir tomando um susto com os gritos que vieram de lá de dentro, fechei os olhos com o susto e vi vários confetes no ar que foram soltos por Duda que pulava alegre.

Uma faixa com seja bem vinda escrita a mão estava de uma parede a outra.

- Amigaaaa, que saudade que eu estava de você. - Duda veio na direção de Luiza abraçando a mesma.

- Eu também. - ela respondeu com os olhos marejados.

- Nada de chorar hoje, quero ver esse sorrisão. - Duda disse enxugando o rosto de Luiza com os polegares e depois erguei seu queixo dando um beijo em sua testa.

Os pais de Luiza abraçaram ela ao mesmo tempo e depois meus pais abraçaram ela também, ficamos sentados na sala conversando e rindo das palhaçadas da Duda. Depois de uma hora meus pais precisaram voltar pro escritório e os pais de Luiza também foram pra loja.

- Eu estou indo também que deixei as coisas tudo na mão da menina lá. - Duda disse pegando sua bolsa.

- Fica mais um pouco. - Luiza disse segurando sua mão.

- Amiga você precisa descansar. Amanhã eu passo aqui pra te ver. - Duda disse dando um beijo em sua bochecha.

Me despedi de nossa amiga que antes de ir não deixou de brincar mandando eu deixar Luiza se recuperar totalmente antes de fazermos algo.

- Quer tomar um banho? - perguntei depois que fechei a porta.

- Estou precisando mesmo, mas eu quero ir andando pro quarto. - ela disse se levantando e corri em sua direção ajudando a mesma ir pro seu quarto.

- Quer que eu coloque uma cadeira aqui? - perguntei assim que entramos no banheiro.

- Não, mas queria tomar um banho com você de banheira. - ela disse direta me dando um selinho.

- Você tem certeza? - perguntei incerta.

- Sim, não vamos fazer nada. Eu só quero curtir esse momento contigo. - ela disse acariciando meu rosto.

- Vou preparar então. - falei deixando ela sentada na tampa do vaso e liguei a torneira pra encher a banheira.

Depois que enchi a banheira coloquei alguns sais que eu sabia que ela amava e voltei pra onde ela estava sentada tirando sua roupa com cuidado, afinal sua cabeça ainda estava enfaixada por causa dos pontos que seriam tirados na próxima semana. 

Depois de tirar toda sua roupa ajudei a mesma a entrar e tirei minha roupa sentando atrás dela, aconchegando seu corpo no meu.

- Se for sonho não me acorda por favor. - ela disse deitando sua cabeça em meu ombro.

- É sua realidade meu bem. - falei lhe dando um selinho.

- Eu achei que nunca mais iria te ver. - ela disse com a voz trêmula.

- Poderia passar um ano, mas eu ainda estaria lá te esperando acordar Lu. - falei apertando ela em meus braços.

- O que nós temos Valentina? - ela perguntou se virando de lado no meu colo.

- O que você quer que nós tenhamos? - devolvi com outra pergunta.

- Eu quero namorar você. - ela respondeu acariciando meu rosto.

- Então somos namoradas. - falei sorrindo e lhe dando um selinho.

Ficamos namorando ali apenas com beijos pois mesmo que a gente quisesse Luiza ainda não podia forçar muito pois ainda sentia um pouco de tontura devido a cirurgia, quando a água começou a esfriar levantamos e ajudei ela a vestir uma roupa fresca, deitamos na cama e ela ficou ali aconchegada em meu corpo com seu rosto em meu pescoço, senti sua respiração franquinha e percebi que a mesma dormiu com o cafuné que eu fazia nela.

- Prometo que vou te proteger de tudo meu amor. - falei dando um beijo em sua cabeça.