Capítulo 19 - Comemoração

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Assim que o assistente da juíza chegou no corredor para informar que a mesma já estava pronta pra dá a sentença, meu coração disparou pois Chiara poderia ser condenada por muito tempo ou sair pelas portas da frente do tribunal, a gente deveria está preparada pra tudo. Assim que entramos me separei de Luiza e sentei no lugar onde eu estava antes, olhei pra mesa aonde aquela mulher estava sentada junto com sua advogada e percebi o olhar receoso da profissional que estava te defendendo, enquanto o rosto de Chiara parecia ter perdido a cor.

Acho que ela já está esperando a condenação.

Os pais da mesma que ainda moram em Boston fizeram de tudo para que essa audiência não viesse a público, afinal ambos tinham um nome a zelar e não iriam deixar a filha deles manchar a reputação dos mesmos com tantas denúncias. 

Mas como nem tudo fica longe dos olhos da imprensa, um jornalista que tinha muitos seguidores acabou descobrindo sobre a audiência e fez questão de postar tudo com a ajuda de uma fonte de dentro da polícia.

Quando a juíza começou a ler o veredito parecia que tudo ao meu redor tinha ficado em silêncio, eu não ouvir nada que ela estava proferindo ali apenas no final quando a mesma anunciou todos os crimes que Chiara tinha sido acusada e com todas as provas muito mais que consistentes que afirmavam que ela tinha mesmo cometido toda aquela atrocidade, no final aquela mulher sentenciou ela em 55 anos de prisão em regime fechado e informou que agora teria que arcar com todas as consequencias em Boston em uma prisão de segurança máxima.

Minha advogada tinha me dito que a sentença daqui da ilha não seria a única que ela teria que encarar pois a mesma também seria julgada pelos crimes que cometeu em Boston então poderia ser adicionada mais uns 30 anos em cima da sentença proferida neste momento pela juíza.

Vi Luiza abraçando minha advogada com um sorriso no rosto e lágrimas caindo pelo seu rosto, a mesma veio em minha direção e quase me derruba quando colidiu seu corpo com o meu.

- Conseguimos amor. - ela disse me apertando no abraço.

- Sim meu bem, você está livre dela. - falei alisando suas costas.

- Eu tenho que agradecer muito a você. - ela disse me olhando ainda chorando.

- Não precisa agradecer, eu faria qualquer coisa por você e iria até o fim do mundo pra fazer justiça. - falei segurando seu rosto com minhas duas mãos e te dando um selinho.

Minha advogada apertou a mão de um policial que foi testemunha no caso e logo veio em nossa direção, mas fomos interrompidas por um barulho.

- Você é uma imprestável! - Chiara exclamou pra sua advogada.

- Como perdeu um caso desse? Você sabe de quem eu sou filha? Isso não vai ficar assim. - ela continuou gritando sendo contida por dois policias ali presentes.

- A melhor coisa foi eu ter perdido esse caso, afinal não queria ficar com a mancha de ter inocentado uma mulher desequilibrada que nem você. - a advogada da mesma disse fazendo a gente se surpreender pela sua atitude.

- Você acha que ela vai te amar como eu te amei? Você está muito enganada Luiza, eu vou voltar! - ela exclamou olhando em nossa direção.

- Vamos embora meu amor, não vale a pena responder a essa louca. Vamos comemorar no resort do centro dos meus pais, estão todos lá nos esperando. - falei abraçando Luiza pela cintura e dando as costas pra aquela mulher.

Saímos daquele tribunal aliviadas por ter tirado aquele empecilho do nosso caminho, Lexie mandou um áudio muito feliz me agradecendo por ter corrido atrás desse assunto e que quando fôssemos a Boston ela fazia questão que a gente ficasse hospedadas em sua casa, respondi a mesma que ela e sua esposa sempre seriam bem vindas a ilha e que também seriam muito bem hospedadas por nós.

Minha advogada disse que só iria passar em casa pra deixar algumas coisas e que nos encontrava no resort em alguns minutos. Segui com o carro até um dos resorts dos meus pais e fui pra um dos salões que era reservado para eventos um pouco mais privativos, assim que empurrei a porta dupla do mesmo confetes foram estourados por uma Duda que estava eufórica.

- Nos livramos daquele capeta! - Duda exclamou vindo abraçar Luiza.

Os pais da minha namorada estavam ali ao lado dos meus emocionados, pois eu sei que ambos se sentiam culpados por não poderem fazer nada a respeito afinal Luiza escondeu algumas coisas deles.

- Você foi genial. - minha mãe me abraçou.

- Não conseguiria com a sua ajuda, obrigada. - agradeci a mesma dando um beijo em sua bochecha. 

- Tenho tanto orgulho de você minha filha. - meu pai disse me dando um beijo na testa.

- Desculpa não ter prestado tanto atenção no que estava acontecendo contigo. - a mãe de Luiza disse abraçando a mesma.

- Não se desculpe mãe, eu que tenho que me desculpar por não contar a vocês. - ela disse abraçando os pais ao mesmo tempo.

- Você é uma mulher íncrivel minha filha. - o pai de Luiza disse segurando seu rosto com as duas mãos e distribuindo beijos.

- Pai. - ela resmungou com vergonha.

- O que? Você sempre será minha garotinha espoleta. - ele disse arrancando risadas de todo mundo.

- Esse açúcar todo está me deixando enjoada, vamos brindar a vitória. - Duda disse já enchendo as taças.

- Você sempre um amor querida. - a mãe de Luiza disse alisando o ombro de nossa amiga.

Minha advogada chegou a tempo do brinde e juntamos nossas taças no alto.

- A vitória! - exclamamos juntos.

- E agora qual o próximo passo? - meu pai perguntou.

- Irei sair do FBI.  - respondi tomando o resto do espumante da minha taça.

- Vai sair da agência? - a mãe de Luiza perguntou.

- Sim, pois pretendo começar uma vida mais tranquila com a sua filha e a rotina da agência não tem nada de tranquilo. - respondi dando um selinho em minha namorada.

- Meu Deus casem logo! - Duda exclamou batendo palmas.

- Se aquieta menina. - a mãe de Luiza deu um tapa no ombro de nossa amiga.

- Em breve. - respondi olhando pra Luiza.

- Eu te amo. - ela sussurrou e me deu um selinho.

- Te amo muito mais.


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