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Sou acordar com uma dor dilacerante no meio das minhas pernas. Dou um pulo quando sinto ele entrar aquele troço nojento dentro de mim novamente... eu tento sair mas ele é mais forte que eu e meu corpo inteiro está sem força.

Moisés mete em mim sem pena. Tento sair, mas quanto mais eu luto, mais rude ele é... isso parece que excita ele... Eu seguro choro, tento ser forte. Mas tem uma hora que não dá... Eu Choro de dor, choro de nojo, choro de desgosto.

Meu choro aumenta quando ele puxa meu cabelo e isso parace incentivar ele, pois ele acelera mais ainda enquanto rugi como um leão gozando. Ele tira de dentro de mim e eu me sinto mais suja ainda.

fecho meus olhos e tento desaparecer pelo menos por alguns minutos... meu eu sono volta e eu quero acreditar que tudo que acabou de acontecer foi um sonho.

Mas as dores na minha buceta e na minha cabeça me impede de acreditar nessa verdade.

Sou acordada com um choro fraquinho ao meu lado. Abro os olhos assustada e vejo Selma a cozinha chorando

— o que vc tá fazendo aqui? — pergunto me cobrindo

— eu trouxe seu café.. seu Moisés pediu— ela fala tremendo

— obrigada... pode ir

— vc precisa de ajuda?— ela pergunta receosa e eu encosto minhas costa na cama urrando de dor— suas costa... ta sangrando

Oh! Não me diga. Falo mentalmente.

— pode me ajudar a tirar os vidros?

— Cla...ro!— ela vai até o banheiro e volta

Eu viro de costa, espero por ela voltar. Mordo a coberta sentindo a dor rasgar. São minutos que parecem horas, mas a dor não chega nem próximo de todas que estou sentindo. Quando ela acaba de retirar tudo, ela sai correndo chorando do quarto.

Respiro fundo e levanto devagar, uso a privada sentindo a dor dilacerante enquanto faço xixi. A tristeza maior é quando vou me limpar e vejo a porra de Moisés saindo de mim.

Me olho no espelho e estou destruída. Meu rosto está roxo, meu corpo está marcado e a mulher que estava linda ontem, hj está péssima, digna de pena... me sinto a mais miserável de todas

Volto pro quarto te tento me alimentar, mas nada desce. Minha cabeça está a milhões, nem mesmo olhar o mar pela minha janela a calma os meus pensamentos. É quando quando surge a coragem...

Saio do quarto do jeito que estou e não encontro nenhum funcionário no caminho, vou até a parte aberta da cobertura do apartamento.

O sol bate nos meus olhos e eu tenho dificuldade de enxergar. Um dos meus olhos está tão inchado que não consigo abrir. Respiro fundo e pego uma cadeira.

Primeiro eu penso na minha mãe, em como eu queria está com ela nesse momento. Nem mesmo uma ligação eu posso fazer. Estou a meses sem celular e mesmo antes disso eu não podia ligar, ou Moisés ia atrás dela. Ela já sofreu muito com meu pai pra se preocupar comigo...

O vento bate em meu rosto e eu respiro a brisa que vem do mar pela última vez. Olho pro céu azul na certeza que nada existe lá encima. Tudo que minha mãe me ensinou sobre o cara lá de cima, foi como os contos de fadas. Eu não acredito em mais nada nem mesmo no homem

Encosto a cadeira no murinho que separa minha liberdade da minha prisão. Subo nela e nesse momento um filme passa pela minha cabeça, des do do momento que estava nos braços do meu pai até o momento que sou abusada por Moisés.

Com raiva e com a minha certeza eu jogo meu corpo pra frente, mas infelizmente sou segurada por braços fortes

Eu não luto, simplesmente desisto de tentar existir. Tudo é mt rápido. Em minutos estou em meu quarto, em minutos Moisés está novamente encima de mim me batendo e em minutos eu apago.

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