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Isabelle

Quando sai do hospital, eu estava em êxtase... eu amo o que eu faço, mesmo com os estresse, o plantão foi mt satisfatório.

Cheguei em casa feliz, tomei café da manhã com minha mãe e Cida, tomei um banho relaxante, botei as roupas pra lavar, arrumei o quartinho de Sofia e fui buscar ela.

Quando a tia da escola fala o nome da minha filha pelo microfone, fico apreensiva quando vejo ela vindo com o rostinho vermelho. Mas bastou estar em meus braços pra ela começar a chorar

— o que houve filha?— pergunto preocupada

— nada mamãe...— fala limpando o narizinho com o braço — quero ir embora

— vamos

Pego ela no colo e ela deitou a cabecinha no meu ombro se escondendo. Entrei no carro e o trajeto da escola pra casa foi feito em silêncio. Isso me incomodou pq ela sempre volta falando mt, mas não falei nada.

A psicóloga dela tinha me orientado que não Sofia é uma criança fechada, e quanto mais forçar ela, mais ela se fecha. Então dei o espaço que ela precisava sem força ela fala

Ela almoçou em silêncio, fez o deve de casa chorando e logo pediu pra dormir. Coisa que ela não faz. Até mesmo dispensou a natação.

Aquilo estava me mantando, mas mesmo assim abracei ela e dormimos até quase de noite. Eu por está mortinha, e ela por está triste.

Dormir é uma válvula de escape dela, ela se fecha e dorme

Tudo indicava que alguma grave coisa aconteceu, e deixa pra lá e vê minha filha sofrendo, não estava me fazendo bem. 

Quando acordamos dei um lanchinho pra aguentar ate a hora de jantar. Comemos com ela em silêncio, mas não tirei os olhos dela. Quando ela acabou pediu pra dormir de novo.

— não filha... se não mais tarde, vc não vai conseguir dormir

— eu to com sono mamãe

— vem aqui mamãe vem— digo esticando os braços pra ela

— quero não mamãe — nega e eu faço uma carinha de triste e ela vem mesmo sem vontade

— o que houve pro neném da mamãe ta com essa carinha?— ela faz um biquinho lindo e começa a chorar — ei filha, conversar com a mamãe

— eu... eu queria andar de bicicleta— fala fugindo do assunto

— então vamos combinar assim— falo beijando o rostinho dela— a gente vai andar de bicicleta, e quando voltar vamos te uma conversinha de mãe pra filha

— ta bom

ela  se anima e eu troco de roupa pra aproveitar e fazer uma caminhada.

Enquanto Sofia pedala, eu corro pelas ruas do condomínio. Fico olhando as casas e é uma casa mais linda que a outra... desde quando morava aqui, sempre admirei a arquitetura dessas casas. Lembro de algumas que estão identifica como antigamente e outras que mudaram totalmente, mas não lembro de ter tantas casas assim.

Tenho certeza que aumentaram o terreno do condomínio pq além de casas novas, agora tem 2 piscinas, mais salão de festas, alem das vendinhas tipo mini comércio ...

Lá no final do condomínio tem umas casas bem menores com terrenos menores, simples e perfeita pra mim. Se minha mãe conseguisse uma dessa, eu venderia meu rim pra comprar pq são lindas e parecem de boneca moderna.

— calma Sofia!— falo com Sofia que se empolga ou eu que me destrai olhando as casas

— corre mamãe— Sofia grita rindo enquanto pedala mais rápido na bicicleta de rodinha

Destino traçado Onde histórias criam vida. Descubra agora