O Toque.

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Marina Ferrero.

Após Vicenzo sair do quarto, eu tranquei a porta e vesti uma calça jeans e um casaco. Não estava tão frio, mas não queria que ele olhasse para meu corpo da forma nojenta que ele costuma olhar.

Desci para o jantar e não falei com os presentes, Francesca estranhou meu comportamento, estava apenas para marcar presença. Vicenzo tentou a todo instante ficar próximo e me tocar, mas eu estive todo o tempo tentando ao máximo manter distância. Assim que acabou o jantar, me despedi e subi para meu quarto, trancando a porta com chave.

Agora estava deitada, chorosa e ainda assustada com tudo o que tem acontecido, virando de um lado para o outro tentando pegar no sono. Estava inquieta, preocupada, abalada com o jeito do Vicenzo, eu queria me livrar dele. Não aguentava mais aquela situação e não estava preparada para viver aquilo em uma vida conjugal. Tive medo quando ele me prendeu embaixo de seu corpo, mas não esperei que o pior acontecesse, acertei um tapa nele e aproveitei para empurrar seu corpo e sair de baixo dele. Sentia muito nojo de Vicenzo, muito nojo das partes que suas mãos me tocaram. Só queria que tudo isso acabasse, que essa merda de acordo de casamento nunca tivesse existido.

Será que não veria nunca mais Enrico?

Poderia falar com ele sobre as coisas que Vicenzo fez recentemente, ele iria querer voltar para Calábria, não acho justo já que ele saiu daqui não faz muitos dias e eu não queria perturbar seus negócios, ele tem muita coisa para resolver na Sicília, começando pelo meu pai dando tudo de si para invadir sua cidade e Vicenzo querendo matá-lo. Isso só poderia ser feito após o casamento e eles estavam deixando tudo preparado para fazer. Enrico tinha que se proteger.

Todos os dias a gente se falava por mensagem ou ligação. Hoje ainda não havia falado com ele, talvez por isso eu estivesse tão inquieta. Sua voz me acalmava. Suas brincadeiras me distraiam. Sentia falta do seu corpo, dos seus beijos, o sexo com ele. Ah.. isso era incrível e quando pensei que não, me vi viciada em fazer isso com ele. Com o homem que nunca me forçou a nada e nunca me machucou.

Eu não queria aceitar, mas em pouco tempo eu já me encontrava apaixonada pelo Enrico.

Seu jeito abusado, seus cuidados comigo, sua possessão, sua sede em me ter, tudo isso e mais um pouco colaboraram para que eu chegasse a essa conclusão sobre meus sentimentos.

Meu celular tocou e o nome de Enrico apareceu no visor do meu telefone. Atendi com pressa e logo fui ouvindo sua voz tranquila do outro lado

- Alô? - Falei.

- Boa noite, boneca, Está tudo bem? - Perguntou assim que eu atendi.

- Oi. Estou bem e você? - Falei controlando o entusiasmo na voz de falar com ele.

- Vou indo. Hoje o dia foi agitado. Demorei, mas não ia dormir sem falar com você.

- Estou com saudade - Choraminguei.

- Eu sei, minha boneca. Quando a gente se ver vamos matar toda saudade - Deu uma pausa e respirou fundo - Alguma novidade?

- Bom é... não...

- O que houve?

- Não foi nada demais. Não se preocupe.

- Me diz o que houve. Não irei pedir novamente, boneca - Foi autoritário e ao mesmo tempo carinhoso comigo.

- Hoje quando sai do banheiro Vicenzo entrou em meu quarto e tentou algo comigo - Admiti envergonhada.

- Eu vou matar. Ele é um grande filho da puta. Só pode estar louco de te tocar. Ele te machucou?

- Não. Eu acho que não - Não sentia dor em nada.

- Ele é louco e se isso voltar a acontecer eu travessarei a Itália para matá-lo e te trazer para cá de uma vez por todas - Ele estava bravo.

Atração Perigosa - Desejo Fora de Controle (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora