Enrico Martinelli.
O desgraçado havia jogado uma granada em nossa direção. Ele tinha a intenção de nos matar, de matar a mulher que ia se casar.
Covarde!
A única coisa que pensei em fazer foi chutar a granada em direção a outra parede, o mais longe da gente possível. Eu não queria machucar a família de Marina e se eu chutasse em direção a Vicenzo, machucaria seus pais e sua irmã.
Puxei Marina para se encolher no chão. Coloquei meu corpo por cima do dela e cobri seu corpo com o meu o máximo que pude, a segurei com firmeza para que não se ferisse com o impacto da granada lançada.
Em poucos segundos a granada explode fazendo barulho e um grande estrago no local.
Abro meus olhos e vejo pedaços de madeira que se quebrada, estilhaços de vidro lançados, tijolo explodido, muito pó no local. Passei meus olhos para ver se estava tudo bem em sair de cima de Marina e vi alguns homens de Vicenzo caídos no chão com sangue em seu corpo. Vicenzo não estava mais por ali, eu não o encontrei.
Desgraçado.
Me levantei cambaleando, estava tudo girando. Ajudei Marina a se levantar também e analisei seu corpo procurando ferimentos.
- Está tudo bem? - Perguntei segurando sua mão.
- Sim, está. Cadê meus pais? - Perguntou preocupada, olhando ao redor.
- Estão ali no canto - Avisei, assim que os vi se levantando, pareciam estar bem, assim como Francesca.
- Filho da puta! Se eu não a terei, ninguém terá. Atirem pra matar! - Gritou Vicenzo se levantando do chão de onde estava escondido e seus homens iniciaram um tiroteio incessante.
Eu ainda estava meio tonto por causa do impacto da granada, mas comecei a atirar de volta junto com meus homens.
Mesmo focado em acertar Vicenzo, vi Alessandro chegar e pegar Marina para levá-la até o carro. Alessandro gritava, me chamando para ir junto para o carro, ao mesmo tempo que levava ela. Eu tinha que sair daquele lugar, ou morreria. Continuei atirando sem parar.
Eu me virei para correr e sair daquele meio, enquanto corria e atirava senti algo quente e rápido perfurar minhas costas e sair por meu abdômen, depois outro impacto acertar minha coxa direita. Os dois tiros queimavam minha pele. Comecei a mancar e diminui meu ritmo da corrida, mas não parei até chegar no carro. Os tiros sangravam sem parar. Eu não sentia doer tanto por causa da adrenalina.
- Enrico! - Marina gritou sôfrega de dentro do carro.
Mandei para que todos os homens cessassem e fossem para a van. Eu não queria perder meus homens.
Entrei no carro e os tiros ainda batiam na lataria blindada da BMW.
Alessandro dirigiu a canta pneu e saímos daquela zona de embate que antes era um casamento feliz, para algumas pessoas.
Me ajeitei no banco de trás gemendo de dor.
- Enrico! - Marina falou do meu lado assustada e ofegante. Ela preocupada e eufórica.
Levantei minha camisa e mostrei a perfuração que sangrava no meu abdômen. Queimava e eu sentia que minhas forças estavam indo embora junto com o tanto de sangue que saia do abdômen e da coxa.
Minha expressão era de dor intensa, mas eu tinha que aguentar.
- Aí meu Deus!
Marina agiu rápido e rasgou minha camisa em dois pedaços e tirou o cinto da minha calça.
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Atração Perigosa - Desejo Fora de Controle (COMPLETO)
RomanceMarina cresceu dentro de lar de mafiosos, e com o passar dos anos vivenciou diversas situações de guerra entre máfias e seus trabalhos. Seu pai, um mafioso do estado da Calábria, com intuito de unir poderes entre as duas potências e acabar com os t...