Algo está errado.

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Era mais um dia naquela maldita prisão, seus olhos não viam outra coisa se não um lugar em sua maioria preto e com muitas luzes verde- água há muito tempo.

O homem de cabelos loiros, olhos verdes e pele branca havia cometido crimes terríveis, inimagináveis e que não podiam ser punidos de maneira convencional.

Uma dimensão prisão havia se tornado seu lar fazia séculos. ele sabia das coisas terríveis que tinha feito, tinha total consciência. mas nem mesmo aquelas condições eram capazes de plantar remorso ou arrependimento por suas ações ediondas.

O que estava em seu coração era uma raiva profunda que o fazia sentir que a qualquer momento seu corpo iria entrar em colapso. o local que o mantinha preso era feito de vidro puro que provavelmente havia sido amaldiçoado para enfraquece-lo a cada minuto.

O prisioneiro socou fortemente a parede de vidro. pagando como preço uma dor insuportável, nem com a maior força do mundo aquela maldita parede quebraria.

⎯ Porque ainda tento? nem mesmo um gigante quebraria essa coisa!

Ele se deitou lentamente no chão frio com que já estava acostumado.

⎯ Se acalme, você não ficará aqui para sempre. esse lugar foi construído por pessoas idiotas e fracas. oque significa que também é fraco. afirmou o homem para si mesmo com sua voz fria e calma.

Em Elia.....

Lia estava com os cabelos molhados de suor, enfrentava mais uma aula de autodefesa.

⎯ Agradeço por você ser minha irmã, não desejaria ser sua inimiga. Ária declarou para a irmã que deu um pequeno sorriso com a cabeça inclinada.

⎯ Já pensou em ser minha inimiga Lessandra? Questionou Lia com as mãos atrás da cintura ao mesmo tempo que seus lábios formavam um sorriso muito puro.

⎯ Não, juro que nunca passou pela minha cabeça. Ária protestou com as mãos ao lado da cabeça em sinal de defesa.

⎯ Além do mais, quem é louco de pensar em ser seu inimigo?

⎯ Não sei, Lia começou a enrolar uma mecha de seu cabelo no dedo.

⎯ Me acha tão adorável assim cerejinha? Os lábios de Lia formaram um sorriso sarcástico.

Ária era apaixonada por cereja, então seus pais haviam a apelidado de cerejinha, com o tempo Lia também se acostumou a chamá-la assim.

⎯ Claro, é impossível odiar você.

Lia retribuiu com um pequeno sorriso.

⎯ Eu amo conversar com você mas, também amo lutar.

Ária fez uma referência para a irmã.

⎯ vamos dançar.

Lia avançou rapidamente contra Ária na tentativa de dar-lhe um soco mas a jovem agarrou com sutileza sua mão.

⎯ Me desculpe por isso tudo bem?

A mais velha fez Lia voar em direção a parede mas não a golpeou com tanta força para não machuca-la.

Lia deu um baixo gemido de dor.

⎯ Pelos céus Ária! cuidado para não ferir minhas pobres costas!

⎯ Eu só tenho dezessete anos, não estou nem perto da idade de problemas na coluna! Ela se levantou do chão cruzando os braços e fazendo um biquinho.

A reação de Lia fez Ária rir, rir até sua barriga doer.

⎯ Desculpe! mas eu me controlei. Suas costas poderiam estar muito piores.

Diamante Negro/ Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora