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Narradora Pov

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Em um lugar distante...

- Já se fazem anos!! Por que não solta ela logo?! Ela não merece isso!

Falou em alto e bom tom, fazendo sentir sua bochecha direita arder, um tapa foi recebido em seu rosto e uma voz grave foi escutada.

- Fique quieta! Ela já passou tempo suficiente naquele lugar! Agora ela ficará aqui, para sempre, você querendo, ou não!

Outro tapa foi desferido no rosto, mas era em outra pessoa.

- Você não manda em mim, ela é minha filha e está sofrendo com a distancia da família dela daquele lugar. E ela pode sim, sair para qualquer lugar que quiser! Você não é nada dela.

- ELA É UMA DEUSA! NÃO SAIRÁ DAQUI!!

- SAIRÁ SIM, NEM QUE VOCÊ ME MATE! MAS ELA IRÁ SAIR!!

Ficam se encarando, até uma voz doce ser ouvida na sala e toques macios em seus braços foram sentidos.

- Calma querida... Ele não poderá impedir, nós que somos as mães dela, decidimos tudo.

Mesmo com a voz falando calmamente, não convenceu senhor de idade  que olhou para as duas com desgosto.

- Sou avô dela, eu decido mais que vocês, não passam que mães que querem que sua filha não seja uma Deusa.

- Não queremos que ela sofra nas suas mãos, meu pai, você nunca e jamais será um bom avô e pai...

O silêncio se instalou na sala, as duas pessoas saíram e o senhor ficou, desferindo um soco em sua mesa, quebrando-a em pedaços.

- Não vou permitir... Não mesmo.

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A porta se abre e dois suspiros cansados foram ouvidos.

- ... Filha?...

O silêncio foi a resposta para a pergunta. Se aproximam e abraçam o ser que estava de costas para a porta e seu rosto escondido pela sua posição. Soluços foram escutados, sabiam que ela estava chorando, mesmo já sendo adulta, não tinha forças ao ponto de enfrentar o seu avô.

- Shh... Calma... Estamos aqui com você...

- Está protegida enquanto estivermos vivas.

Suspiros e mais soluços são escutados, até que uma voz trêmula e fraca é escutada.

- N-Não dá para ter c-calma... E-Eu quero i-ir para o meu p-pai, na terra, não aqui...

- Sabemos que você sente falta, mas por enquanto, aguente, estamos tentando fazer você voltar...

- Então por que conseguiram me deixar quando era só um bebê?

- Porque você não apresentou sua aura de poderes de deusa, filha, e não queriamos que levassem você, então tiraram você da gente a força...

Silêncio novamente é instalado no local, só queriam aproveitar o tempo, antes de mandá-la de volta. Um tempo depois sairam, deixando-a descansar mais um pouco, iriam fazer isso assim que ninguém pudesse ver ou sentir.

- Tem certeza que é o melhor para ela?

- Claro, dá para perceber que ela não está bem aqui no olímpus.

- Humrum... Então, vamos fazer isso hoje mesmo.

- Vai ser arriscado, mas eu quero ver a nossa menina feliz, não triste desse jeito.

- Eu também.

Decididas, vão se preparar para envia-la de volta para a terra, mal sabiam que tinha uma família grande a esperando.

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Voltando a terra...

Em uma certa praça, estava a família como fazia todo final de semana, para reencontrar seus parentes.

- Se elas demorarem mais, eu desisto! - Exclamou America, fazendo os mais novos soltar risadas e suas mães sorriem pelo comentário da sua filha mais velha.

- Paciência filha, sabe que elas demoram.

- É Merica, daqui a pouco elas estão ai.

Depois de alguns minutos, um grito fino foi escutado.

- PRIMOS!!!!

Elas já sabiam que seus parentes estavam ali. Rapidamente se levantaram e foram até as pessoas.

- Finalmente chegaram, demoraram mais dessa vez.

- Fala com a minha mão se for reclamar, eu disse que demoro para me arrumar.

- Yelena sempre respondona, Kate dá um trato em sua mulher.

Kate rir e vai até Natasha e sussurra em seu ouvido.

-Dei um trato ontem. Mas as crianças não sabem.

Natasha rir e olha para Kate.

- Duas taradas.

As crianças vão para os brinquedos, enquanto as adultas ficam conversando, observando os menores de longe.

- Quando que vocês vão ver se é menino ou menina?

- Queremos saber na hora do nascimento.

- Sério? Que clichê.

Wanda rir e olha para Yelena.

- Como se você também não fosse.

- Quando a Kate estava grávida da Katharina, você ficou feito uma mãe coruja.

- A mesma coisa aconteceu com o Clint.

Yelena revira os olhos e abraça Kate por trás.

- Ai é outra história, só temos 2 filhos e vocês quase um time de futebol.

Elas riem e Clint aparece junto com Tommy, os dois estavam com leves caretas de dor, o que chamou atenção das mais velhas.

- O que aconteceu, meninos?

- Pulo do balanço...

America olha para os dois.

- Vocês pularam do balanço quando ele estava bem no alto, certo?

Os meninos assentem envergonhados, sabiam que eram culpados pelos próprios machucados.

- Tá, venham meninos. a gente cuida disso...

Os meninos se aproximam de suas responsáveis, Kate é prevenida, então tinha trazido consigo na sua bolsa, um kit de primeiro socorros, assim conseguindo cuidar dos dois garotos.

A Única Neta De Afrodite (Wantasha/ you) * 2 TEMPORADA *Onde histórias criam vida. Descubra agora