Capítulo 16

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Encaro Eurico enrolando para me falar, eu já estava ficando impaciente:

Eurico: Está tudo encaminhado. Será tudo avaliado para ver se é verídico, eu acredito que seja. - Respiro aliviada.

S/N: Que bom! - Solto um grande sorriso.

Eurico: Por volta de duas semanas você pode retornar que já estará pronto o resultado.

S/N: Ah sim! Obrigado, Eurico! - Me levanto e estendo a mão, Eurico faz o mesmo.

Eurico: Não tem de que. Só fiz o meu trabalho! - Soltamos o aperto de mão - Bom... você já está liberada. Até mais senhorinha, S/N.

S/N: Até logo! - Saio da sala e vou para a recepção.

Quando estava prestes a sair, vejo Moris entrando na prefeitura, minha primeira reação foi volta para trás. Começo a andar no corredor e vou parar no fundo dele. Fico lá tentando escutar o que falavam lá na frente. Era quase inaudível, porém escutei a recepcionista falando que eu estava na sala do Eurico. Quando vejo que Moris tava vindo para o corredor, entro na primeira porta que estava ao meu lado.

Após fechar a porta e me virar, vejo uma mulher que me olhava assustada, ela deveria ter por volta dos 20 anos, dava para ver que era bem nova:

S/N: Oi! Me desculpa entrar assim!

Moça: Quem é você!? - Ela se levanta e vai para trás da cadeira.

S/N: Calma! Meu nome é S/N Lutero. - Ela ainda estava em posição de defesa - Relaxa, eu não vou te machucar, só estou me escondendo de um moço que entrou aqui.

Moça: Não devo confiar em você! - Ela começa a me encarar. Percebo que ela começa a ver que não sou de má índole - Sente-se. Meu nome é Tina.

S/N: Prazer Tina. - sento-me na cadeira à sua frente. - Obrigada...

Tina: Me diga, o que está havendo? - Ela senta em minha frente e volta a mexer nos papéis sobre a mesa.

S/N: Estou fugindo dos meus colegas de internato. Eles querem que eu volte para "casa". - Apoio meus cotovelos sobre a mesa, e sobre minha mãos apoio meu rosto - Espero que tudo dê certo...

Tina: É você que está tentando reivindicar o casarão?

S/N: Sim!

Tina: Meu sonho era conhecer como é dentro do casarão. Parece ser cheio de mistérios...

S/N: Concordo. Deve ter muitas coisas bem antigas... - Faço uma pausa e começo a pensar o que irei fazer daqui para frente - Mas a minha preocupação não é com o casarão, é sim com o que irei fazer da minha vida. Não tenho lugar para ficar, nem o que comer. Mal tenho dinheiro.

Tina: Sei que é algo estranho e que eu não deveria fazer, mas, quer ficar na minha casa? - Eu a olho a questionando - Eu moro só. Chega a ser insuportável não ter com quem conversar.

S/N: Não quero incomodar. - A encaro ainda desconfiada.

Tina: Relaxa, não vou te sequestrar e manter em cativeiro. - Ela me olha e sorri - Eu só quero uma companhia, ou até mesmo uma amiga.

S/N: Tá bom? - Digo isso, porém ainda me sinto insegura com a escolha.

Tina: Ok! Falta uma hora para o fim do meu expediente, estou trabalhando meio período. - Ela solta um sorriso genuíno, e eu sorrio junto.

S/N: Irei aguardar aqui dentro, tudo bem pra você?

Tina: Claro!

A hora foi passando, eu comecei a ler alguns documentos que estavam em sua mesa. Conversamos muito, ela era uma pessoa boa, a gente se sente confortável na sua presença. Descobri que ela tem dezenove anos e está de estagiária ali na prefeitura.

Assim que deu seu, ela me chama para irmos para sua casa. Não era alonge, demoramos uns cinco minutos para chegarmos. Era um casa muito bonita, bem decorada e organizada:

S/N: Bela casa!

Tina: Sinta-se a vontade. A casa é sua! - Ela abre a porta - Venha, vou lhe apresentar os comodos.

Começamos a andar pela casa, ela me mostrou tudo, até mesmo o quarto que eu ia dormir. Deixo minha mochila sobre a cama e nos seguimos com a apresentação.

Logo após, ela me chama para tomar um café. Ela o prepara enquanto eu espero sentada na mesa:

Tina: Aqui! Vou pegar o bolo que deixei no forno! - Ela se vira e vai pegar a forma com o bolo.

S/N: Obrigada! - Bebo um gole do café - Seu bolo parece delicioso!

Tina: Fiz ele hoje antes do almoço. É de cenoura e chocolate.

S/N: E da pra fazer bolo de cenoura? - Pergunto confusa.

Tina: Claro, S/N. Como você não sabia? Nunca comeu? - Ela começa a rir da minha cara.

S/N: De onde eu vim, nunca comi cenoura não sendo em forma de sala.

Tina: Mas me diga: De onde voce vem? - Ela coloca seus cotovelos sobre a mesa, e se aproxima de mim.

S/N: Conhece o Convento De Vanza? Sou de lá. - Resumo em poucas palavras. Não gosto de entrar em detalhes sob mim.

Tina: Não, você não é de lá. Tenho certeza! - Ela meio que me questiona, ela não é boba.

S/N: Como tem tanta certeza?

Tina: Apenas sei.

S/N: Sou nascia e criada até os por volta dos meus quatro anos, não lembro bem. Logo aposto isso vim pra Vanza, na verdade, dei sorte de parar, pois vim pela floresta. Sister que me levou para o convento.

Tina: Uau! Então você foi criada no convento. - Ela fica impressionada - Tem muitos amigos no convento.

S/N: Sim... - Dou um sorriso boba - Tenho alguns.

Tina: Tem um que é especial, né? "Mais que amigos friends" - Ela ri - Esse sorriso entregou tudo!

S/N: Sim, Tina. Tem um que é a razão desse meu sorriso bobo. Se você o conhecesse você iria se encantar. - Bebo mais um gole do café - Ele é uma pessoa magnífica, carinhosa, bondosa. Eu amo aquele menino!

Tina: Do jeito que você fala, ele deve ser perfeito!

Ficamos ali conversando mais um pouco, até que anoiteceu. Ela me ajudou a arrumar minha cama, me mostrado aonde ficava cada coisa, como as cobertas, roupas de cama e afins.

Logo após fui tomar uma banho, e me trocar agora dormir. Ao deitar na cama, fico olhando pro teto e pensando no Terzo, até começo a falar sozinha:

S/N: Será que ele tá bem? Já tô sentindo muita falta dele, que raiva! - Me viro e "enfio" minha cara do travesseiro - Pensa em outra coisa, S/N! Outra coisa! Como que eu e Tina nos damos tão bem?

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Espero que tenham gostado e até a próxima!

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Deixem ideais do que posso fazer, vou adorar ler elas!

⚠️ Voltei 💖💖

Caminho sem Volta - TerzoOnde histórias criam vida. Descubra agora