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Jisung caminhava pelos corredores da escola, bufando ao perceber que estavam, novamente, fazendo confusão em frente a sala de música.

E confusões em frente a sua sala de música, eram a única coisa que Jisung odiava mais do que o garoto de cabelos castanhos e olhos felinos da sala ao lado.

— Vou falar só uma vez, garotos, vocês podem brigar em qualquer lugar, eu realmente não me importo, mas por favor, não briguem em frente a minha sala. -Jisung disse passando em meio as pessoas, parando em frente aos encrenqueiros, Choi Beomgyu e Nishimura Riki.

— Foi ele quem começou, Han. -Beomgyu disse.

— Não me importa, Beomgyu, briguem na frente da sala ao lado, em frente a sala da frente, mas não briguem em frente a minha sala. -Jisung entrou na sala de música enquanto falava, logo batendo com força a porta grande e escura.

— Já vi que está estressadinho, amor. -Minho disse no ouvido de Jisung, com um sorriso nos lábios.

— Assombração, vou fingir que não estamos na mesma sala, assim você pode simplesmente sair daqui antes que eu cometa um crime e você seja a vítima. -Jisung suspirou, sentiu um leve arrepiou passar por seu corpo ao escutar a voz do Lee tão próxima do seu ouvido.

— Eu estava aqui primeiro, então acredito que os incomodados que devem se retirar. -Minho se afastou de Jisung, indo sentar no banco acolchoado que ficava em frente ao piano.

— Mas é a minha sala, Lee, então por favor, vamos evitar brigas e você sai logo daqui. -Jisung disse, cruzando os braços e olhando para o Lee.

— Você tem um bom argumento. -Minho levantou, caminhando em direção a porta.

— Obrigado. -Jisung revirou os olhos, odiava o jeito que Minho nunca tirava aquele sorriso do rosto.

— Mas eu não quero sair agora, então... -Minho pegou sua mochila que estava ao lado da porta, pegando sua garrafa d'água e bebendo um pouco.

— Você é insuportável. -Jisung suspirou.

— Preciso de ajuda, querido. -Minho sorriu debochado.

— Não me chame assim. -Jisung o olhou.

— Tanto faz, Jisung, preciso da sua ajuda. -Minho revirou os olhos.

— E eu posso saber para quê? -Jisung cruzou os braços.

— Fiquei de recuperação em matemática e você é o único que pode me ajudar. -Minho explicou.

— Mas e os seus amigos? -Jisung sorriu ao perceber que Minho ainda seguia sendo o mesmo.

— Eles estão muito ocupados pra mim nesse momento. -Minho suspirou.

— Eu já te disse que eles não são bons amigos. -Jisung pegou a própria mochila, tirando seu caderno e seu estojo de dentro.

— Eu preciso de ajuda em matemática, não de uma sessão de terapia exclusiva. -Minho o olhou.

— Ridículo. -Jisung bufou.

— Vamos logo com isso. -Minho suspirou.


Os dois garotos sentaram ao chão lado a lado e encostados na parede, Jisung abriu seu caderno e começou a perguntar para o Lee quais eram as coisas que ele tinha dúvida, e Minho rapidamente respondeu que tinha dúvida em absolutamente tudo.

— É impossível você ser tão burro. -Jisung riu.

— Não é impossível! E eu não sou burro, eu só estou com dificuldade. -Minho cruzou os braços.

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