Capítulo oito - Um novo alguém

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Acordo tão alegre, porque eu sinto que o dia hoje vai ser bom? Sinto-me uma idiota, afinal eu não sou assim.

— Primeiro dia de aula! – Cristina entra correndo em meu quarto

— Ta, e dai? – Ela sai sem dizer nada.

Levanto-me, ainda está escuro lá fora. Vou tomar um banho, tão relaxante que esqueço tudo. Coloco qualquer roupa que provavelmente estará fora das regras. Afinal quem liga para as normas do colégio?

Quando chego na sala, Cristina está conversando com Phil, ele esta saindo para ir trabalhar. Acho que isso é um milagre!

— Vamos Alexia? – Ela se levanta. — Você realmente demora!

Saio na frente sem dizer uma palavra, minha bolsa hoje está muito leve. Tenho apenas uma faca, um lápis azul e uma folha amassada. Eu disse, minha vida é fanfic de adolescente.

Vejo que Cristina vem logo atrás, mas isso não importa.

— Que horas você chegou ontem? – Paro e espero ela me alcançar.

— Ah, eu não me lembro. – Ela começa a caminhar na minha frente. - estava muito doidona

— Hum...

Ando mais depressa na frente, gosto muito de observar o céu. Lembra-me o azul... o azul.. dos olhos daquela pessoa.

Observo meus cabelos voarem em minha frente, o ar está tão bom. Eu sou maluca, só pode!

— Com licença, você sabe onde fica a sala 2C? – Sinto uma mão no meu ombro.

— Não! – Digo curta e grossa, e nem olho para trás. Saio andando.

A sala de aula é um lugar extremamente patético. Me viro para Cristina.

— Você sabe como funciona. Você não me conhece eu não te conheço. Simples? -–Ela faz sinal de entendido e entramos na sala.

— Ale Ale, você teria algum dinheiro para me dar? – Patrícia se aproxima de mim

— Mas você já não ganha muito dinheiro se prostituindo? – Sorrio.

Ela se aproxima e segura meu braço tão forte. E se aproxima de meu ouvido.

— Garotinha, não brinque comigo. Você não é nada. — Sussurra.

O professor entra e todos vão aos seus lugares.

Alguém bate na porta e o professor vai em direção e a abre. Entra um garoto, alto deve ter 1,77 de altura, magro, olhos azuis, cabelos pretos, pele não tão clara. Os olhos dele me lembram aquele garoto, será? Não... com certeza não. Aliás, esse tipo de garoto é a escória da humanidade, junto com todo o resto dela.

— Quem é você? – O professor pergunto.

— Aluno novo. Não sabia onde ficava a sala. Perguntei para uma garota de cabelos azuis e ela foi muito grossa. – Ele olha em volta. —Aquela ali no canto, bonitinha. – Sorri sarcasticamente.

— E como é seu nome? – Professor fala apontando para ele sentar.

— Meu nome é Bryan, prazer.

Bryan? Patético, patético e mais patético.

Sinto raiva desse garoto, não entendo. Não fui com a cara dele! Aliás, ele vem em minha direção e senta na carteira do lado. Ninguém nunca sentou lá porque era perto de mim, e do meu outro lado tem a parede com a janela, e na minha frente. Adivinhem? Também não senta ninguém.

Apaixonada Pela TorturaOnde histórias criam vida. Descubra agora