Capítulo treze - Negócios

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Virei-me na cama e bati o rosto no peito de alguém, calma, no peito de alguém? Arregalei os olhos e Bryan estava dormindo em sono profundo, levei um susto e acabei caindo da cama.

— Bom dia, Alexia! – Bryan falou meio dormindo e bocejando

Tinha esquecido que acabei adormecendo ao seu lado, mas ainda bem que hoje é domingo e Phil não estará aqui, espero...

— Bryan, acorde você tem que ir embora! – Gritei, me levantando.

— Calma, Ale. Ainda está cedo. – Ele abriu um de seus olhos azuis.

— Você acha que aqui é o que? Já são 15 horas. – O empurrei da cama.

— Aiii, você é má. – Começou a gargalhar.

— Agora que já acordou vá embora da minha casa. – Falei séria.

— Sério? – Me encarou se levantado.

— Sim. – Olhei para baixo e fui abrir a porta do quarto.

— Alexia? – Ele tentou me olhar nos olhos. — Por quê? – Peguei em seu pulso e o puxei até a porta da frente.

— Bryan, vá embora! – Abri a porta e o empurrei para fora com uma dor no coração, e a fechei.

Fiquei encostada na porta verde com vidros, o vendo ir embora, eu realmente não queria que ele fosse, mas não podia correr o risco de Phil ou Roberto o verem aqui. Principalmente com essa loucura de voltar aos negócios, eu realmente não podia voltar aquilo... Aquela loucura que Phil me fez passar dos onze até os quinze anos, fazia quase dois anos que eu tinha conseguido acabar com isso, afinal vou fazer dezessete esse ano.

Eu queria poder mata-lo, mas isso seria quase impossível. Phil não era tão inútil ou gordo assim.

— Alexia. – Ouvi uma risada e me virei.

— Phil?! – Meu coração congelou.

— Bryan, dezessete anos até agora, olhos azuis, tipo sanguíneo O. – Ele me olhou de cima em baixo. — Você facilitou tudo, meu bem!

— Eu não me importo com ele. – O encarei.

— Como você não se importava com sua mãe, ou com Diego? – Senti meu coração pifar por alguns segundos, senti coisas virem átona... Não, aquilo não podia acontecer novamente.

— O que você quer? – Queria poder mata-lo.

Desde os meus cinco anos ele me ensinou e facilitou para mim me tornar o que eu sou hoje, meu irmão me abandonou mesmo sabendo disso. E nunca voltou.

— Agora podemos discutir os termos? – Ele sorriu e me deu alguns papéis que eu evitei olhar, por enquanto.

— Nada pra mim e tudo pra você e seus companheiros? – Falei revirando os olhos.

— Essa é minha garotinha! – Me esticou uma peruca loira.

— Quanto? – Virei o rosto.

— 12 mil dólares. – Ele riu. — O endereço está ai, sobretudo preto, luvas.

— Quando? – Queria não estar concordando com isso novamente, mas não posso deixar o que aconteceu com Diego acontecer com Bryan.

— Hoje. – Ele se aproximou.

— Você só pode estar brincando! – Gritei alto.

Segurou meu braço com força me fazendo olhar para ele. — Eu tenho cara de estar brincando? Faça o serviço, todas as informações estão ai. – Saiu pela porta.

Apaixonada Pela TorturaOnde histórias criam vida. Descubra agora