Cap 3

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A porta da frente é aberta e o causador de tudo atravessa por ela

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A porta da frente é aberta e o causador de tudo atravessa por ela.

-- Otto? -- Meu pai se assusta olhando em minha direção -- Como você esta?

-- Não graças a você, estou bem!

-- Meu filho, me perdoe -- O homem tenta se aproximar -- Eu me arrepender e fui atras de você, tentei tira-lo de lá 

-- Onde ele estava pai? -- Nick pergunta com o cenho franzido -- Ele foi estudar fora, não foi?

-- Conta papai -- Digo com a voz amarga 

-- Precisamos conversar a sós Otto, por favor me siga -- Uma mulher atravessa a porta e seu sorriso cresce em seu rosto 

-- Otto, meu filho -- Ela se aproxima me analisando -- Você esta tão bonito 

-- Preciso conversar com seu marido -- Recuo do seu abraço -- Eu já volto -- Digo a Nick e beijo sua cabeça 

-- Promete que não vai embora?

-- Ninguém mais vai tirar você de mim! -- Encaro o homem que se diz meu pai -- Vamos 

(...)

-- O que você quer comigo? -- Me sento em um cadeira a sua frente

-- Eu me arrependo -- Ele se senta -- Eu voltei para tirar você de lá, mas o Alex não quis deixar com que eu levasse você -- Ele encara a mesa

-- Senhor Owen Davis - Cruzo meus braços -- Você foi impedido por um simples homem  -- Por que não insistiu?

-- Eu assinei um contrato que não podia ser quebrado, e pedir ao o Alex que não me deixasse te levar, se houvesse arrependimento -- Seus olhos lacrimejam

-- Então continua sendo sua culpa -- Olho nos seus olhos -- Você faz ideia das coisas que passei naquele lugar? Faz ideia do quanto eu sofri e -- Ele me corta

-- Sim. Eu faço ideia! -- Ele se levanta e fica em minha frente -- Eu sabia de tudo que iria te acontecer, me perdoe

-- Por que eu deveria perdoar um homem que foi o causador da minha dor?

-- Porque eu só queria proteger sua irmã

-- De mim?

-- Sim, de você

-- Eu não era um monstro para ela

-- Otto... O jeito que vocês se olhavam, a forma que vocês brincavam

-- Tá insinuando o que? -- Seguro o pulso do homem e aperto -- Éramos crianças, só crianças

-- Vocês não podem ficar juntos, volta para onde você estava -- Continuo apertando o pulso. -- É para o bem de vocês -- Ele geme com o aperto -- Tá machucando Otto

-- Nem tente me separar outra vez dela -- Aperto com mais força -- Está me ouvindo? Eu mato você se fizer isso

-- Vai matar seu próprio pai?

-- Eu matei várias pessoas e não me importaria de te matar -- Solto seu pulso, me levanto para sair da sala

-- Otto -- Olho de relance -- Não faça nada do que não queira se arrepender mais tarde -- Saio da sala

Minha cabeça estava explodindo com a conversa, caminho pela casa na esperança de achar a Nick, mas quem eu encontro é a minha mãe, tento recuar o caminho mas sou impedido.

-- Filho -- Ela se aproxima -- Arrumei um quarto para você, irá ficar?

-- Sim -- Não olho em seus olhos

-- Você está tão bonito -- Suas mãos passeiam no meu cabelo -- Sentir sua falta 

-- Não posso dizer o mesmo, preciso ir -- Me recuo dela 

-- Filho... Iremos fazer um jantar de boas vindas para você, apareça por favor

Me retiro sem da uma resposta e sigo ate o quarto da Nick, por incrível que pareça ainda era o mesmo de quando eu me lembrava. Bato na porta que estava entreaberta, Nick estava de joelhos rezando, ela não me ouve.

-- Obrigado senhor, por traze-lo de volta para mim. Por ter o meu irmãozinho por perto outra vez, eu sei que ele não teve culpa com a minha cegueira, e por mim ele foi mandado para bem longe. Senhor eu tenho uma pergunta... É errado gostar do irmão? Se bem que ele é meu irmão adotivo, mas continua sendo pecado? Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa? -- Ela agradece e termina sua oração

-- Não deveria fazer esse tipo de reza com a porta aberta, Diabinha -- Me aproximo do seu rosto 

-- Você ouviu tudo? 

-- E com muita atenção -- Meu hálito sopra em seu rosto -- Pecado ou não, já estamos adulto o suficiente para dar aquele beijo

-- A gente não pode, lembro que o papai te mandou para longe porque nos beijamos 

-- Éramos crianças, sem força, agilidade e poder... Porra, eu acabo com qualquer um que tentar nos separar outra vez -- Nick toca em meu rosto, suas mãos macias passeiam por ela 

-- Você continua bonito -- Ela diz quase sussurrando 

-- Como sabe disso? Posso ter mudado 

-- Pode ficar em pé? -- Ela me pede 

-- Como você quiser 

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