Cap 7

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-- Onde está me levando -- Otto estava com as mãos entrelaçadas a minha

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-- Onde está me levando -- Otto estava com as mãos entrelaçadas a minha

-- Garagem  -- Seguimos o caminho até chegar a garagem -- Moto ou carro? -- Ele pergunta, certamente me levará a algum lugar

-- Carro, é mais seguro -- Ele começa a rir -- O que foi?

-- O que me diz de você dirigir?

-- Só se você quiser morrer -- Começo a rir

-- Não essa noite Diabinha

-- Tá falando sério?

-- Vamos sair daqui então. — Agarrou minha mão e começou a me puxar.

— Hein? — Tropecei, perplexa, mas permiti que me levasse, embora não fizesse a mínima ideia do lugar. — Ir aonde? Eu não posso sair de casa! Lembrei-me do que tinha acontecido

— Posso te levar se eu quiser — ele disse, puxando-me pelo saguão até a porta de entrada. — Ou você pode gritar agora e acabar com toda a diversão.

— Quem disse que estou me divertindo?

— Você está prestes a fazer isso. — Ele parou, mas continuou segurando minha mão. — Ou, se você quiser, posso te colocar na cama e ir me divertir com outra pessoa.Só que é com você que quero brincar — sussurrou, inclinando-se mais perto.

Aham, com certeza. Um psicopata com uma queda por garotas cegas. Será que eu estava perdendo o juízo?

— Vamos lá, Nick. O mundo está à espera. -- Balancei a cabeça. Eu estava perdendo o juízo.

— Você vai me trazer de volta para casa? — perguntei.

— É claro.

— Viva e… intacta?

Ele começou a rir. Era profunda e suave, e era nítido que havia diversão ali às minhas custas.

— Esta noite? Com certeza.

Fiquei meio desapontada e hesitei por um instante, até que me soltei de seu agarre e fui em direção ao closet ao lado da porta, procurando um dos meus casacos de moletom que sempre ficavam por ali. Assim que encontrei o que procurava, vesti-me e calcei um par de tênis também. Eu queria o meu celular. Seria prudente levá-lo. Virei-me para ir buscá-lo no quarto, mas parei quando me lembrei de que havia o aplicativo com GPS por onde meus pais me rastreavam. Eu tinha que tomar uma decisão. Foda-se. Inspirei profundamente, virei-me e estendi a mão para que ele a pegasse. Ele a segurou e abriu a porta.

Ele havia parado à minha frente e agarrado a parte de trás das minhas coxas, levantando-me para ficar às suas costas. Perdi o fôlego por um segundo e rapidamente enlacei seu pescoço, com medo de cair.

— Eu posso andar mais rápido — informei. — Eu consigo. Não precisa me…

— Cala a boca e se segura.

Tuuudo bem. Firmei o agarre ao redor de seu pescoço.

— Mais apertado — disse, ríspido. Eu o enlacei com mais força, enfiando a cabeça na curva de seu pescoço e colando o rosto ao dele. Ele me levou de cavalinho por todo o caminho, e quando seus pés fizeram barulho no cascalho, percebi que estávamos do lado de fora dos muros. Ele parou e se abaixou um pouco para que eu descesse, e minha perna roçou contra algo metálico. Estendi a mão e deslizei-a pela superfície de aço, vidro e uma maçaneta.

Sorri.

Segurando minha mão, ele me fez dar a volta no carro e me levou até a porta do motorista e a abriu e se sentou. Ouvi o banco deslizar, embora não soubesse se ele havia chegado para frente ou para trás. Ouvi o som de outra coisa sendo mexida. O volante, talvez? Meu coração começou a martelar e o medo me fez recuar um passo. Acho que não…

— Vem cá — disse. Hum, não. Talvez essa não seja uma boa ideia. Seus dedos se entrelaçaram aos meus e ele me puxou. — Entre nesse carro agora mesmo.

Senti um frio horrível na barriga e hesitei, um pouco nauseada. Eu poderia voltar para casa nesse instante. Poderia ir para a cama com minhas músicas, audiobooks e meu quarto silencioso enquanto o mundo continuava a girar ao meu redor, e na próxima vez que me dessem a chance de fazer algo estúpido, rebelde e assustador, seria mais fácil virar as costas e sair correndo… Cada dia mais previsível como o anterior. Isso era idiotice. E ilegal. Mas ele era divertido. E eu não queria que tudo acabasse. Fechei os olhos, sentindo os ombros cedendo um pouco, derrotada. Tudo bem. Deslizei uma perna para dentro do automóvel, abaixando a cabeça e ele me guiou para que me sentasse em seu colo, encaixando as pernas por dentro das dele, muito mais longas. Recostei-me um pouco, de forma que não ficasse grudada ao volante, e pressionei as costas ao seu peito. Apoiei as mãos no volante e ele fez com que eu fechasse os dedos ao redor.

— É como um relógio — instruiu. — Você está em dez horas e duas horas nesse instante. --  Seus punhos se fecharam ao redor dos meus, dando ênfase à minha posição. Assenti, assim sentindo o frio intenso na barriga. — Eu vou cuidar dos pedais e do câmbio das marchas — ele disse. — Você vai apenas guiar.

— Guiar como? — disparei, já sentindo as lágrimas de frustração se formando nos meus olhos. — Nós vamos morrer. --  Ele bufou uma risada.

— É uma estrada vazia — revelou. — E, nesse horário, está mais do que deserta. Relaxa. Sacudi a cabeça, ainda insegura. — Ei — ele segurou meu queixo entre os dedos, virando meu rosto para o dele — Tudo o que você tem que fazer é confiar em mim, garota. Entendeu?

Parei por um momento, sentindo seu olhar em mim e seu corpo às minhas costas. Então o medo se desfez. Ele estava no controle, e poderia fazer qualquer coisa. Eu confiava nele. Assenti e respirei fundo, virando a cabeça para frente outra vez. Suas pernas se mexeram ao redor das minhas e sua mão estendeu e passou por baixo da minha, e, de repente, o motor ganhou vida e começou a rugir. Sua mão direita estava posicionada no câmbio, colocando o carro em posição, e seu hálito quente soprou à minha nuca. Cerrei os punhos com força ao redor do volante.

— Você vai sair para a rua, virando um pouquinho para a esquerda — explicou. — Quando você sentir os quatro pneus tocarem o pavimento liso, volte o volante para a posição em linha reta. Engoli em seco, assentindo outra vez. — Não vamos acelerar muito no início, tá bom? — murmurei. Ouvi sua risada atrás de mim. Tudo bem, talvez eu não confiasse muito nele. — Estou pisando um pouquinho — ele advertiu e o motor rugiu.







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