Cap 9

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Ele ligou o rádio e " We Own It" começou a tocar, e eu me recostei contra ele, relaxada, meu coração batendo acelerado à medida que ele aumentava a velocidade

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Ele ligou o rádio e " We Own It" começou a tocar, e eu me recostei contra ele, relaxada, meu coração batendo acelerado à medida que ele aumentava a velocidade. No entanto, mantive-me ainda concentrada em cada lombada abaixo de nós, para nos manter na pista certa. O som de um motor se fez ouvir à distância, e o chão abaixo de mim começou a vibrar um pouco mais. O que era aquilo? Virei a cabeça na direção dele, mas, de repente, o vento soprou com força dentro do carro e o som da buzina de um caminhão soou. Imaginei que ele havia acabado de passar por nós. Ofeguei, sentindo o carro balançar e minhas mãos tremeram ao segurar o volante, sentindo os refletores agora do lado direito do carro.

— Puta merda!--  Comecei a rir, sentindo o corpo dele estremecer com suas próprias risadas. — Por que você não me avisou? — resmunguei, mas ainda sorrindo. — Nós poderíamos ter morrido!

— Divertido, não é?

-- Babaca. E, sim, foi divertido.

— Está pronta para mais? — zombou.

— Sim. — Mordi o lábio inferior, sentindo o frio na barriga na mesma hora, mas era impossível me conter.

— Em um minuto, você vai virar o volante para a posição de nove horas — explicou. — E eu não vou desacelerar o carro.

— O quê? — Em três… dois…

— Espere, você disse um “minuto”! — gritei, histérica.

— Um! — ele gritou no meu ouvido. — Agora!

— Porra! — resmunguei, virando o volante para a posição indicada e arfando. — Você é louco!!!

O carro derrapou, sacudindo-se na pista e no acostamento de cascalho, e senti sua mão no topo da minha cabeça quando nossos corpos foram jogados de um lado ao outro, meu crânio quase acertando o teto.

— Ai, meu Deus… ai, meu Deus! -- Ele se endireitou.

— Corrija a posição do volante — ele disse.

Fiz o que mandou, hiperventilando quando ele mudou a marcha de novo e pisou o pé no acelerador, nós dois dirigindo pela noite escura, numa estrada de chão, rumo a alguma árvore onde a abraçaríamos com o carro. Mas, puta que pariu… Tudo dentro de mim estava quente. Fervendo. Meu sangue corria acelerado e meus braços pareciam tão tensos como se eu fosse sair voando. Aumentei o som, encontrei os botões que abriam as janelas, e senti a tão necessária brisa fria agitar meu cabelo à medida que a música pulsava. Virei a cabeça para ele, seu hálito quente soprando no canto da minha boca.

— Podemos ir mais rápido?

Ele não disse nada. Não fez nada além de pisar na embreagem, trocar as marchas e pisar no acelerador. Nós passamos voando pela estrada, tudo se tornando mais divertido agora. Mas não era eu quem estava perdendo o controle. Minha pulsação e respiração haviam se acalmado. A dele, por outro lado… Senti seu peito subir e descer contra as minhas costas e seu hálito quente soprar na minha bochecha, como se ele estivesse respirando com dificuldade. Curvei meus lábios em um sorriso sutil. Era minha vez.

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