Cap 14

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Estava conhecendo a felicidade, já tive alguns namoradinhos, é claro

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Estava conhecendo a felicidade, já tive alguns namoradinhos, é claro... Mas nada se compara ao Otto, mesmo sendo um amor proibido ao olhos de outras pessoas, eu o amava e amaria mais quinhentas vezes, se fosse ele. Mas tudo na vida não é como rosas e sim aos espinhos delas, alguns dias atrás fui ameaçada pelo meu próprio pai, eu conheceria uma pessoa nova e deixaria no passado o meu amor proibido... Não levei a sério, até que meu próprio pai me deu uma surra, ele me bateu. Onde Otto estava? Saio para resolver algumas coisas, me afastei dele, fiquei totalmente estranha e isso me doía muito. Hoje seria o dia que eu teria que enfrenta-lo, hoje seria o dia que eu conheceria a pessoa que meu pai insistiu a mim.

-- Tá feliz? -- Minha mãe diz

-- Não poderia estar melhor -- Finjo uma felicidade

-- Isso é o melhor para vocês -- Ela escova meu cabelo -- Vocês já foram longe demais com isso

-- As vezes você esquece que não somos irmãos de verdade -- Digo com a voz amarga

-- Não importa -- Ela pausa e logo depois continua -- Vocês são meus filhos e não quero esse tipo de comportamento

-- O seu querer não importa -- A arrogância em minha voz não a deixa nada feliz

-- Você -- Ela segura meu cabelo com toda a força -- Nem pense em fazer merda -- Ela aperta mais

-- Está machucando -- Digo tentando me soltar dela

-- É para machucar -- Minha cabeça começa a arder com sua força -- Você vai descer e vai fingir ser a pessoa mais feliz do mundo e não quero você perto do seu irmão, está me ouvindo Nicova? -- Fico em silêncio -- Está me ouvindo?

-- Estou te ouvindo, sou cega e não surda

(...)

Casa cheia, cheia de pessoas soberbas que não ligam para nada e só para si mesma, que gastam dinheiro com besteiras e se acham donos do mundo...

-- Pessoalmente você é mais linda ainda -- Ouço uma voz e tomo um susto -- Desculpa, não queria te assustar

-- Quem é você? -- Pergunto ao estranho

-- Seu pai queria que eu a conhecesse -- Então é ele -- Me chamo Noah e você?

-- Meu pai já deve ter falado meu nome -- O que não era mentira

-- Sim, mas estou sendo educado em perguntar -- Sua voz é incrivelmente irritante

-- Nicova, esse é o meu nome

-- Vejo que vocês já se conheceram -- O diabo aparece

-- Sim, senhor Davis -- Que voz melancólica

-- Seu irmão está aí Nick -- Meu peito se aperta -- Faça como foi combinado, ok?

-- Claro papai -- Agarro o braço do Noah -- Se eu não fizer isso você me manda para bem longe, sem direito a volta

-- Tudo isso é para o seu bem -- Sua mão alisa meu rosto

Caminho lado a lado do Noah, fingindo ser melhores amigos... A noite passou lentamente, incrível que até agora eu não ouvir se quer a voz do Otto, eu sabia que ele estava aqui...

Otto

Tenho observado a noite inteira, ela caminhava para todo o canto com aquele riquinho metido a besta, primeiro ela se afasta de mim e depois aparece com outra pessoa, tento não me importar mas meu sangue ferver em vê seu sorriso direcionado a outra pessoa que não seja eu.

— Você se divertiu? — perguntei, fechando a porta do seu quarto

Vi ela ficar parada, tentando achar alguma coisa para falar.
Era uma hora da manhã, ela perdeu o fôlego e colocou as mãos no meu peito.

— Eu já sou uma mulher adulta — rebateu. — Você não manda em mim.

Em seguida, o som de alguém protestando e se debatendo se fez ouvir

— Tire suas mãos de cima de mim! — Noah gritou quando o arrastei até a sala. Mantive o olhar focado em Nick, um sorriso de escárnio curvando meus lábios. Na hora certa. Um olhar confuso dominou sua expressão assim que ouviu o som da voz dele.

— O qu-que você está fazendo? Deixe-o em paz.

Larguei Noah no chão e me aproximei dela. Levei minha mão ao seu rosto, segurando-o com força.

— Acho que ele te tocou — Eu disse. — Ele te manteve bastante ocupada durante a noite --  Ela segurou minha mão com as suas, respirando com dificuldade. — Ele sempre esteva louco para te levar para cama . A julgar pela quantidade de vezes que ele alisou seu corpo.

— O quê? — ela disse, ríspida. — Pare com isso, Otto.

— Não era desse jeito! — ele gritou. — Eu só… --  Continuei encarando-a.

-- Era desse jeito sim — rebati. — Você passando a mão pelo corpo dela, sem ao menos pedir permissão, como se ela fosse sua

— Poupe-me dessa sua preocupação sobre o que acontece! — ele retrucou. — Só se importa quando não é você quem está obtendo vantagem!

Rangi os dentes com força. Ele não estava mentindo, de fato. Mas ainda assim…

— Nicova? — suplicou, ao vê-la calada.  Ela balançou a cabeça, ainda tentando se livrar da minha mão, mas não tanto quanto poderia. -- Você é tão linda. Eu… — Ele parou e então gritou na minha direção: — Você é doente?

— Você se meteu com ela? — exigi saber. Quando ele não respondeu, eu avancei e sussurrei contra os lábios de Nicova.  -- Se ele tiver te tocado, eu vou saber -- Eu disse. --  Sua pele vai estar avermelhada e corada. Seus lábios, inchados. O fedor dele vai estar impregnado em você.

Daqui pra frente é só pra trás 🙃

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