Libertado

cap 11

Vive uma das noites mais bela de toda a minha vida, enxerguei mais uma vez mesmo sendo incapacitada disso. Otto me mostrou as cores, me mostrou uma forma de ve-las...

-- Foi muito divertido -- Digo logo depois que atravessamos a porta de casa -- Vamos fazer de novo?

-- Deixa eu aproveitar um pouco a vida, antes de voce matar a gente -- Debochou 

-- Para, voce gostou da adrenalina -- Enlaço meu braço em sua cintura 

-- Esta com voce é pura adrenalina, minha Diabinha -- Otto encosta sua testa na minha -- Agora voce precisa descansar 

-- Nao estou cansada, quero ficar aqui com voce -- Aperto sua cintura 

-- Eu nao vou fugir, voce vai descansar e amanhã estarei aqui para outra aventura  

-- Ta bom, mas antes de ir 

Otto corta a minha fala com um beijo, ele finaliza com um selinho. Saio da sala sem dizer mais nada e caminho até meu quarto, tomo meu banho, coloco uma roupa confortável e me deito. Tiro um cochilo, mas sou acordada com algo me sufocando.  Procuro com minhas mãos,  percebo que tem duas mãos ao redor do meu pescoço.

-- Me ... Me solta -- Tento falar -- Tá ... Tá machucando -- começo a sufocar com o aperto

-- Se afasta do Otto -- Ouço a voz do meu pai

-- Por que está -- Tento respirar -- Fazendo isso? Me solta pai

-- Você vai se machucar, e eu não quero que minha filhinha se machuque -- Ele folga seu aperto me fazendo respirar outra vez

-- Mas você está me machucando

-- Não estou te machucando, isso é um aviso para se manter afastada, você saio no meio do jantar com ele -- Ele segura meu queixo -- Se eu souber de qualquer coisa, eu mato o Otto e a culpa vai ser toda sua -- Ele me solta e bate a porta

Me aninho na cama sentindo meu pescoço doer, deixo as lágrimas caírem, não acredito que meu pai me machucou.

1 Semana depois

-- Levanta dessa cama -- Otto entra no quarto

-- Estou com preguiça -- Enfio o rosto no travesseiro

-- Preparei uma surpresa para você -- Ele sobe na cama

-- Essa surpresa não dá para esperar? Estou com preguiça -- Choramingo

-- Tá bom, alguém aqui não vai conhecer o rosa -- Ele se levanta

-- ESPERA -- Grito -- Vai me mostrar o rosa?

-- Eu ia te mostrar, mas você está com preguiça

-- A preguiça foi embora -- Me levanto quase caindo -- O que tem no rosa?

-- Vai saber, agora se arruma

Fui correndo para o banheiro, fiz tudo que tinha que se feito, vestir uma roupa confortável e sair...

-- Otto? -- Chamo por ele

-- Estou aqui

-- Estou pronta, vamos -- Levanto minha mão para ele pegar

Saímos de casa, Otto pilotava em sua moto que nem um louco e isso me fascinava. Depois de alguns minutos paramos, ele me ajudou a descer e me guiou...

-- Onde estamos? -- Pergunto

-- Não está sentindo o cheiro? -- Um cheiro doce

-- Doce? É isso?

-- Estamos em uma doceria

-- Aí meu Deus -- Me animo -- Quanto vou poder comer?

-- O quanto você quiser, agora vem aqui -- Ele me puxou, sentamos em uma cadeira

-- Bom dia -- Escuto a voz da atendente -- O que vão querer?

-- Quantos tipo de doces você tem? -- Otto pergunta a moça

-- Uns 30 -- A moça responde -- Quantos vai querer?

-- Quero um de cada -- Eu teria uma diabete

-- Algo mais?

-- Não, obrigado -- A moça se retira

-- A gente vai ficar com o açúcar alto -- Falei

-- Você vai ficar com o açúcar alto, eu odeio doce -- Ele debocha

-- E para quê você comprou 30, se você não vai comer?

-- Para você sentir o sabor de todos

Depois de um tempo, a moça trouxe todos os doces...

-- Huuum, isso aqui está muito bom -- Continuo comendo um por um, brigadeiro, beijinho, paçoca, pão de mel, tantas coisas

-- Esse é o rosa Nick -- Ele alisa meu cabelo -- Doçura, delicadeza e inocência, todas as vezes que sentir isso, será a cor rosa para você

-- Obrigado, eu amo o rosa -- Eu não poderia vê as cores, mas poderia senti-las, Otto conseguia fazer exatamente isso e eu me sentia feliz, ele me fazia feliz.

Frustada por motivos de... Tem mais visualizações do que votos, é cansativo eu me entregar totalmente a uma coisa que não tem retorno, da uma força a amiguinha 💔

Capítulo não revisado