foca em mim.

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Aparentemente não, não era nenhum tipo de brincadeira de mal gosto.

Cellbit disparou diversas perguntas para Roier sobre o motivo de ter que dormir na casa dele, no entanto, Roier não respondeu nenhuma, ficando mortalmente quieto até o caminho para sua casa.

O que irritou profundamente Cellbit. Ele amava enigmas, mas isso não significava de gostava de desvendá-los a todo momento.

Ele queria explicações.

— Eu não vou descer até você me dizer o porquê eu tenho que dormir na sua casa. — exclamou, Roier observou as sobrancelhas de Cellbit franzirem de forma engraçada, demonstrando claramente a frustração que o mais velho estava sentindo.

Roier guardou o carro na garagem e olhou para Cellbit, que estava emburrado olhando para frente.

— Sua cabeça deve estar valendo um milhão agora, Gatinho. — sorriu, abrindo a porta do carro e logo saindo.

Cellbit fez uma careta confusa, saindo do carro e acompanhando Roier até o elevador.

— Do que você tá falando? — insistiu.

— Faz dois dias desde que eu percebi que você tá sendo seguido, Cellbo. — entrou no elevador e apertou o botão indicando o andar que queria. — Quando passamos em frente a sua casa na Favela, tinha alguém lá que estava só esperando você chegar.

Cellbit arregalou os olhos.

Então não era coisa da sua cabeça.

Há exatamente dois dias, ele tinha começado a se sentir mais vigiado que o de costume, e tinha ficado extremamente paranóico. Mas não sabia dizer se era algo real ou apenas fruto de sua imaginação traumatizada e conturbada, então não procurou muito se aprofundar naquilo. Mas aparentemente, ele estava certo.

— Tem um carro preto que fica o tempo todo na frente da sua casa desde ante-ontem, sério que você não percebeu? — encarou Cellbit, arqueando uma sobrancelha. — Esse carro tava lá na frente, de novo. E eu só me dei conta de que estava atrás de você depois de hoje, porque esse carro te seguiu até a cafeteria.

O corpo de Cellbit agora estava rígido, ele olhava para um ponto fixo na porta do elevador.

Ding. A porta abriu.

Cellbit guiou Roier até sua porta, o que não precisava, já que ele sabia o caminho.

— Ele, ou eles, eu não sei. — Cellbit começou, nervoso. — Ele deve ter nos seguido até aqui, você não acha?

Roier abriu a porta e guardou seus sapatos, esperando Cellbit passar por ela e adentrar o local.

— Não. Quando eu entrei naquele beco escuro, fiz questão de que confundisse a cabeça de sei lá quem estava seguindo a gente, por isso trocamos de carro. Pedi a Jaiden que colocasse meu carro lá e depois saísse com o seu, para não levantar suspeitas.

Ele tinha sido muito inteligente e esperto, Cellbit teve que reconhecer.

— Mas onde tá meu carro e a Jaiden
agora? — quando entrou na sala, imediatamente estranhou a falta de uma criança correndo por aí. — Cadê o Bobby? Não era pra ele estar aqui?

Roier fechou a porta, guardando as chaves e indo em direção a cozinha.

— Não sei. Contei para ela o que eu sabia e eleapediu para que confiasse nela sobre o restante da situação, que ela iria cuidar. — pegou um copo e encheu com água gelada. — E Bobby está com Baghera e Pomme agora, como Baghera não está se envolvendo diretamente nessa missão, é mais seguro. Quer água?

behind the lies - guapoduo Onde histórias criam vida. Descubra agora