imprevisível.

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— Richas! — Cellbit exclamou recuperando seu ânimo ao ver o filho sentado no sofá, jogando algum jogo. Assim que o moreno ouviu a voz do pai, sorriu e foi correndo abraçá-lo, tropeçando no caminho.

Cellbit riu feliz e pegou Richarlyson no colo, o abraçando fortemente.

Atrás deles, Roier assistia a tudo aquilo com um grande sorriso no rosto.

— Forever passou aqui mais cedo e deixou ele aqui, disse que tinha muita coisa pra fazer hoje e não ia conseguir dar conta do Richas. — foi em direção à cozinha, indo preparar algo para Cellbit e Richarlyson.

Cellbit colocou seu filho no chão, que logo pegou sua plaquinha azul e começou a escrever algo.

"Pai Forever não quis me contar o que ele ia fazer >:("

Cellbit riu enquanto se sentava em uma cadeira da mesa de jantar.

— Você sabe como ele é, faz coisas às escondidas e a gente só fica sabendo depois. — suspirou enquanto tirava suas botas, colocando de lado.

— Gatinho fedidinho, há quanto tempo você não toma banho? — Roier de repente apareceu na frente dos brasileiros com apenas uma calça moletom e um avental no corpo, suas sobrancelhas arqueadas como se exigisse uma resposta e com as mãos na cintura.

— Ei, eu tomei banho… — Cellbit exclamou, indignado. No entanto, ao lembrar qual tinha sido a última vez em que havia tomado um banho, não conseguiu se lembrar. — Ontem! — mentiu.

Richarlyson rapidamente escreveu algo em sua placa.

"Pa Roier eu acho que é mentira… 0_0"

— Eu tenho certeza Richas. — sussurrou para Richarlyson como se fosse um segredo, e logo ambos começaram a rir altamente.

Cellbit guinchou, indignado com aqueles dois rindo de si.

— Se vocês realmente acham que eu não tomei banho, então tomarei um agora para provar que eu tomei sim! — falou afobado, sem realmente falar algo concreto.

Richarlyson riu ainda mais enquanto Roier tentava se controlar, e Cellbit cansado daqueles dois, bufou e rumou até o banheiro.

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Enquanto tomava banho, muitas coisas se passavam pela mente de Cellbit. Aquele era seu penúltimo dia antes de oficialmente começar a etapa final do plano, e ele estava extremamente ansioso. Tudo poderia dar errado, ele e Roier poderiam até morrer.

Claro, eles já haviam passado por diversas missões em que corriam risco de morte. Entretanto, nenhuma pareceu tão arriscada e perigosa como aquela. Aquela missão era diferente das outras, foi exatamente o que o brasileiro pensou no dia em que a recebeu, mas nunca imaginaria que ela tomaria proporções tão grandes. Cellbit sentia que a qualquer passo em falso, ele poderia perder tudo.

Tudo.

Mas o pior, não era aquilo. O pior era que assim que a etapa final começasse, não só Cellbit e Roier, mas todos os agentes daquela empresa fodida, teriam que se comprometer cem por cento. E isso significava que as crianças ficariam extremamente expostas e em um risco gigante.

Principalmente levando em conta que o código havia voltado.

Cellbit sabia que não havia como lutar contra aquela entidade, afinal, eles sequer sabiam o que o código era. Uma pessoa? Uma organização? O que ele ou eles queriam?

O código já havia se mostrado extremamente forte quando mataram Tilin. Foram péssimos tempos, todos naquela ilha ficariam desolados por meses, e aquilo afetava eles até nos dias atuais, de tamanha que foi a perda. Na época, Quackity não soube lidar. E até hoje, ele não sabe. Eles não podiam falhar de novo, outra criança não poderia ser levada por ele.

behind the lies - guapoduo Onde histórias criam vida. Descubra agora