behind the lies - guapoduo

a homofobia de forever.

— Eles vão passar pela porta em mais ou menos, cinco minutos. — Maximus disse através da escuta.

— Como você sabe disso? E se um deles tropeçar no cadarço desamarrado e perder um minuto tentando amarrar de novo? — Roier disse disfarçadamente, fingindo ler um jornal enquanto tomava café.

— Probabilidade, Roier.

— Eu chamaria de sorte.

— Você é muito chato. Mas você tem razão, talvez seis minutos agora. Vegetta puxou Foolish para um beijo antes de saírem do carro. — conseguiu escutar Maximus bufar.

— Me respeite, culero. — brincou. — E por favor, poupe detalhes.

— Tudo bem então. — após três minutos em silêncio, Maximus voltou a falar — Cellbit, pode entrar em posição. Eles estão quase lá.

— Certo. — Cellbit se levantou, indo até a recepcionista indo fazer seu pedido.

— Forever, em posição.

— Beleza. — logo, Cellbit pôde ver atrás do balcão da recepção, Forever surgir com o uniforme e boné da cafeteria. Em seu pescoço, havia um crachá com o nome de "Ribius". No balcão, agora havia apenas ele e uma mulher mais jovem, de aparentemente vinte anos.

— O que você vai querer para hoje, senhor? — Forever disse, cumprimentando Cellbit que chegara.

— É agora. Eles estão dentro. — Maximus alertou.

Logo, escutaram o barulho que o sininho da porta fazia quando alguém adentrava o local. Forever e Roier poderam ver um casal da idade deles entrarem na cafeteria. Vegetta tinha cabelos escuros, vestia roupas casuais da cor roxa e era alto. Já Foolish tinha cabelos loiros, era alguns centímetros mais alto que Vegetta, também vestindo roupas casuais.

Cellbit não conseguiu vê-los por estar de costas.

— Pra ser sincero, eu ainda estou meio indeciso. — se encostou no balcão, avaliando as sobremesas que estavam à mostra. — Amor, você pode vir aqui um segundo? — disse mais alto, chamando a atenção de Roier.

Roier foi até ele, logo o abraçando pela cintura. Cellbit sentiu arrepios com o contato.

Ao mesmo tempo, Cellbit sentiu o corpo de Roier enrijecer. Ele encarava a mulher que estava no balcão, atendendo outra pessoa, como se a tivesse reconhecido.

— Me desculpe, eu estou entendendo errado ou vocês são um casal? — Forever disse, interrompendo os pensamentos de Cellbit. Fez uma expressão de quem estava claramente desconfortável e desgostoso com a cena à frente.

— Ah, sim? — Roier respondeu. — Somos noivos, na verdade. Algum problema?

Cellbit estaria mentindo se dissesse que aquela frase não tinha provocado e nem surtido nenhum efeito em si.

Engoliu em seco, decidindo por ora, ignorar o frio que sentiu na barriga.

— Na verdade, sim. — seu tom agora era ríspido e venenoso. — Essa é uma cafeteria de respeito. E é no mínimo, um absurdo e uma falta de vergonha enorme, vocês agirem assim na frente das crianças aqui presentes.

Seu tom continuava uniforme, no entanto, após escutar a fala, Cellbit se exaltou.

— O que? Você está dizendo que sua cafeteria não aceita casais? — Cellbit exclamou, sua voz alguns tons mais alta do que anteriormente. O que com toda certeza, provocou diversos olhares se voltando para o que acontecia na bancada. — Se eu fosse uma mulher, ainda sim você não aceitaria?