“Corpo de jovem de aproximadamente vinte e dois anos é encontrado submerso sobre a água de um lago próximo à Favela. Sua identificação já foi confirmada, se tratando do jovem estudante de música, Quackity. O garoto foi carregado inconsciente direto para o hospital da Federação, o melhor hospital da ilha. Fontes afirmam não terem certeza do estado atual do jovem, ainda correndo grave risco de morte. A única certeza que temos é que se trata de um homicídio doloso.”
Era o que dizia o jornal que todos presentes na agência liam.
Quackity estava em coma, correndo grave risco de morte.
Cellbit se sentia culpado, extremamente culpado. Quackity fora seu primeiro amigo na ilha, e sempre foram próximos. Coisa que havia mudado há algumas semanas atrás, sem o loiro saber o porquê.
Quack: ei, cellbo, desculpa não ter comparecido ao seu "casamento"!!
Quack: preciso conversar sobre algo sério com você, me encontre na Copacabana!
Quack: preciso te relembrar o porquê de você estar fazendo tudo isso.
Essas eram as mensagens que Cellbit havia recebido, momentos antes da cerimônia começar. O problema era que ele havia visto as mensagens apenas logo depois de ver o corpo de Quackity na água.
Tentaram silenciá-lo. Mas quem? E por quê? O que Quackity precisava tanto "relembrar" Cellbit?
Cellbit tinha certeza de que aquele caso inteiro não era sobre drogas e o decaimento da agência apenas. Havia muito mais em jogo.
Como por exemplo, a vida de seu amigo.
Cellbit riu amargamente enquanto amassava aquele papel, fazendo todos ali presentes olharem com expressões assustadas para o brasileiro.
O híbrido faria questão de investigar aquilo mais a fundo. Se levantou do sofá, querendo sair daquele lugar, mas logo foi impedido pela mão de Roier, que segurava delicadamente seu braço.
— Gatinho, onde você está indo? — perguntou preocupado.
— Eu preciso fazer uma visitinha à alguém.
Roier imediatamente entendeu.
— Por favor, não faça isso. Não vale a pena. — Roier tentou o impedir.
Cellbit apenas revirou os olhos, se soltando de Roier e se dirigindo até a sala de Cucurucho com passos firmes. Bateu na porta duas vezes, mas não esperou uma resposta. Logo adentrou o local, se deparando com um dos funcionários do Cucurucho ali, trajado com seu uniforme totalmente branco que tampava seu rosto, com o seu chapéu e o cinto de ferramentas presente.
Cucurucho apenas olhou inexpressivamente para o brasileiro, que acabara de entrar. Seu olhar dizia "saía, agora não é uma boa hora".
Mas Cellbit simplesmente não ligava, enquanto fez questão de fechar a porta audivelmente e se sentar na cadeira em frente a mesa de Cucurucho.
— Depois terminamos de resolver isso. — Cucurucho dispensou o trabalhador. — Tranque a porta ao sair.
Cellbit estaria mentindo se dissesse que aquilo não o trouxe calafrios na espinha. Cucurucho nunca trancava seu escritório com Cellbit ali.
— O que você quer? — se inclinou para trás na cadeira. — Tão mal educado que nem conseguiu esperar eu terminar de resolver as coisas.
Cellbit revirou os olhos.
— Eu preciso ver o Quackity, onde ele está?
— Confidencial. — respondeu com sua voz e expressão robóticas. A maior vontade do híbrido de gato era socar o rosto de Cucurucho até ele não conseguir mais fazer aquela expressão bizarra.
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behind the lies - guapoduo
FanfictionAmbientado em uma ilha onde existem agências para espiões e agentes, Cellbit e Roier são agentes secretos da mesma agência, no entanto, compartilham uma certa rivalidade. Quando designados para uma mesma missão, que problemas e dificuldades do passa...