behind the lies - guapoduo

melissa.

O caos se instalara na agência da ilha Quesadilla, os principais e mais importantes agentes da organização se encontravam todos juntos, falando nervosamente sobre o que acabara de acontecer na missão.

— Não faz sentido! — Bad Boy exclamou. — Como estava tudo vazio? Não havia nem um resquício sequer deles!

Todos ali estavam com os nervos à flor da pele, afinal, era a primeira vez em que uma missão havia dado tão errado quanto aquela havia dado.

— E aquela placa? “Bobinho, eu não te disse? Você está procurando no lugar errado.”  — Baghera questionou, com as mãos sobre o cabelo.

— Ela foi feita para alguém em específico, mas para quem? — Maximus suspirou.

— Isso abre portas para outra pergunta. — Baghera retomou a falar, abrindo as pernas e se inclinando sobre elas, com rugas evidentes no rosto, o que indicava que a loira estava extremamente concentrada. — Como eles sabiam que a gente iria lá? Não tem como! Recebemos essa missão literalmente ontem. Ah não ser que…

— Há um espião entre nós. — Cellbit concluiu, e imediatamente, todos ficaram em silêncio.

Quackity havia acendido seu cigarro, tragando, enquanto observava a todos. O silêncio era tremendo.

Forever lançava olhares furtivos a Cellbit, sabendo que o híbrido de gato sabia mais do que estava falando ali.

De repente, Jaiden chegou com alguns papéis em mãos, e seu rosto demonstrava confusão. Seus lábios estavam entreabertos e sua sobrancelha estava arqueada.

— Galera, acho que vocês vão querer ouvir isso. — logo ela se sentou ao lado de Roier, analisando todos os papéis que tinha em mãos. — Foram feitas análises no local, e não foi achado nenhum rastro de produto químico ou qualquer coisa relacionada. É como se esse galpão usado para produzir drogas simplesmente não existisse, e fosse apenas um simples galpão.

Todos se entreolharam, confusos. A situação ficava apenas mais estranha.

— Mas e se eles tiverem limpado? — Forever levantou a possibilidade.

— Isso é impossível. Produtos químicos como os utilizados para produzir essas drogas, são extremamente difíceis de serem limpados com eficiência para escaparem de todos os testes que são realizados. — Jaiden concluiu, suspirando e jogando os papéis na mesa de centro.

Cellbit colocou um dedo sobre o queixo, pensando seriamente.

— Quem analisou o local, Jai? — o loiro perguntou a amiga.

— Alguns amigos meus que são cientistas forenses, por que, Cellbit? — ela indagou curiosa.

Cellbit arregalou levemente os olhos, como se tivesse finalmente entendido algo importante.

— Então Cucurucho não sabe dessa limpeza, certo?

A morena apenas assentiu, ainda sem entender qual era o ponto do híbrido com aquelas perguntas. Cellbit rapidamente se levantou, pegando os papéis para levar junto consigo.

— Eu preciso pedir algo para vocês, pessoal. — todos assentiram, mesmo confusos. — Vocês não podem falar dessa limpeza com o Cucurucho, pelo menos, não ainda. Peço que confiem em mim, logo eu explicarei o porquê disso.

Cellbit rapidamente saiu do local, pegando seu carro e indo em direção à casa que agora dividia com Roier.

Dois dias atrás.

— Você falou, falou e eu ainda não entendi nada, culero. — Roier xingou o espanhol.

Maximus apenas bufou alto, perdendo a paciência com Roier.