S03E06

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Cameron mal tinha destrancado a porta da suíte do hotel quando sentiu a mão de Steffan passear pelo seu quadril, explorando suas curvas. O inglês puxou o ator para dentro, mas acabou encostado na parede do curto corredor que separava o quarto do banheiro.

-Está com pressa hoje? -Cameron debochou, apesar de também estar mais ansioso do que de costume.

-Não foi você que disse que ia me deixar mais satisfeito ainda? -Steffan tomou as duas chaves da mão de Cameron, jogando para o chão. Eles tinham reservado dois quartos, por mais que fossem usar apenas um. Isso porque não queriam que os funcionários comentassem e acabasse virando uma bola de neve, por mais que em hotéis desse nível os funcionários estivessem acostumados a não fazer nenhum comentário. -Mudou de ideia?

Cameron não respondeu, começando a desabotoar a camisa de Steffan, iniciando pela parte de cima perto do pescoço dele, descendo aos poucos, tendo a certeza de passar a mão por todo o trajeto até o botão seguinte. Assim que chegou no último, ele encarou Steffan, que já estava com os olhos fechados.

Cameron tirou sua camiseta, pressionando seu peito contra o de Steffan, ficando na ponta dos pés para beijá-lo.

Assim que seus lábios se encontraram, o ator francês colocou uma mão na nuca de Cameron, na tentativa de aprofundar o beijo. Ele separou os lábios, usando sua língua para sentir cada milímetro da boca do outro, inclusive esfregando uma língua na outra.

Cameron não conseguiu se impedir de gemer dentro do beijo quando expirou, sentindo os dedos de Steffan brincando com sua orelha, um de seus pontos mais sensíveis. Isso o fez quebrar o beijo, virando a cabeça levemente.

-Por que está mexendo aí? -Cameron passou a mão na própria orelha.

-Encontrei.

-O quê...?

-Seu botão.

-Botão...?

-É. O botão que te faz ficar excitado. -Steffan se inclinou para frente, ficando perto do ouvido de Cameron. -Aqui. -E lambeu.

-Ahn... Não...

-Quer que eu pare? -Steffan cochichou. -Pode usar sua boca.

Cameron se ajoelhou no chão, abrindo a calça de linho e deixando que ela escorregasse sozinha até os pés de Steffan, que já se mostrava ereto através de sua cueca boxer. Cameron resolveu passar seu rosto contra o tecido, apenas para atiçar seu namorado, mas ele respondeu voltando a segurar em sua orelha.

-Ahn... -Cameron resmungou, finalmente descartando a cueca em seu caminho, usando sua mão direita fechando em volta do pênis, fazendo movimentos de ir e vir para deixá-lo ainda mais ereto antes de finalmente usar sua boca.

Steffan colocou as duas mãos na cabeça de Cameron, uma de cada lado, puxando-o para mais perto para começar logo o oral.

O inglês riu um pouco, feliz por ter esse efeito em seu ídolo. Sem demorar mais, ele tomou o pênis em sua boca, usando sua língua para lambê-lo, mas intercalando com sucções.

-Ah... -Steffan fechou os olhos novamente, aproveitando o momento, voltando a passar suas mãos nas orelhas de Cameron. -Ngh...

Cameron começou a acelerar seus movimentos, sentindo o pênis bater contra sua garganta, mas achou que aguentaria por mais um tempo sem ter ânsia já que provavelmente mudariam de posição muito em breve.

Steffan sentiu o calor que sempre sentia nesses momentos, como se uma represa estivesse cheia e pronta para finalmente romper, por mais que nada acontecesse em seguida, ainda era um momento prazeroso. Instintivamente, ele puxou Cameron para perto, segurando a cabeça dele no lugar.

-Uhn...!

Cameron abriu os olhos, olhando para cima, surpreso com o que tinha acabado de acontecer. Ele deu um passo para trás, finalmente engolindo para confirmar.

-Isso foi... gozo?! -Ele se levantou, animado.

Steffan ainda estava tentando retomar seu fôlego, afinal, tinha sido sua "primeira vez" em muito tempo.

Cameron estava orgulhoso, pensando que tinha sido tão habilidoso que tinha sido capaz de curar a disfunção de Steffan. Porém, ele sabia que era só sua excitação falando mais alto: a verdade era que seu namorado tinha enfrentado seus problemas depois de tanto tempo e finalmente estava se abrindo para um romance. Se o psicólogo tinha dito que era uma questão psicológica, Cameron sabia que era uma questão de tempo, mas não sabia que ia acontecer tão cedo.

Steffan deu alguns passos para trás e se sentou na cama do hotel.

-Tudo bem? -Cameron se sentou ao lado dele. -Não foi bom? Às vezes é meio esquisito mesmo, mas depende do dia.

-Não é isso. Só me pegou de surpresa mesmo.

-Eu também!

-É, eu não consegui te avisar. -Steffan passou a mão no cabelo de Cameron.

-Será que vai acontecer todas as vezes? Será que está curado? -Era claro que era impossível saber a resposta, mas ele queria que a resposta fosse positiva. Seria um sonho ver seu namorado sentindo prazer todas as vezes, talvez até ao mesmo tempo que ele.

Steffan sorriu maliciosamente, tendo se perguntado a mesma coisa:

-Só tem uma forma de testar, não é? -Ele segurou a cabeça de Cameron pelos cabelos, puxando para um beijo.

Cameron quebrou o beijo, empurrando Steffan para que ele deitasse na cama:

-Vamos ter que testar várias vezes então, em vários ambientes. Só para ter certeza. -Ele se apressou para tirar suas últimas peças de roupa.

-Então vai me usar de cobaia?

-Não precisa se preocupar. -Cameron sentou sobre as pernas de Steffan. -Eu prometo que vai ser compensado pelos testes.

Steffan passou a mão pela coxa de Cameron, subindo até chegar nas nádegas dele.

-Se é assim, eu vou ser obrigado a aceitar.

***

Cameron estava pensativo depois do sexo. Ele sempre tinha sido assim, mas evitava se abrir para não acabar levando uma patada de Steffan, porém imaginou que já era o momento:

-Você ia me amar se eu fosse uma minhoca?

-Não. -Steffan respondeu sem pensar.

-Como não?! -Cameron se sentou, bravo que a resposta fosse tão rápida.

-Como eu poderia gostar de uma minhoca? Você gostaria de mim se eu fosse uma minhoca? Claro que não.

-Depende. Você seria uma minhoca protagonista de filmes de ação? -Cameron deu risada. -Eu ainda não acredito que estamos namorando, ainda parece um sonho. E você disse que me ama! Temos que levar o relacionamento pro próximo nível.

-Qual seria o próximo nível? Já moramos juntos, praticamente.

-Você precisa conhecer minha família e meus amigos.

Um Ato de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora