Capítulo 14
Haiukan
Na mesma noite
Nós comemos o bolo, mas para dizer a verdade, o entretenimento maior foi observar Zanjin devorando a cobertura de chocolate.
Meio que me acalmou, depois da crise de choro que ele teve, ver que no fim das contas estava feliz.
Nunca fiquei tão perdido em toda minha vida. Jamais estive tão próximo a um ômega ao ponto de precisar consolá-lo. Por ter ficado órfão de mãe muito cedo, a melhor referência que tive sobre ômegas foi Elina, a esposa de Odin e aquele dali é dura na queda. Passou por muita merda, mas pelo menos na minha frente, nunca derramou uma lágrima.
Então, ver um ômega aos prantos para mim é o mesmo que ser apresentado a um código secreto. Precisaria fazer uma análise antes de decidir como agir.
E isso se fosse um ômega qualquer, mas por se tratar de Zanjin , tudo o que eu queria era eliminar o que quer que tivesse desencadeado aquilo.
Há dois dias eu me mantive distante.
Sei que quando chegamos ao chalé e eu o beijei na cozinha, eu cruzei uma linha. Até então, tudo se resumia às madrugadas compartilhadas.
O problema é que aquilo não estava mais sendo suficiente. Principalmente depois que o provei.
Admito que talvez eu esteja meio obcecado por ele, porque me sinto sedento por mais.
Quando ele me empurrou, no entanto, seu gesto foi autoexplicativo.
Decidi que esperaria que ele tomasse a iniciativa, mesmo indo contra a minha natureza me manter passivo. Isso funcionou bem como um plano, mas na prática foi um inferno.
Com a desculpa — parcial — de consolá-lo, eu o trouxe para o meu colo com prato de bolo e tudo e como ele não fez qualquer movimento para sair, não serei aquele a dizer que se vá.
— Meu Deus, esse bolo é a coisa mais deliciosa que já comi — diz, com a boca lambuzada de chocolate, enquanto passa a língua no lábio inferior.
Eu tenho um limite e ele acaba de ir para o inferno.
— Já acabou?
Ele balança a cabeça concordando e eu tiro o prato de suas mãos. Viro-o de frente, montando-o em mim.
— Você é a coisa mais deliciosa que eu já provei.
— Mas não está me provando agora.
Seguro sua nuca e chupo um pouco da cobertura que ficou no canto de sua boca.
— Você me afastou no outro dia. Eu nunca o forçarei, Zanjin .
— Não foi por não desejá-lo que o afastei.
— Por que motivo, então?
— Não quero falar sobre isso agora. Você disse que eu sou delicioso. Então por que não está me saboreando?
Em um movimento, o deito no sofá, meu corpo cobrindo o dele.
Rápido, nos transformamos em uma bagunça doce quando as línguas se consomem, mas não dou a mínima. Dois dias sem a boca do meu ômega é tempo demais.
— Apague a luz — ele pede.
— Não, deixa eu ver você, Zanjin .
Ele descola nossos lábios para me olhar.
— Por quê?
— Eu podia dizer que é porque é lindo, mas isso você já sabe.
— Você vai acabar me convencendo disso, Liu. — Brinca, chamando-me pelo sobrenome.
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𝕺 𝖒𝖆𝖋𝖎𝖔𝖘𝖔 𝖊 𝖘𝖚𝖆 𝖔𝖇𝖘𝖊𝖘𝖘ã𝖔
FanfictionEssa é a sequência de amor e máfia ,vamos conhecer a história desse casal muitíssimo fofo e matar a saudade do nosso Yizhan.