Capítulo 4 | Futuro promissor

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Antonella Donati

Eu tinha passado o dia todo no celular fazendo pesquisas sobre a minha noite de núpcias. Dio Santo, era tanta coisa! Vi tantos vídeos num site para adultos que eu já estava com medo de Francesco ter o... O amigo lá de baixo muito grande, mas parecia ser muito bom e eu estava muito ansiosa também.

Agora só faltavam sete dias para o grande dia e eu tinha acabado de tomar uma decisão: Precisava me depilar! Eu vi tantas vaginas nas últimas horas e percebi que as que mais me agradaram foram as depiladas.

Não que eu fosse peluda, mas queria ficar lisinha!

Pesquisei um salão e marquei um horário, me vesti e desci a escada procurando pela minha mãe. A encontrei na sala de estar com uma jovem desconhecida.

—— Olá! —— Disse anunciando a minha presença.

—— Ah, querida! Está é a Anna, seu noivo a enviou para ajudá-la com os últimos preparativos para o grande dia. —— Minha mãe bateu palminhas quando terminou de contar a novidade.

—— Seja bem-vinda, Anna! —— Estiquei a mão para cumprimentá-la. Ela era uma garota linda, deveria ser da minha idade ou talvez um pouco mais velha que eu. Estava usando uma espécie de uniforme, com os cabelos presos em um coque severo.

Achava aquilo tudo tão desnecessário.

—— Obrigada, senhorita. Estou à sua disposição.

—— Primeiro, vamos deixar esse senhorita de lado? Me chame de Antonella.

—— Filha, são formalidades necessárias, quando você se tornar a senhora Ferraro...

—— Eu ainda sou Antonella Donati, mãe. —— A interrompi. —— Tudo no seu tempo.

Eu não gostava desse jeito dela de querer ser superior em qualquer situação. Foi essa mania de grandeza que nos levou a quase falência. Estávamos no vermelho e ela agia como se fosse uma rainha.

—— Já temos compromisso, Anna. Uma tarde de SPA.

Bati palmas imitando a minha mãe, com uma empolgação forçada e ela saiu balançando a cabeça em negação.

O carro estacionou em frente a um salão bonito. —— Já se depilou com cera, Anna? —— Perguntei baixinho para o motorista não ouvir.

—— Não, senhorita. —— Ela respondeu envergonhada.

—— Quantos anos tem?

—— Eu tenho vinte e um.

—— Você é casada. —— Já tinha observado a aliança em seu dedo esquerdo.

—— Sim, desde os meus dezessete.

—— E você é feliz? —— Aquela parte me interessava. Eu tinha a esperança de ser feliz ao lado de Francesco. Havia em mim uma chama de otimismo, ainda mais depois do nosso encontro.

—— Sim, eu sou. Meu marido é um homem muito bom para mim.

—— Que bom, Anna. Eu espero que Francesco também seja um bom marido.

Eu esperava, do fundo do meu coração, que Francesco Ferraro fosse um marido amável, gentil, carinhoso e delicado, Como uma brisa suave que acaricia minha alma.
Torcia para que ele fosse um arquiteto de ternura, construindo alicerces sólidos com gestos de compreensão e respeito. Que sua gentileza fosse como uma música que embalará o nosso relacionamento, transformando cada dia em uma melodia de afeto.

Gostaria que, no seu toque, eu encontrasse a segurança de ser amada incondicionalmente. Que sua paciência seja uma bússola que me guiará nas tormentas, e sua delicadeza, um farol que iluminará os momentos sombrios.

FRATELLI D'ONORE- IRMÃOS DE HONRA - ANTONELLA E FRANCESCO | LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora