Após ter o seu coração recentemente despedaçado pela pessoa que mais amava e confiava, Lizzie se sente traída outra vez quando Jason friamente lhe revela o motivo sórdido da sua aproximação. A princípio, se afastar desse garoto problemático parece o...
"Eu esperei cem anos, mas esperaria mais um milhão por você. Nada me preparou para o que o privilégio de ser seu faria. Se eu tivesse apenas sentido o calor do seu toque, se eu tivesse apenas visto como você sorri quando você cora, ou como você enrola seu lábio quando se concentra o suficiente, eu saberia pelo que eu estava vivendo esse tempo todo... – Turning Page, Sleeping At Last."
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Enquanto caminhava até a moto estacionada do outro lado da rua, sentia um friozinho gostoso crescendo na minha barriga, mas tentava me acalmar ou o Jason acabaria percebendo. Vi quando pousou o seu capacete sobre o tanque, e apertei as sacolas em mãos no segundo em que o seu olhar se dirigiu a mim. Nesse instante, os pelos da minha nuca eriçaram em alerta: ele sabia o que eu estava aprontando para hoje? "Não seja boba, Lizzie! Como ele saberia? Nem foi no cartão dele que você passou isso...", meneei minha cabeça, tratando logo de me aproximar.
– Wow! Que mulherão é esse aqui? – sua destra alcançou a minha mão livre, me fazendo dar uma giradinha – Puta que pariu! Eu mereço mesmo tudo isso? – ele me agarrou pelos quadris, me puxando para mais perto – Quando eu penso que não tem como você ficar mais gostosa... Caralho, caprichou mesmo hein, pequena?
– Você gostou? – sorri, corando as bochechas.
– Se eu gostei? – Jason se precipitou a inalar o perfume dos meus cabelos – Tá cheirosa pra caralho... – estremeci dos pés a cabeça com aquela voz rouca sussurrando no meu ouvido, e ele passou a acariciar algumas mechas entre os dedos, com certo tom de admiração em seu olhar – Mais tarde eu te mostro o quanto gostei.
– Jason! – lhe dei um leve empurrãozinho que lhe arrancou um fraco riso anasalado – Não fala essas coisas, sabe que me deixa sem graça.
– Tá legal, eu vou me comportar. – ele tornou a pousar suas duas mãos em meus quadris.
– Obrigada. – sorri doce, após lhe roubar um selinho – Você chegou rápido, estava aqui perto?
– É, eu estava nas redondezas. – respondeu ele, olhando breve por cima do meu ombro – Por que você não me disse que esse pé no saco estava aqui também?
