Do meu quarto vejo a janela do quarto da Gabriela está com a luz acessa, fico ali da minha janela na esperança dela aparecer. E lá está ela, repousa o braço sobre a janela e com um simples gesto senta sobre a janela, gosto desse jeito dela ágil principalmente quando pula em mim.
Ela olha para o céu, eu procuro ver o que ela está vendo, a lua está linda. Ela percebe que estou na janela também e acena discretamente eu retribuo.
Ela fica ali olhando para o céu por cerca de uns cinco minutos eu não consigo parar de olhá-la, minha vontade é de descer e acompanhá-la mas não posso. Ela da um tchauzinho e fecha a janela eu também fecho e vou deitar.Meu humor não está o dos melhores, depois daquele dia no lago Gabriela está me deixando em um jejum danado, nem se quer um beijo estou conseguindo, eu não sei porque esse medo todo.
— Vamos para o laranjal? - ela pergunta
— Eu queria fazer outra coisa.
— Otto eu disse para você aquele dia é muito arriscado, não quero que nos vejam juntos.
— nem um beijinho gatinha? Assim você me mata - faço cara de cão abandonado.
Ela olha para um lado e outro certifica que não tem ninguém ao redor e me dá um selinho rápido, eu quero mais muito mais.
— Só isso? Há não eu fiquei foi com mais vontade - digo
— Otto é sério não dá - ela diz baixinho
— ok - respondo — O aniversário é amanhã a noite você já pensou ?
— verdade eu já havia me esquecido...
— você vai né ?
— Não sei se é uma boa ideia.
— Vamos juntos sim, quero tirar meu atraso amanhã viu, não tente fugir de mim - digo
— eu não estou fugindo de você - ela afirma
— Mas parece, você não quer mais? - a última coisa que eu quero perguntar mas tenho que ter coragem e perguntar de uma vez.
— Eu quero ! - ela diz firme, sinto um alívio solto um sorriso alegre.
— então te espero amanhã - digo
— Está bem ...Na manhã seguinte Marta a sua mãe me informa que Gabriela teve que ir a cidade se teria problema de fazer as tarefas sem ela, eu digo que não tem problema nenhum, meu pai fica contente em perceber que já consigo dar conta sozinho.
Não é difícil cuidar de tudo com a prática as coisas vão ficando mais fáceis.
Enquanto levo o rebanho do gado para o cercado penso, poxa por que ela não me chamou para ir a cidade com ela, eu iria adorar dar uma escapada com ela por lá.
No almoço pergunto para Marta se ela já havia chegado mas até o momento não.
— O que foi filho? Está puxado para você, peça que César o acompanhe no restante do dia - meu pai diz
— Não pai, tranquilo só curiosidade mesmo - digo.
No final da tarde retorno para o casarão vejo trovão ao lado da casa, me animo sei que ela já está de volta.
Entro, meu pai está folheando parece ser um livro, vou direto para cozinha.
Marta está preparando o jantar e Gabriela está sentada fazendo companhia a sua mãe.
— Posso ajudar patrãozinho?- Marta para o que está fazendo
— Obrigado Marta. - digo e me aproximo da Gabriela.
— Oi, não nos vimos hoje - digo, ela fica sem jeito, sua mãe nos observa.
— Oi Otto, é... eu tive que ir a cidade cedinho - diz
— porque não me chamou eu teria te levado - digo
— foi rápido, eu não queria incomodar - ela se justifica
— Sabe que não me incomoda né - digo, seu rosto cora ela se ajeita na cadeira, percebo que estou passando do ponto.
— Vai a festa né ? - mudo de assunto
— Sim eu vou ... - ela disfarça um sorriso, eu não disfarço solto um sorriso largo, pego uma maçã na fruteira sobre a mesa.
— Então até daqui a pouco - digo e as deixo a sós novamente.Tomo uma ducha e me visto, calça jeans lavagem clara, camisa branca de botões e calço as botas. Passo a mão nos cabelos, coloco meu relógio e por fim o perfume, estou pronto. Minha barba está por fazer mas não está ruim, até que gosto do que vejo pelo espelho.
Desço meu pai me deseja uma boa festa, vou para a caminhonete e espero Gabriela do lado de fora encostado.
Ouço passos, e lá vem ela, que gatinha mais gostosa. Ela está usando um vestido tubinho preto na altura dos joelhos, modelando todo seu corpo e que corpo, sandálias salto baixo e os cabelos soltos com leves ondas, um batom discreto, caramba acho que estou apaixonado.
Eu não consigo parar de olhar, ela anda até a caminhonete tímida e se aproxima.
— Demorei ? - diz
— Caramba gatinha, você tá linda demais - digo baixinho só para ela ouvir, ela sorri e me dá um tapinha no ombro.
— Vamos logo bobo - diz, eu abro a porta para ela e corro para entrar também.No caminho deslizo minha mão na sua coxa e tento subir, ela sorri e segura minha mão.
— Ei, pare com isso - diz
— Eu não sei se vou conseguir me segurar Gabriela, você é gostosa demais - digo
— Otto não começa - ela coloca as duas mãos no rosto e sorri, amo o jeito tímido dela.
— vamos para outro lugar ? - sugiro, ela arregala os olhos
— Não! Nem pensar, vamos à festa - diz firme
— Tudo bem... mas vai ser difícil me segurar viu, está muito linda - digo
— você também está muito bonito, as meninas vão ficar encima - ela diz
— eu quero outra pessoa encima de mim - digo em tom de malícia, Gabriela volta a cobrir o rosto com as mãos e gargalha.
— Otto para com isso você me deixa sem graça - diz entre as gargalhadas.
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Menina Veneno (concluído)
RomanceOtto é um jovem playboy que desiste da faculdade pela segunda vez, deixando sua mãe furiosa, na tentativa de corrigir o jovem a mãe em um ato de desespero o manda passar um período com o seu pai, que vive totalmente o oposto deles em uma fazenda em...