Silêncio ensurdecedor.

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Dois meses depois
Domingo - Los Angeles California

Meus olhos se abrem devagar, acostumando com a claridade do sol no quarto. O cheiro amadeirado de Chris se fazia presente sobre a cama e aquilo me fez sorrir que nem uma idiota

- Bom dia! - Me viro na sua direção e minha mão passa direto, batendo no lençol vazio ao meu lado

Um barulho alto na piscina foi ouvido e latidos altos também, Chris e Dodger estavam aproveitando a manhã com um mergulho na piscina que raramente era usada

Eu sorrio ao imaginar Evans se divertindo lá em baixo, era bom vê-lo bem e não me preocupar com as suas crises de ansiedade que não acontecem desde que tenho passado mais tempo por aqui

Chris foi minha melhor escolha. Eu estava preparada, estava bem e principalmente estava feliz

Evans me fazia feliz.

O tempo todo.

Aqueles olhos azuis me faziam esquecer de qualquer coisa, até demais as vezes.

A mesa de café na cozinha estava linda, Chris sempre colocava flores espalhadas pela casa desde que disse a ele que gostava, ele pegava do próprio quintal frontal da casa e colocava novas todos os dias de manhã

Era um verdadeiro cavalheiro.

Assim que me sento na mesa, ainda escutando as risadas dele e latidos de Dodger na piscina, a campainha toca

Tomei um leve susto, não vou mentir, mas com 99% de certeza deve ser Scott então, já vou até a porta sorrindo esperando meu cunhado entrar

- Você madrugou cara? Olha as horas! - Digo assim que abro a porta - Oh... Joe.

Na verdade, não era Scott, era o agente de Chris

Fiquei meio sem reação no começo, afinal nunca fomos apresentados pessoalmente, só por vídeos chamadas - Onde eu tive certeza que ele não ia com a minha cara - Ou por fotos de Chris em eventos com ele, algo assim

Eu também não ia com a cara dele. Quando o santo não bate, não bate, né?

- Vejo que já está a vontade.

Ele diz adentrando a casa sem nem pedir licença e eu fico parada ali, ainda meio sem entender nada

- Bom dia pra você também, Joe. - Finalmente fecho a porta e me viro pra ele - Chris está na piscina.

Me viro e vou em direção a cozinha pra me sentar de novo, o estranho é que ele me segue

- Ah, que legal! - Ele diz de forma passivo agressiva, começando a me irritar - Mas gostaria de bater um papo com você primeiro.

O ponto de interrogação deve estar estampado na minha testa agora, com certeza

Afinal, eu não gostava dele. Ele não gostava de mim. Eu absolutamente não queria falar com ele.

- O que exatamente você gostaria de "papear" comigo? - Faço aspas com a mão pra dar ênfase na palavra e o encaro desafiadora

Dava um elefante pra não entrar numa briga, mas dava uma manada pra não sair de uma também.

Então, se é assim que vamos agir, eu consigo entrar facilmente nisso

- Finalmente conseguiu o que queria, não é senhorita Madelyn? - Ele diz e se senta na minha frente, apoiando os cotovelos sobre a mesa e o rosto sobre as suas mãos fechadas, me encarando de volta - Era fama que você queria?

Ok, me ofendeu.

- Olha só, eu sei que trabalha PARA o Chris, meu namorado. - Enfatizo a palavra pra mostrar o lugar dele - Mas eu não entendo qual a necessidade de vir falar comigo e me ofender dessa forma. Eu não quero fama, nunca quis.

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