Após uma viagem de longas horas, sem ao menos terem a oportunidade de almoçar.
O esquadrão chegou a base das forças armadas, seguindo cada um a sua divisão.Os capitães se apressaram para se prepararem para o encontro com o comandante, que parecia estar irreversível.
Em meia hora após a chegada, os três capitães seguiam em silêncio pelo corredor vazio da divisão aeronáutica.
A mente de Irene parecia branca.
Não sabia o que pensar, o que dizer e o que iria ouvir.
Queria simplesmente voltar para casa e ver Daniel.
O capitão da aeronáutica amaldiçoava seu superior por obriga-lo a voltar para casa antes da hora.
Já Tales, sua mente voltava a missão de fazer com que sua mãe e Ivan desistissem de junta-lo a Irene.Os olhos do trio voltaram-se a porta, onde, ainda distante, o comandante os esperava.
— Isso é problema.— Tales cerrou os dentes.
— Mesmo que o céu, a terra e o mar entrem em colapso, ele não pode nos impedir.— Irene pigarreou.
— Vamos nos certificar disso!— Kalan sussurrou.
Pararam em frente ao comandante, ambos o observando com atenção.
Ivan estremeceu.
Tinha a sensação de que estavam o xingando mentalmente.— Entrem.— O comandante suspirou, antes de adentrar sua sala.
Foi seguido por Tales, Irene e por fim Kalan, que fechou a porta por fim.
— Quero saber sobre a situação. Ontem a noite a casa refúgio pegou fogo e mal me informaram de que se consistia.— Ivan suspirou, sentando-se em sua cadeira.
O comandante apontou para as duas cadeiras a sua frente, convidando-os a se sentar.
Os olhos de Tales voltaram-se a Irene, que negou com um movimento, também encarando Kalan.
Os capitães sentaram-se em frente ao comandante, enquanto Irene permanecia em pé.— Após a missão de ontem a noite, foi avistado um homem ao redor da casa refúgio.— Kalan passou a dizer, encarando seu superior. — O cheiro forte de gasolina entregou o plano. Reunimos alguns pertences e saímos de lá o mais rápido possível.— o capitão da aeronáutica informou.
— Então as pesquisas, as informações e a investigação foi inteira queimada?— o comandante perguntou preocupado.
— Infelizmente sim. Estávamos chegando em uma parte cruzial para resolvermos parte do caso, mas tudo foi queimado!— Tales suspirou, voltando os olhos para a mesa.
O silêncio pairou sobre a sala.
Ivan voltava os olhos para a janela de vidro, encarando as aeronaves próximas a área de decolagem.— Estou feliz que ninguém se machucou. — Ivan murmurou.— Enfim, como informei, vamos interromper a investigação. Cada um volte para sua divisão. E sobre as punições, Kalan vai aceitar a licença de um mês e você, Irene, não pode por os pés nessa divisão durante esse tempo.— o comandante explicou, voltando os olhos para a filha.
Irene o encarava quieta.
Pela primeira vez sentiu um medo crescente subir por seu corpo ao ver sua filha em silêncio.
Os olhos inexpressivos. A expressão seria.— Não acha que é uma punição severa demais? Kalan já se recuperou do acidente e Irene pode ter assuntos a tratar aqui.— Tales tentou dizer.
Sentiu os dedos femininos alcançarem seu ombro, fazendo-o olha-la.
Mais uma vez Irene balançou a cabeça em negação.— Já podemos ir? Temos trabalho a fazer.— a mulher soou fria, encarando o pai.
— Dispensados. Espero que isso encerre aqui.— o comandante suspirou.
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Guardiões do céu
ActionApós um assassinato sem explicação, Kalan se reune com um esquadrão especial para investigar um esquema de corrupção no exército. Mas não contava com a teimosia da capitã do exército que havia chegado para tirar sua paz. Ainda sofrendo a perda do ir...