13° Capítulo

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Após uma viagem de longas horas, sem ao menos terem a oportunidade de almoçar.
O esquadrão chegou a base das forças armadas, seguindo cada um a sua divisão.

Os capitães se apressaram para se prepararem para o encontro com o comandante, que parecia estar irreversível.

Em meia hora após a chegada, os três capitães seguiam em silêncio pelo corredor vazio da divisão aeronáutica.

A mente de Irene parecia branca.
Não sabia o que pensar, o que dizer e o que iria ouvir.
Queria simplesmente voltar para casa e ver Daniel.
O capitão da aeronáutica amaldiçoava seu superior por obriga-lo a voltar para casa antes da hora.
Já Tales, sua mente voltava a missão de fazer com que sua mãe e Ivan desistissem de junta-lo a Irene.

Os olhos do trio voltaram-se a porta, onde, ainda distante, o comandante os esperava.

— Isso é problema.— Tales cerrou os dentes.

— Mesmo que o céu, a terra e o mar entrem em colapso, ele não pode nos impedir.— Irene pigarreou.

— Vamos nos certificar disso!— Kalan sussurrou.

Pararam em frente ao comandante, ambos o observando com atenção.
Ivan estremeceu.
Tinha a sensação de que estavam o xingando mentalmente.

— Entrem.— O comandante suspirou, antes de adentrar sua sala.

Foi seguido por Tales, Irene e por fim Kalan, que fechou a porta por fim.

— Quero saber sobre a situação. Ontem a noite a casa refúgio pegou fogo e mal me informaram de que se consistia.— Ivan suspirou, sentando-se em sua cadeira.

O comandante apontou para as duas cadeiras a sua frente, convidando-os a se sentar.

Os olhos de Tales voltaram-se a Irene, que negou com um movimento, também encarando Kalan.
Os capitães sentaram-se em frente ao comandante, enquanto Irene permanecia em pé.

— Após a missão de ontem a noite, foi avistado um homem ao redor da casa refúgio.— Kalan passou a dizer, encarando seu superior. — O cheiro forte de gasolina entregou o plano. Reunimos alguns pertences e saímos de lá o mais rápido possível.— o capitão da aeronáutica informou.

— Então as pesquisas, as informações e a investigação foi inteira queimada?— o comandante perguntou preocupado.

— Infelizmente sim. Estávamos chegando em uma parte cruzial para resolvermos parte do caso, mas tudo foi queimado!— Tales suspirou, voltando os olhos para a mesa.

O silêncio pairou sobre a sala.
Ivan voltava os olhos para a janela de vidro, encarando as aeronaves próximas a área de decolagem.

— Estou feliz que ninguém se machucou. — Ivan murmurou.— Enfim, como informei, vamos interromper a investigação. Cada um volte para sua divisão. E sobre as punições, Kalan vai aceitar a licença de um mês e você, Irene, não pode por os pés nessa divisão durante esse tempo.— o comandante explicou, voltando os olhos para a filha.

Irene o encarava quieta.
Pela primeira vez sentiu um medo crescente subir por seu corpo ao ver sua filha em silêncio.
Os olhos inexpressivos. A expressão seria.

— Não acha que é uma punição severa demais? Kalan já se recuperou do acidente e Irene pode ter assuntos a tratar aqui.— Tales tentou dizer.

Sentiu os dedos femininos alcançarem seu ombro, fazendo-o olha-la.
Mais uma vez Irene balançou a cabeça em negação.

— Já podemos ir? Temos trabalho a fazer.— a mulher soou fria, encarando o pai.

— Dispensados. Espero que isso encerre aqui.— o comandante suspirou.

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