18° Capítulo

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O esquadrão encarava os documentos sobre a mesa, tentando traçar uma linha sobre os acontecimentos confusos do último mês.

— Ainda não consigo entender.— Cristian su pronunciou, frustrado.

— A droga foi produzida por Sara a partir da fórmula da artilharia militar.— Safira explicou, apontando para o diário sobre a mesa.

— E porque ela fez isso?— o tenente perguntou incrédulo.

— Não sei. Minha mãe era soldado e meu pai médico militar. Minha mãe morreu na guerra, mas não acho que isso seja um motivo pra traição.— a pesquisadora voltou a falar, cansada.

Sua irmã era um gênio.
Havia desenvolvido várias substância poderosas para ajudar as forças armadas, mas ainda assim, havia traído seu pais.

— Ela queria vingança. — a voz de Kalan surgiu pela primeira vez. — Não havia superado a morte da mãe, então havia decidido acabar com o exército e quem a convenceu foi Ivan. Mesmo que para salvar a família.— o capitão murmurou, encarando o chão.

— Então a venda daquele dia, no centro de pesquisa, era a droga?— Maia perguntou preocupada.

— Aquela foi apenas uma parte da substância. O restante estava no caminhão que apreendemos hoje de manhã.— Irene explicou, apontando para a fotografia do caminhão.— Mas só tinha duas toneladas. Eu acredito que tenha muito mais do que encontramos hoje e já foi repassada, como vimos na boate de Augusto!— a capitã murmurou, encarando as fotografias do registro penitenciário do general.

— Se Willian Madureira está realmente por trás dos ataques terroristas e da venda da Facto X, qual é o motivo?— Tales perguntou incrédulo, voltando os olhos para Irene.

— Eu não sei, mas o ministro da defesa acredita que seja algo relacionado ao comandante Ivan!— Irene suspirou, cansada.

O silêncio tomou a sala em que o esquadrão se reunia.
A situação havia ficado crítica.
Mesmo com a autorização oficial do ministro da defesa, as investigações não avançavam.

— O estrago já está feito. Precisamos desenvolver logo o inibidor e ficarmos atentos a próximos ataques!— Tales suspirou, antes de levantar-se e ouvir o som estridente do telefone de Irene.

A mulher tomou o aparelho em mãos, lendo o nome do contado.
Ainda não estava preparada para uma conversa com seu pai, mas ele ainda era seu superior.

Atendeu a ligação, colocando-a no viva voz.

— Comandante?!— Irene o cumprimentou.

— Irene reúna o esquadrão shadow, temos um ataque terrorista em um dos shoppings da capital, preciso de vocês agora!— Ivan cerrou os dentes, colocando seus fones de comunicação, antes de encarar a grande tela.

— Preciso de uma tropa de reforço. Ha reféns?— a capitã perguntou preocupada.

— O prédio está sendo evacuado pela polícia militar, mas o caso é sério, ainda existem uma boa parcela de pessoas.— o comandante explicou, encarando as filmagens recém gravadas do shopping.

— Estamos a caminho!— Irene cerrou os dentes, desligando a chamada, antes de seguir em direção a seu quarto.

Em alguns minutos, o esquadrão retornava a sala, já vestidos com seus trajes de combate.

— Formação é simples, vamos nos dividir em dois grupos. O principal é evacuar o prédio e retirar os reféns. Depois nos preocupamos com os terroristas!— Irene suspirou, passando a distribuir os rifles a seus companheiros.

— Kalan e Cristian fica comigo na procura dos terroristas, cuidem dos reféns!— Tales suspira,  antes de colocar suas pistolas em seus coldres.

Irene simplesmente assentiu com a cabeça, antes de fazer um movimento com a cabeça em direção a Maia e Safira, que passaram a segui-la.

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