Nosso Segredo - Bajifuyu

V

Baji Keisuke.

Eu não sei o que deu na cabeça da minha mãe pra me obrigar a ficar na casa da pior pessoa possivel, eu poderia ficar muito bem na casa de Mikey ou até Kazutora, mas já que ela mandou, eu vou obedecer.

Peço o taxi e ele logo chega, Chifuyu entra no carro enquanto eu coloco minha mala no porta-malas, afinal seriam duas semanas desse inferno, quando entro no carro, peço para o Chifuyu falar o endereço e o motorista segue o caminho, nesse meio tempo, ele acaba deitando sua cabeça em meu ombro, dei um suspiro e fingi que não vi aquilo.

Logo quando chegamos na porta do prédio dele, estava Takemitchi e Mikey lá, então decido o acordar.

— Ei!, EI! - digo e ele acoda coçando o olho.

— Chegamos...?? - ele diz abrindo a porta. — Take? Mikey?. - ele cruza os braços.

(como sempre essa pose de deboche...)

Tiro minha mala do porta-malas e pago o taxi, logo Chifuyu abre a porta do prédio e todos entram, Takemitchi e Mikey fazendo a mesma pergunta.

— Por que diabos o Baji tá aqui?? - os dois dizem em um uníssono.

— Nossas mães foram viajar por causa do emprego já que elas trabalham na mesma coisa, ai a dona Ryoko me obrigou a ficar aqui enquanto isso já que elas são amigas de longa data. - digo. - E vocês dois?

— Ah, vejo que o Baji ainda não sabe. - Chifuyu diz abrindo a porta do apartamento, todos entramos e ele fecha a porta.

— Como assim? Não sei do que?? - digo deixando minha mala de canto vendo Takemitchi e Mikey se sentando no sofá, então me sento de frente pra eles, logo Chifuyu se senta ao meu lado.

— Bom, eu acho mais facil que vocês dois estão juntos- Chifuyu  interrompe Mikey.

— Nós não estamos juntos, Deus me livre, já estou no inferno isso não pode piorar. - Chifuyu diz misturando as palavras.

— Juntos no mesmo ambiente, Mat. - Takemichi diz.

— Vão logo ao ponto, o que eu não sei?

— Eu e o Takemitchi estamos namorando. - Mikey diz pegando na mão do Takemitchi.

— Namorando??? - eu e Chifuyu falamos juntos.

— Vocês não estavam só ficando?? - Chifuyu diz.

— Você não me deixou terminar de falar mais cedo... - Takemitchi diz.

— E isso faz quanto tempo? por que não me contou que estava de rolo com ele Mikey?? - digo indignado.

— Eu achei que você fosse ficar puto, cara, você é imprevisível. - Mikey diz.

— Nós achamos, vocês dois são imprevisíveis, e se odeiam tanto... - Takemitchi diz.

— Qual é? Nós não nos odiamos. - Chifuyu diz.

— Você colocou o número do Baji na OLX ano passado vendendo um Corsa 2012 por 2 mil reais... - Takemitchi diz.

— Então foi você. - digo puto.

— Talvez... - Chifuyu responde.

— Desde que vocês se conheceram vocês vivem se odiando, brigando...parece um tentando chamar a atenção do outro na verdade. - Mikey diz.

— Qual foi Mikey??? Não reconhece mais seu amigo? Por que eu iria querer chamar a atenção desse cara? - digo cruzando os braços.

— Ai, vou permanecer quieto então. - Mikey diz. — Mas enfim, hoje eu vou fazer uma festinha em casa para comemorar meu namoro, e eu queria que vocês estivesse lá, de verdade. - Mikey finaliza.

— Se vocês vão ter que se aturar durante semanas ai, uma festa não é nada demais. - Takemitchi sorri. — E me desculpa Matsuno, eu vacilei mas eu te amo! - Takemitchi levanta e Chifuyu voa em cima dele o abraçando

— Não faz mais isso... - Chifuyu falou mais baixo.

Os dois foram embora e Chifuyu saiu correndo para o banheiro, ele fechou a porta mas eu fui atrás.

— Ei! - bato na porta. — Tá tudo bem?

— Tá! ... - assim que Chifuyu termina de falar eu o escuto vomitando.

Ele fica ali por mais um tempo e eu continuo na porta, e assim que ele abre eu o seguro pelos dois braços, eu sentia seu corpo mole, a pupila dilatada.

— Você tá melhor? - digo.

— Me solta... - ele disse baixo com a cabeça abaixada, então o soltei, ele voltou correndo para o vaso e vomitou mais.

— Você precisa de um banho gelado, quer que eu separe uma roupa? Eu tenho aspirina na mala.

— Por que você...está sendo legal comigo? - Chifuyu fez uma pergunta que até eu me questionei.

— Eu só sou humano o suficiente pra ajudar alguém que tá passando mal.

— O seu quatro é o ultimo, e o meu é o do lado. - ele disse debruçado no vaso.

Vou até o quarto dele, abro o guarda-roupa e procuro alguma coisa até que acabo derrubando um papel que estava no meio de suas roupas, quando o pego para olhar, era a carta que eu havia colocado no armario dele no segundo dia de aula...

(por que diabos ele guarda isso?)