Nosso Segredo - Bajifuyu

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Matsuno Chifuyu.

— Alô Matsuno! Tudo bem?? Já almoçou? - era minha mãe ligando pelo celular de Kyoko.

— Ah mãe, tudo sim, vou almoçar agora, eu to bem, ta tudo bem por ai? - digo tentando descer da mesa mas Baji me impede, ele se aproxima novamente indo direto em meu pescoço, dessa vez dando leves chupões.

(Ele ficou maluco?)

— Ah sim meu filho, então tabom, qualquer coisa me avisa viu? - minha mãe diz enquanto eu tento conter os barulhos.

— Tabom...pode deixar mãe...tchau! - desligo rapidamente e logo empurro Baji. — Você enlouqueceu? - digo levantando da mesa.

— Assim é mais divertido, vai dizer que não gostou! - ele diz e eu vou correndo até o espelho do quarto, dando um grito.

— BAJI! - grito e ele chega no quarto.

— O que foi????

— FICOU MARCADO. - digo extremamente bravo.

— Nem tanto assim, eu te pago um sorvete pra compensar.

— Olha...eu só não te bato porque to morto de fome! - digo indo até a cozinha.

Nós comemos, ele me ajudou a lavar a louça e arrumar a casa então fomos para o meu quarto, deitamos na minha cama e liguei a TV para vermos um filme, mas acabamos dormindo.

Um tempo depois, acordo com meu celular tocando, então atendo.

— Alô? - digo e olho pela janela vendo que está de noite.

— CHIFUYU CADE VOCÊ? CADÊ O BAJI? JA SÃO SEIS HORAS, TODOS ESTÃO AQUI MENOS VOCÊS, EU TE LIGUEI UMAS CINQUENTA VEZES! - enquanto Takemitchi diz eu afasto o celular da orelha de tão alto que ele estava gritando.

— Em 15 minutos estamos aí, acabei pegando no sono e acho que ele também! - digo.

— EU DUVIDO! - antes que ele termine de falar eu desligo e acordo Baji, que apenas murmura.

— Acorda Baji, já tomei um esporro! - digo o balançando.

— Já vou, Fuyu. - ele diz baixo mas eu consigo o escutar o jeito que ele me chama, que me deixa levemente corado.

— Vou tomar banho, e quando eu voltar é bom que você esteja acordado! - digo isso saindo de lá indo até o banheiro.

Tomo um banho rápido, escovo os dentes e me visto, assim que abro a porta ele estava lá, ele entra e começa a tomar banho enquanto eu termino de me arrumar e em alguns minutos já estávamos saindo de casa.

Antes de entrarmos na casa de Mitsuya, Baji acaba recebendo uma ligação.

— Alô? Quem é? - Baji perguntava mas aparentemente não obteve resposta, o que o fez perguntar de novo. — Quem é? - nesse momento uma brisa forte surge, bagunçando seus cabelos, ao mesmo tempo, ele arregala seus olhos que se enchem de lágrimas. — Onde você tá? To indo ai, me espere. - ele diz voltando para a moto.

— Baji? O que aconteceu? - pergunto.

— Não é nada demais, depois eu te ligo, eu vou voltar! - ele disse saindo com a moto em uma velocidade desesperada, eu só queria saber o que tinha acontecido...

De qualquer forma, entrei na casa e expliquei a situação à todos.

Keisuke Baji.

No momento que eu ouvi aquela voz rouca e baixa eu já tinha certeza com quem estava falando, Kazutora...eu não o via há mais de 5 anos, as vezes ele me ligava e sempre de números diferentes, faz tanto tempo que eu não vejo ele que não faço a menor ideia de como ele está, só sei que ele me disse "Baji, eu to fudido" e eu já sabia do que se tratava, e eu nunca o deixaria na mão, assim que ele disse onde estava, eu não exitei e fui até lá.

Quando cheguei, parei a moto, e fui até Kazutora que estava jogado no chão, completamemte machucado.

— O que caralhos aconteceu? - pergunto me ajoelhando ao seu lado e vendo seus ferimentos.

— Me desculpa por te colocar nessa, Baji... - Kazutora diz e eu dou um sorriso. — Cuidado com eles.

Eu então me levanto e vejo um cano na parede que Kazutora estava apoiado, sem pensar duas vezes, o arranco e me preparo, a excitação de ver o seu melhor amigo depois de tanto tempo tomava conta de mim.

— Então o Tarzan também quer brincar? - o primeiro deles grita vindo em minha direção.

— Tarzan? Que patético. - digo desviando de seu golpe logo batendo em sua cabeça firmemente com o cano de de aço. — Espero que guardem bem meu nome, Keisuke Baji! - digo indo em direção aos restantes começando um combate corpo a corpo, com o auxílio do cano, já que eles são o dobro do meu tamanho.

No fim daquela noite, eu estava no hospital, junto de Kazutora, que estava bem machucado, lógico que eu também me machuquei, mas certamente sou o último que preciso de cuidados aqui, Kazutora é encaminhado para a UTI e eu fico na sala de espera completando sua ficha.

Afinal, andar com um RG falso nem sempre é só para comprar drogas e bebidas.

Assim que finalizo, o médico vem falar comigo.

— O caso dele é grave, mas estamos cuidando dos ferimentos, até agora encontramos duas fraturas nas costelas e no ombro, ele já está em processo de cirurgia, ele não corre risco de vida, não precisa se preocupar, só precisamos que você venha amanhã para terminarmos de fazer os exames, no entando agora o senhor está liberado. - o doutor diz.

— Certo, muito obrigado Doutor, amanhã de manhã estarei aqui. - digo e logo pego meu celular ligando para Chifuyu enquanto deixo o hospital.