Nosso Segredo - Bajifuyu

XVII

Matsuno Chifuyu.

— Como assim Fuyu? Eu fiz alguma coisa?

— Kazu, eu fiz...eu errei de novo.

((N/A: errei, fui mlk))

— Como assim? - ele falava preocupado.

— Eu e o Baji estávamos... de rolinho, só que eu queria manter em segredo e ele não contou nem para você, e isso mexeu muito com ele...ontem ele definitivamente deixou claro que não queria mais nada comigo se fosse assim...

— Mano...eu já desconfiava mas não fazia ideia que havia algo entre vocês...você gosta dele?

— Eu não sei, eu nunca gostei de alguém antes, mas com ele é diferente, sempre foi.

— Então o que você tá fazendo aqui comigo? Vai atrás dele! - Kazutora diz me dando um esporro.

— Você não tá chateado? Eu nem pedi desculpas... - digo me levantando.

— Chifuyu, você deve desculpas pra ele, não pra mim, por mim seria só uma ficada mesmo. - eu o abraço.

— Obrigado, e me desculpa...

— Tá tudo bem, Fuyu! Mas agora eu que me sinto mal por cobiçar o homem do próximo né? - ele diz rindo.

— Se você quiser eu falo com ele também, você tava sentido e foi erro meu em tentar algo com você nesse estado..

— Tá tudo bem, amigos?

— Amigos!

— Ai mas eu vou esperar um tempo até criar coragem pra conversar com ele...se bem que eu acho que ele não vai querer me ver por agora, né?

— Bom eu não sei mais, mas saiba que se você ver alguma notícia de carros queimados, foi ele.

— Hm? Como assim?

— Quando a gente era moleque, ele não sabia controlar as emoções, então tudo ele descontava em algo, eu acho que ele melhorou isso...eu espero.

— Nossa, eu nunca soube disso...

— Tanto que uma das ultimas vezes que nos falamos, ele estava quase sendo reprovado da escola, entrou em uma briga feia com alguns pirralhos também...o pior era que ele tentava ser CDF...escreveu uma carta pra mim no reformatório e colocou uma observação "um amigo meu ajudou". - Kazutora cai na risada e eu fico pensativo.

— Ele por acaso...usava oculos de fundo de garrafa e o cabelo lambido? Eu cheguei a conhecer um menino exatamente assim, inclusive ele me pediu para ajuda-lo a escrever "Tigre"...

— PERAI.. - falamos juntos.

— TIGRE SOU EU... E ELE DISSE EXATAMENTE ISSO NA CARTA... - ele diz passando a mão na tatuagem.

— EU SOU O MENINO?

— VOCÊ É O MENINO!

— EU SOU O MENINO!

— Que gritaria é essa aqui? - minha mãe diz abrindo a porta.

— Desculpa mãe, não estamos brigando, não precisa se preocupar.

— TIA VOCÊ SABIA QUE O BAJI E O CHIFUYU SE CONHECEM DESDE A ESCOLA ANTIGA?

— O QUE? - ela diz.

— POR QUE VOCÊS TÃO GRITANDO? - digo.

— Perdão. - eles falam juntos.

— Mãe o que você tá fazendo aqui? - digo.

— Eu te mandei mensagens pra vocês virem comer mas você não viu...

— Ai nem me toquei...vamos lá Kazu?

— Vamos, to morto de fome!

Nós três no sentamos na mesa, termino de comer e pego o copo de refri para tomar um gole, então Kazutora simplesmente diz.

— Nossa então o Baji gosta de você desde os onze anos? - assim que ele diz eu cuspo toda a bebida no copo de volta o olhando com o olho arregalado enquanto minha mãe minha mãe me olhava em choque.

— Como é a história? - ela diz perplexo.

— Ele está se confundindo mãe...

— Não, é isso mesmo porque depois que você ensinou ele a escrever direiro ele continuou me mandando cartas falando de você que queria coragem pra virar seu amigo ai- chuto o pé dele por debaixo da mesa e ele diz. — AÍ!

Faço um sinal de silêncio para Kazutora.

— Ah desculpa. - ele diz e eu coloco a mão na cabeça.

(fudeu, minha mãe vai me matar...)

— Eh...Então Kazutora você já terminou de comer né? Quer terminar o filme?

— Na verdade eu preciso ir embora... - ele diz com um sorriso meio desconfortável e se levanta se despedindo de mim e da minha mãe, eu logo o levanto e abro a porta para ele, que antes de ir reforça. — Me desculpa! - ele diz baixinho e eu apenas dou um sorriso então ele sai.

Assim que eu fecho a porta minha mãe diz.

— Eu sempre soube...

— Soube o que? - me sento na mesa ao seu lado.