XIV

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Matsuno Chifuyu.

A primeira semana passou, minha primeira semana de aula, primeira semana com o Baji aqui... a gente já tinha brigado umas quinthentas vezes mas sempre terminava com Netflix e sofá.

Acordei no sábado e fui direto ao quarto de Baji, pulando em sua cama.

— AI! - ele grita dando um pulo e eu rio.

— Eu tava pensando, que tal se eu fizesse uma festa hoje? Se minha mãe estivesse em casa ela nunca ia deixar... - digo e Baji me corta.

Bom dia pra você também. - ele diz se cobrindo novamente.

— Ei! To falando sério, imagina, todos iam querer vir na festa do Matsuno Chifuyu, né? - digo e sou ignorado, quando tiro a coberta do rosto de Baji, ele havia voltado a dormir. — EI EU TO FALANDO COM VOCÊ!

— Faz faz ... - ele diz.

— Vou chamar o Ryuusei. - eu digo e ele se levanta ficando sentado na cama.

— To ouvindo pode falar.

— Viu, agora você liga pra o que eu falo! - cruzo os braços.

— Vai começar de novo?

— Começar o que? - digo virado de costas pra ele que me agarra fazendo cosquinhas.

Eu solto risadas altas mas acabo deitado em seu colo.

Ele começa a mexer em meu cabelo e eu observo sua feição dando um leve sorriso involuntário.

— O Que? - ele pergunta.

— O Que o que? - digo.

— Tá me olhando assim..

— Não posso te olhar?

— É que eu fico em dúvida se quer me bater ou me beijar. - ele diz rindo.

— Cortou meu clima! - digo me levantando e me sentando de frente para ele.

— Mas eu acho uma boa ideia. - ele diz.

— Eu te bater ou te beijar?

— A festa. - ele diz encostando na cabeceira da cama me puxando para perto, mas acabo avançando e me sento em seu colo.

Naquele momento eu estava mais alto que ele, o olhando de cima, vendo seu rostinho de desejo, foco em sua boca que estava entreaberta e o beijo, um beijo intenso, eu sinto que toda vez que eu o beijo, é uma mistura extrema de sensações e emoções, sinto suas mãos geladas subirem por dentro de minha blusa até minha cintura me trazendo para mais perto, eu recuo do beijo, o que faz com que o mesmo suba sua mão para meu pescoço me trazendo de volta para seu beijo, que era retribuido na mesma intensidade ou até pior.

Apoio minhas mãos em seu ombro enquanto ele descia seus beijos, cauteloso, eu o sentia me olhar mas apenas continuava aproveitando, no momento que ele tenta subir minha blusa eu nego com a cabeça.

— Ainda não sinto que é o momento.. - digo e ele entende assentindo com a cabeça, nos afastamos do beijo com um selinho, permaneço em seu colo enquanto mantemos contato visual, olhares que diziam mais que mil palavras.

Enquanto fazia carinho em seu rosto e seu queixo, pego meu celular olhando as horas e logo me levanto.

A gente já tá há meia hora aqui! - digo e ele se levanta também se espreguiçando.

— Vai fazer mesmo a festa? Eu te ajudo a arrumar a casa, só vou tomar um banho.

— Vou sim! - crio uma lista de transmissão no aplicativo de mensagens e mando o convite, as 19 em ponto era para todos estarem lá.

Assim que envio os "convites" recebo uma ligação de minha mãe, então vou para meu quarto.

— Filho?? Que saudades meu amor, ta tudo bem?

— Oi mãe! Está sim! E por ai? como estão? - digo dando um sorriso.

— Ah, está tudo bem, como foi a primeira semana?

— Foi tranquila mãe, está se divertindo ai ou só trabalho?

— Vou sair com a Ryoko hoje, vamos em um barzinho com o pessoal do trabalho!

— Que ótimo mãe! Aproveita bastante.

— Irei...sabe filho, porque nunca me contou que você não se dava bem com o Keisuke? Ryoko me contou que ele sempre falava de você, desde que você entrou na escola. - naquele momento sento minhas bochechas esquentarem.

—  Ah, eu não queria te preocupar, mas agora estamos maduros, não precisa se preocupar!

— Eu espero filho, mas saiba que você pode me contar qualquer coisa!

— Eu sei mãe, eu sei!

— Que bom que sabe, preciso desligar! Beijo, se cuida neném!

— Tchau mãe! - desligo.

O Tempo passa e quando nem sequer demos conta, já havia gente chegando, bebida na mesa casais agarrados no sofá...

Keisuke Baji.

Kazutora ja havia saído do hospital, então com a permissão de Fuyu, o chamei para a festa, eu queria muito contar sobre meu lance com ele para o Kazutora, mas ele insistia em manter isso em segredo de todos e eu nunca entendi, a troco de que?

Quando Kazutora chegou na festa, o abracei fortemente, Chifuyu veio até nós e o cumprimentou também.

— Nossa, se eu soubesse que esse Chifuyu que você me falava era tão bonito eu tinha me recuperado antes. - Kazutora diz e Chifuyu ri, me deixando um pouco desconfortável.

A partir desse momento, Kazutora passou a festa inteira envolta dele, e quando estava comigo, o assunto era ele.

— Cara, esse loiro ai me chamou atenção pra caralho, o jeito dele, além de ser legal de conversar. - quando Kazutora falou aquilo, parece que meu estômago se revirou por inteiro, e o que mais doía era não poder falar para ele sobre nós.

— É, talvez. - digo saindo de lá indo direto ao banheiro jogar uma água no rosto.

Parecia um pesadelo, meu melhor amigo dando em cima do garoto que eu gosto, talvez ele nem saiba que eu gosto de garotos, mas eu temo que Chifuyu não queria ser rude com ele justamente pela consideração que eu tenho por Kazutora...

Assim que a festa acabou, senti um alívio enorme, Chifuyu estava deitado na cama então bati na porta que estava aberta e me sentei na cama.

A gente pode conversar? - digo e ele se senta na cama de frente para mim.

Nosso Segredo - BajifuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora